Eric Schmidt é um executivo de sucesso no mundo das empresas de Tecnologia. Ao longo de sua carreira ocupou posições estratégicas na Novell, Sun Microsystems (hoje Oracle), Apple e, recentemente, Google. Foi ainda conselheiro informal da campanha de Barack Obama à presidência e integra o Conselho de Ciência e Tecnologia do presidente eleito. Ingressou no Google em 2001, como presidente, e sua principal atribuição, mesmo não explícita, era ajudar seus fundadores, Larry Page e Sergey Brin a crescer e se desenvolver para assumir as rédeas do negócio! Isto aconteceu e foi anunciado no último dia 20 de janeiro, conforme o tweet abaixo: “a supervisão de um adulto, dia a dia, não é mais necessária”.
Day-to-day adult supervision no longer needed! http://goo.gl/zC89p
— Eric Schmidt (@ericschmidt) January 20, 2011
Esta semana Schimidt é o entrevistado das páginas amarelas de Veja (a matéria só é disponibilizada on-line na sexta – 4/3). Suas respostas trazem indícios e comprovações de como o mercado de tecnologia, e até de comunicação, se comportam e tendem a se comportar nos próximos anos.
97% da receita do Google vem de publicidade. Eric diz que a empresa “ama publicidade”, defende que esta é uma ferramenta maravilhosa para possibilitar às pessoas encontrarem o que procuram, quando procuram. Salienta porém que para que isto aconteça a publicidade deve ser direcionada, e é aí que entra o grande ponto: obter informações sobre gosto, interesse e objetivos de cada um de nós, pessoas que consomem anúncios. Eric defende ainda que o Facebook não é, ainda, considerado um grande concorrente do Google pois existem números que comprovam que os usuários da rede de Mark Zuckerberg usam o Google para buscar produtos e serviços.
Para mim, o principal tópico abordado na entrevista é justamente a última pergunta:
Ao difundir, de graça, aquilo que as empresas tradicionais de comunicação produzem, o Google não contribui para matar uma atividade fundamental para nossas sociedades – o jornalismo?
Schmidt diz que “o mundo mudou para as empresas tradicionais de comunicação.” e salienta que o Google pode ajudar essas empresas a encontrar soluções para obter rendimento de seus produtos. Finaliza declarando que esta é uma das tarefas às quais deverá se dedicar nos próximos anos.
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Tendo em vista seu histórico e currículo, eu apostaria que esta onda de veículos de comunicação cobrando mais barato para suas edições “digitais” está só no começo e que deverá mudar bastante, inclusive indo para a gratuidade. Imagino que a publicidade one-on-one, direcionada (como ele diz acima) e focada na pessoa que está lendo é uma grande tendência, e já vemos movimento para isto. Resta-nos esperar e nos preparar (como comunicadores) para ver o que vai surgir agora que ele deixa a presidência do maior gigante de tecnologia do mundo e assume outras atribuições no mercado.
Depois de um tempinho vim matar saudades do relações!
Aqui tá sempre bom!!! 😉
hehe
abração