Integração e transparência como base do relacionamento sustentável foi o tema do Workshop Comunicação no Terceiro Setor, que ocorreu no primeiro dia de RP Week.
Quem coordenou a atividade?
Juliana Santana foi quem coordenou o workshop, guiando os participantes da atividade pelas definições do profissional de Relações Públicas e sua atuação no Terceiro Setor.
Gerente de Projetos Sociais da Fundação Bunge desde 2010, além de ser conselheira administrativa do CONRERP 2º região, Juliana é a responsável por coordenar a gestão do investimento social da Bunge Brasil em programas de desenvolvimento territorial sustentável através dos projetos sociais da instituição.
Sobre o Terceiro Setor
A Sociedade Civil é dividia em três setores e para entender o terceiro setor é essencial conhecer os dois primeiros – e Juliana fez questão de explicar!
O primeiro setor é o Estado, ou Governo, responsável pelo cumprimento das questões que envolvem a sociedade. O segundo setor é o Privado, ou Mercado, responsável pela iniciativa privada e fomento da mesma. Já o terceiro setor surgiu a partir da junção entre o setor público e privado para suprir as falhas deixadas pelo Estado na sociedade. Basicamente, o Terceiro Setor pode ser traduzido em dinheiro privado sendo utilizado para fins públicos – através de organizações, fundações ou associações que gerem serviços ou bens públicos sem fins lucrativos.
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“No Brasil, após o fim da ditadura militar, a sociedade civil passa a assumir papel mais importante para o desenvolvimento social, dando força à atuação do Terceiro Setor”, explica Juliana.
A Fundação Bunge
A Fundação Bunge é uma das instituições que compõem o Terceiro Setor brasileiro, trabalhando para manter quatro projetos sociais: o Centro de Memória Bunge, o Semear Leitores, o Comunidade Integrada e o Conhecer para Sustentar.
“Meu papel na Fundação Bunge teve início em 2002 como Coordenadora de Comunicação e Projetos Sociais, onde atuava na gestão de projetos e da Comunicação da fundação”, conta Juliana, que realizou diversas movimentações dentro do seu setor para entender melhor os públicos da organização, mapear o tipo de relacionamento e o que era gerado de ganho para as partes envolvidas em cada um dos projetos.
“Por causa disso minha diretora percebeu a dedicação que eu colocava em meu trabalho e os resultados gerados a partir dele – foi quando recebi o cargo de Gestora de Projetos Sociais. Trabalhar como comunicadora seria apenas uma parte do trabalho”.
Investindo em projetos sociais com foco em aprimoramento da educação e melhora da qualidade de vida, desde 1955 a Fundação Bunge busca mudar a realidade das comunidades onde atua no Brasil. Suas atividades iniciaram com o intuito de incentivar a educação nas áreas de Letras, Ciências e Artes no país, mas com o desenvolvimento tecnológico e a chegada do século XXI, voltou-se também para o comprometimento com a sustentabilidade.
Na posição como gestora de todos os projetos sociais da Fundação, Juliana conseguiu ampliar a sua visão sobre o que é o Terceiro Setor e aprofundar seu conhecimento sobre ele.
RPs: sejam core business das empresas para as quais trabalham.
Sobre a gestão da Comunicação em um projeto com cunho social, a ministrante da atividade afirmou que a humanização das relações é fundamental para construir e manter relacionamento com o público dos projetos para colher resultados e impactos positivos.
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Conhecimento do território de atuação, dos stakeholders e das partes interessadas pela atividade desenvolvida continua sendo o papel do profissional de Relações Públicas em iniciativas do Terceiro Setor, com um olhar ainda mais sensível e perspicaz. “É necessário entender os interesses, as forças, as fragilidades desses públicos para construção de diálogo e relacionamento”.
“Para construir algo em conjunto você precisa ser, acima de tudo, humilde” – para ouvir, compreender e absorver o que os seus públicos estão transmitindo.
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Foi uma tarde para entender como a atuação das Relações Públicas é valiosa em projetos do Terceiro Setor para abrir as mentes de jovens estudantes sobre mais uma possibilidade de campo de atuação.
“Sejam core business das empresas para as quais trabalham”, ou seja, faça com que as organizações explorem suas vantagens competitivas para traçar estratégias que sejam convertidas em impacto positivo para os públicos envolvidos na ação, de forma mais estratégica e menos filantrópica, foi o grande aprendizado do workshop.
A RP Week está só começando, confira a programação completa e siga acompanhando a nossa cobertura aqui no Blog RP!