Você já ouviu falar sobre o fenômeno da segunda tela? Basicamente é o nome dado ao hábito das pessoas assistirem programas na TV, ao mesmo tempo que postam sobre ele nas redes sociais. É o compartilhamento simultâneo de eventos , séries ou programas.
O exemplo mais recente de segunda tela, foi a cerimônia do Oscar. Eu confesso que a primeira vez que ouvi sobre o assunto foi no Papos na Rede do Gabriel Ishida sobre “A cultura do ao vivo”. E conforme post publicado no blog do Papos na Rede:
o primeiro encontro social foi através da TV na sala e com o surgimento da internet, esse encontro social passou para as redes e criou o fenômeno do compartilhamento em tempo real… As pessoas não querem só ver TV ao mesmo tempo que estão nas redes, elas querem mostrar o que estão vendo e convencer sua rede a assistir aos mesmos programas. As marcas que entenderem essa nova forma de audiência e souberem criar estratégias para aumentar esse compartilhamento nas redes, tendem a ter um ganho maior de exposição da marca na internet.
Um dos primeiros profissionais no Brasil a falar sobre o fenômeno da segunda tela, foi o Tiago Dória, segundo o artigo dele. não é só o fato de assistir e fazer seu próprio compartilhamento do assunto, existem emissoras que ampliaram esse fenômeno para compra de cenário, figurino, ver ficha técnica ou saber pistas do seriado que está assistindo.
Ainda no mesmo post, Dória fala sobre o ponto de vista de Jerry Kramskoy, estrategista da área mobile da BBC, que criou o termo Orchestrated Media para classificar o hábito de ver TV em sincronia com outros dispositivos móveis. Tiago afirma que Kramskoy “considera o termo “2 telas” incompleto, pois refere-se ao consumo de mídia por meio da TV e dispositivos móveis. No entanto, não implica no consumo simultâneo de conteúdo ou que esteja sincronizado entre os dispositivos.”
O fenômeno da segunda tela mostra-se como evolução da TV. Algo realmente inteligente, que permite uma inovação na forma de consumidor conteúdo através da tela, permitindo um novo experimento de consumo do usuário.
Parece coisa dos Jetsons, mas não é. É o futuro da TV como entretenimento e mídia. Bem vindo à segunda tela!
Marcinha, confesso que acho o fenômeno curioso e até preocupante. Faço isso em alguns programas de TV, mas para filmes e séries que eu gosto, quero mesmo é, simplesmente, poder assistí-los sem nenhum "device". Será que to na "old school"? Beijos.
Carol,
Acho que depende da pessoa.. sou mais velha que vc e nesse sentido sou new school.. rs eu curto isso, esse tipo de comunicação interativa.. gostaria até que já tivessemos esse modelo no Brasil. Mas sei q se assistir com meu marido por exemplo, ele não vai curtir fazer as interações no meio..
P vc ter ideia, eu sou daquelas que esmiuça o dvd… vejo tudo que está disponível. até acho easter eggs em alguns. hehehe
Obrigada por comentar. beijos
Não sei… Me parece que depende de pelo menos três fatores:
1) Tipo de programa: Oscar, Idols, BBB e outros do gênero que são veiculados ao vivo e que têm maior sentido de serem trocadas impressões e informações, pedir opiniões, criticar, elogiar, ou mesmo procurar "convencer" outras pessoas para que votem a favor ou contra candidatos preferidos.
2) Objetivo do espectador: relaxar, divertir-se, informar-se, interagir, testar seu poder e grau de influência, etc.
3) Neurose social: maior ou menor grau do indivíduo de saber viver em diferentes níveis de realidade, da solidão (saber viver apreciando a própria companhia sem a presença de terceiros) à multidão, passando por diversos tipos e tamanhos de grupos sociais, com ou sem intersecção entre eles.
Vale, muito, um estudo aprofundado do tema.
Bacana o assunto, Marcia! Instigante.
Ana,
Concordo com as obsverações, mas conforme respondi para a Carol, acima.. esse fenômeno representa o comportamento do telespectador. E pelo que temos visto, isso é um caminho sem volta. Somos seres híbridos, como a Martha Gabriel diz, estamos on e off ao mesmo tempo. Isso é um pouco Jetsons, como disse no final.. mas adoro fazer parte disso.. quero ver como será no Brasil.
beijos