Nunca a mensuração em comunicação fez tanto sentido e foi tão pedida, ovacionada e comentada. O que antes se restringia ao mundo do qualitativo ou do intangível, hoje, com a rede, se mostra muito real, muito palpável e muito mensurável!
Quando pensamos em gestão de perfis corporativos nas mídias sociais, precisamos pensar em qualidade do engajamento dos usuários que ali se relacionam, qualidade do retorno e dos tópicos de discussão, visitas únicas e recorrentes, páginas vistas, interação, tempo despendido, participação em concursos, sorteios, promoções, downloads, nível dos interlocutores em termos de influência e relevância, repercussão, comentários, alcance, dispersão, crescimento, longevidade…isso só para mencionar alguns elementos.
Quanto mais comentários em um blog ou em um tópico, maior é sua repercussão e, consequentemente, maior pode ser o interesse por aquele assunto. Daí a importância de monitorarmos o boca-a-boca nas mídias sociais. Ainda mais se somos gestores de marcas, organizações, produtos e serviços nas mídias sociais ou se somos gestores de comunicação.
Outro aspecto que vale ser comentado aqui é que uma boa análise do que acontece com uma marca nas mídias sociais passa também pelo monitoramento da concorrência e, se possível, do setor. Temos sempre que avaliar o que nossos competidores estão fazendo no ambiente digital. Além disso, realizar benchamarks com marcas de fora, com gente que está na vanguarda e é pioneiro também pode render bons insights para o trabalho a ser desenvolvido.
Arrisco-me a dizer que as métricas mais frequentes no mundo digital são números de usuários, páginas vistas, frequência de visitas, tempo de permanência no site e taxa de crescimento de usuários. Pode-se dizer que são métricas mais tradicionais e usadas para avaliação de sites e outras iniciativas na rede. Já para as mídias sociais, penso que temos que definir mais parâmetros ligados à percepção e influência, afinal, são os usuários-mídia que são os alvos das ações das organizações e poucos indicadores têm sido utilizados para quantificar e qualificar tal relacionamento.
Quase tudo o que é feito na rede pode ser rastreável e mensurável. Resta-nos o desafio de converter resultados qualitativos e quantitativos em números financeiros. Porém, pode-se observar evolução dos resultados antes e depois das mídias sociais, eliminando-se a sazonalidade e movimentações de mercado.
O assunto é super extenso e rende um livro e não só um post. O nosso foco aqui não era o de reunir todas as métricas e formas de mensuração das mídias sociais, mas, apontar tendências e oportunidades para estudos futuros ligados ao tema.
Acreditamos que o grande desafio que se interpõe à área de mídias sociais e à de comunicação organizacional seja o de mensurar e transformar em números financeiros as atividades que realizamos. Fazer o que o marketing tradicional já conseguiu: transformar comunicação em vendas, em faturamento, em receita.
Para referências sobre o retorno sobre investimento ligado à Comunicação, recomendo a leitura do livro Retorno de Investimentos em Comunicação, de Yanaze, Freire e Senise (2010). Para outras referências em mensuração de mídias sociais, acesse os artigos: Como medir o retorno nas redes sociais; Como mensurar a imagem da sua empresa nas redes sociais?; Como medir retorno do investimento em mídias sociais nas pequenas empresas?; O KLOUT é uma boa maneira de avaliar a sua influência nas mídias sociais? e Avaliação qualitativa de interações em redes sociais: relacionamentos no blog Martelada
Bom, por “hoje” é só! Que tendências mais temos pela frente em mídias sociais? Alguém se arrisca?
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