As palavras de ordem nessa época de redes sociais e comunicação 2.0 são: rapidez, viral, meme… será? O questionamento aqui não é sobre a frase inicial, mas a indagação do verbo “será”, tem sentido de certeza, confere, é real?
Todas as últimas ações que são notícias nas redes tocam sempre um alarme na cabeça dos usuários. Isso é mesmo um fato real ou é uma ação de marketing? Depois de ações como “Perdi meu amor na balada”, “As Tchecas do Pânico” , a TV mais fina do mundo, os usuários e veículos de informação passaram a olhar notícias do cotidiano que se espalham nas redes sociais como algo suspeito, sempre uma armação.
O caso mais recente é do “mendigo de Curitiba”. Em um dia a foto que ele pediu para a moça tirar teve mais de 19 mil compartilhamentos e permitiu que descobríssemos família, o porque de estar nas ruas… mas tudo sobre as aspas e suspenses do será? O fato foi notícia em todos os portais de notícias, sites e blogs. Mas todos tratam o moço como “suposto mendigo”. Talvez por ele ser um moço bonito, ainda não maltratado pela vida na rua e com dentes e unhas limpas (como fizeram observação).
O quero questionar não é se ele é ou não mendigo, mas sim a responsabilidade das ações que nós comunicadores temos criados. Na ânsia por criarmos algo novo, surpreendente e que iluda o consumidor estamos aumentando o ceticismo e prejudicando causas sociais.
Claro, ainda não é nada exagerado, mas é no mínimo preocupante que um fato social possa primeiramente ser olhado como algo marqueteiro, não acham? Ou então, daqui a pouco iremos acordar e perceber que estamos no Show de Truman? =)
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