Quem me acompanha ou já fez o curso online de inbound PR deve ter até decorado: para trabalhar no ambiente contemporâneo do marketing e da comunicação é preciso esquecer o público-alvo e falar com personas.
Se você está chegando neste assunto pela primeira vez, recomendo que leia este texto sobre como entender, comunicar e vender para personas.
Hoje quero contar a origem das personas e porque elas são importantes.
Personalização e tecnologia
Se no passado pensávamos que o futuro seria cheio de Rosies, a empregada robô dos Jetsons, no presente a busca das empresas é se tornarem cada vez mais humanas.
Recentemente ouvimos isso do autor do best seller The content Code, Mark Schaefer, que acredita que a empresa mais humana ganhará a corrida em busca da atenção do cliente, meio ao mar de informação no qual vivemos.
“Mais do que falar para a sua audiência, trata-se de conversar com ela”.
E para que isso aconteça, elas precisam falar mais a língua das pessoas. O marketing de conteúdo surgiu neste contexto e toda a produção de conteúdo está baseada em personas.
Mas de onde surgiu este conceito? Da psicologia? Do teatro grego?
Na verdade, a abordagem de personas que eu adoto na comunicação sincronizada vem da tecnologia. Cada novo produto tecnológico é criado com base em personas, que são os usuários que potencialmente vão utilizar estes produtos.
Os designers de experiência de usuário, ou UX designers, são os caras que conectam a necessidade dos usuários com a entrega dos produtos tecnológicos.
Eles analisam cada detalhe da jornada das personas que testam sites ou aplicativos para definir como deve ser feito o produto tecnológico em questão.
E se nós somos cada vez mais norteados pela tecnologia, porque não seguir esta mesma abordagem e adotá-la também no marketing e na comunicação?
Em 1995 Alan Cooper criou o conceito de personas para o desenvolvimento de software pela primeira vez.
A história está aqui (em inglês) e é incrível. Para resumir, as primeiras personas já criadas – Chuck, Cynthia e Rob, os nomes fictícios dados aos perfis – foram definidas a partir de visitas aos melhores clientes de uma empresa chamada Seagent.
Cooper foi contratado pela Seagent para criar um sistema business intelligence. Só que entre traduzir a necessidade dos clientes da Seagent e transformar isso em código, era necessário fazer com que os desenvolvedores do sistema entendessem para quem estavam programando.
Ao personificar os melhores clientes da Seagent, os próprios desenvolvedores começavam a se referir a elas pelo nome. Personificar fez com que pessoas que jamais teriam contato com os clientes – os desenvolvedores – se colocassem no seu lugar e fizessem um software melhor.
Embora seja um caminho simples, Cooper afirma no seu texto que criar personas pode parecer fácil, mas é preciso anos de prática para se tornar mestre nesta arte.
Conheça as personas da Disney
Muitas empresas já utilizam personas em todas as suas frentes de mercado.
Recentemente eu encontrei um mapeamento do canal Disney, que, em um longo estudo, apresentou as expectativas de seus principais clientes-tipo para o consumo de programas.
É interessante observar no quadro acima o padrão de comportamento das pessoas, tanto no uso de tecnologia, quanto no dia-a-dia.
Outro ponto muito legal são as frases-chave de cada persona, que definem o problema de cada uma e como elas esperam resolver.
Legal, né?
As personas são um universo vasto, mas quando trabalhadas trazem resultados imediatos na reputação e nas vendas. Vou contar tudo isso no 1º curso de Personas presencial, em Porto Alegre. Conheça o programa aqui.
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