O meu post de hoje é mais um questionamento para os colegas de comunicação. O que está acontecendo com a comunicação de marca pelo crescimento e exposição nas redes sociais?
Em que momento, os profissionais de comunicação e marketing da empresa X, resolvem que contratar o engraçado meme X da semana para seu anúncio vai impactar na sua marca? Ok, isso aproxima do seu público jovem, mas não o faz escolher sua marca na gôndola.
Outra empresa de marca esportiva aborda blogueiros para fazer um post sobre seu lançamento e pede que use o produto por uma semana, depois devolva para outro blogueiro usar e fazer o testemunhal.
Vemos marcas e mais marcas meterem os pés pelas mãos na ânsia por um número alto de curtir, de compartilhamento, de seguidores. É hora de questionar , assim quando surgiu a responsabilidade social, o que realmente é interesse de comunicação de marca o que é desejo de ser cereja do bolo?
É claro que o objetivo da comunicação de marca é mostrar a marca/empresa como cereja do bolo no segmento que atua, mas muitos profissionais estão perdendo a mão e indo atrás de fenômeno de rede, centrado nos hábitos de pessoas nas redes e não de marcas. Marcas não são pessoas, são ativos intangíveis e devem ser trabalhados com o maior cuidado possível.
Modismos passam. Comunicação de marca, não. O que me dizem os comunicadores, estou sendo conservadora demais ou devemos fazer um mea culpa?
É absolutamente compreensível sua inquietação, Márcia. Até me lembrei de um assunto, que tomo a liberdade de agregar aqui nos comentários do seu post: os Indicadores de Sustentabilidade da Comunicação. Eles estão agrupados em quatro grandes dimensões: valores da agência, comunicação responsável, gestão interna e gestão da cadeia produtiva. Em Valores da agência, estão inclusos itens como incorporação da sustentabilidade e dos compromissos públicos aos valores e princípios éticos, incorporação da sustentabilidade à estratégia do negócio e envolvimento em políticas públicas e incorporação da cidadania ao negócio. Já em Comunicação responsável, constam política de comunicação, cuidados com a criança e a infância, representação e valorização da diversidade na comunicação, integridade da informação e liderança e influência social. Na parte de Gestão com colaboradores, vêm gestão participativa, cuidados com saúde, condições de trabalho e satisfação de funcionários, política de remuneração e benefício e compromissos com o desenvolvimento e a empregabilidade. Por fim, em Gestão com cadeia de valor, entram relações com a concorrência, relações com veículos e fornecedores, relacionamento com anunciantes, gerenciamento do impacto ambiental de seus processos e serviços, relações com o Estado e envolvimento em ações socioambientais. Há muito a ser aprendido sobre comunicação de marca, sobremaneira por aqueles que gerem a comunicação mercadológica. Pra quem interessar: http://www.indicadorsustentavelabap.com.br.
Olá Rodrigo
É muito pertinente a sua colaboração. Temos que lembrar que comunicação é algo mais extenso que visibilidade.
Cuidamos de algo muito frágil que é imagem institucional.
Obrigada por comentar.
Abraços
Márcia,
eu me pergunto isso sempre e fico me achando um chato (não que não seja naturalmente rsrs). Acho que a gente pode usar um meme pra falar disso: "Você está fazendo isso errado"; mas também voltar para uma reflexão antiga: Engajamento/relacionamento X modismo/ganhos em curto prazo.
Pra mim sempre foi e sempre será, cada vez mais, uma questão de ter o máximo com o menor tempo. fogo de palha mesmo, agora pra direita, agora pra esquerda, TODOS PULA… e assim vai!
Pra mim seu relato e consequente constatação só evidencia ainda mais que nós, relações-públicas, temos um caminho gigante para seguir até mostrar a necessidade de planejamento em longo prazo, estratégia de marca, posicionamento, relacionamento com públicos, e por aí vai!
eu partilho da mesma opinião. Exemplo recente: Recebi um e-mail, aqui no blog, numa sexta-feira fim do dia com uma pauta. Hoje de manha já estava sendo cobrado…. Gente…. Final de semana, descansar, VIDA 😉
beijos
Pedro Prochno
@prochno blogrp.todomundorp.com.br
Pedro
Que bom. Eu achei que isso poderia ser ponto de vista de profissional mais velho.
Eu realmente sou chata também com esses assuntos. A juventude deve ser sim, objeto de comunicação, mas nunca pautar como a empresa deve se pronunciar no mercado.
Nesse sentido, eu creio que as redes sociais pecam. Pois número sem engajamento são só números.
Beijos
Oi Ma!
Prometi que ia comentar, cá estou eu 😉
Concordo contigo! Acho que uma marca só deve usar memes e modismos se tiver esse perfil "fun", jovem ou quando realmente tem um motivo/apelo coerente! É a velha história também do bom senso e do olhar corporativo e não pessoal. Não é pq vc curtiu o meme que ele "cabe" no perfil da TW e FB da sua empresa, agência.
Como bem disse, há essa ansiedade de estar inserido nas novidades de social media, de ter maior número de fãs, de likes…mas e o planejamento? Engajamento real? Enfim, vamos pensar mais em como lidar e ativar esse "ativo intangível" seja on ou offline para que tenha um retorno realmente relevante!
Beijos 😉
Oi Lívia,
Exatamente. O fun é para produtos de target jovens, mas sempre com a noção de que interação e likes não significa venda.
Mas me preocupo muito com a comunicação de marca, mesmo (e principalmente) atuando com social media.
Obrigada por comentar.
Beijos
Nem só de virais e memes vive uma marca! Ainda bem! Um planejamento sistemático de comunicação que englobe o mix e que tenha continuidade, perenidade e constância é muito mais válido do que atingir apenas centenas ou milhares de pessoas por conta de um vídeo engraçado. To contigo e não abro, Marcinha. Beijos, @carolterra.
Olá Carol,
Obrigada por comentar. Eu acho muito válido questionarmos esse tipo de comunicação. Juventude não pauta planejamento de marketing, pauta ação e com resultados breves. Diferente de uma comunicação de marca que é algo a longo prazo e sério, né?
Nosso papel ficar em cima dessa qualidade na comunicação.
Beijos