Acabei de ver no Adnews a matéria mostrando uma campanha da Itaipava para tentar prolongar a permanência da personagem “Verão”.
Ocorre que a cada usuário que utilizava-se da hashtag #ficaverao, a marca dava uma resposta automática: “@fulano, obrigada. Agora é só torcer para essa campanha dar certo. Beijos e muitas geladas pra você!”.
Se você der uma passada rápida nos replies do perfil da marca no Twitter, vai ver que a MESMÍSSIMA resposta foi dada a todos: https://twitter.com/itaipava/with_replies.
Gente, pelo amor do meus filhinhos, como diria Sílvio Luiz…isso não se faz:
1) quer interagir com todos que estão falando com você, monte uma equipe/plantão para isso e faça de forma personalizada.
a. Você pode definir que a ação tenha começo, meio e fim…portanto, não precisa ser pra sempre…
b. Faça esse esforço para si mesmo para não parecer inocente, ignorante ou desconhecedor do mecanismo de interação das redes.
2) vai interagir sem analisar o conteúdo? Sinto muito, esse é o maior erro que uma marca pode cometer!
3) Não previram críticas? Sempre existem, minha gente! Estamos na internet…estamos na era da expressão livre e exacerbada, ou seja, qualquer um pode se manifestar. Será que a marca não pensou que haveriam pessoas que não iam gostar?
4) Até quando as marcas vão prever interações automatizadas?
5) Até quando apenas campanhas sexistas vão ser pensadas pelas marcas consideradas mais masculinas? Mas, esse é um ponto que não vou nem começar aqui…
O pessoal da Itaipava que me perdoe, mas, na minha opinião, a campanha de interação não é de mão dupla, uma vez que não “ouve” definitivamente o seu público/audiência e não segue a lógica das redes…
Concordo com você, é uma péssima estratégia adotada por várias marcas nas redes sociais. Já vi várias marcas em Fanpages do Facebook também dando as mesmas respostas as dúvidas das pessoas.
Realmente esse tipo de interação com os clientes não é das mais aconselháveis. A empresa poderia manter um relacionamento mais humano.
Totalmente inadequado, infelizmente. Mas, é prova de que muitas organizações ainda acreditam que a comunicação das redes é unidirecional, quando na verdade é dialógica e interativa.