Ando consultando muito o ranking do SocialBakers ultimamente para acompanhar as marcas de maior destaque no cenário das mídias sociais no mundo e, sobretudo no Brasil.
Tenho ficado intrigada com uma questão que não me sai da cabeça: só aparece em destaque, só tem milhões e milhões de fãs quem tem dinheiro para investir em mídia e aparecer para os usuários?
Existe alguma página dessas grandes que conseguiu milhares de ‘likes’ sem ter investido em mídia paga nas mídias sociais? Existe ainda crescimento orgânico?
Esse é um post mais para dividir minhas angústias em relação ao tema do que para emitir alguma constatação.
Falando do ranking do SocialBakers, vemos que dentre as marcas nacionais de maior destaque, todas são anunciantes pesadas em termos de mídia nas redes. Veja:
Todas as marcas acima têm algum investimento em mídia, em marca (branding) e em ações de RP para se destacar e se fazerem presentes na cabeça do consumidor.
Não estou questionando a validade de tais investimentos, até os defendo, mas as grandes marcas nas redes sociais se sobressaem por dois pontos principais:
– porque são amadas pelos usuários, consumidores.
– porque investem em Facebook Ads, Promoted Tweets, True View no Youtube, entre outros diversos formatos pagos.
Vale a leitura desse texto aqui: a publicidade é um caminho sem volta nas redes sociais.
E a pergunta que não quer calar: há salvação para quem não tem verba?
É, Carol, é no mínimo intrigante.
Estou trabalhando para um ciente que fazia coisas esporádicas no FB e investia em mídia. Quando assumi optamos por iniciar o trabalho sem verba em FBads e promoção de posts… os numeros cairam (visualizações ou o reach) mas o engajamento cresceu…. engraçado né? A qualidade é maior e o próprio cliente já reconhece isso.
Acho que vamos seguir assim por um tempo ainda. Agora, quando o lance é ter números grandes, ai sim, $$$$ ajuda e "resolve" o problema…
bjs
Pedro
Verdade.
Costumo anunciar no Facebook e os números explodem, mas as interações continuam vindo dos mesmos usuários de antes das campanhas.
A impressão que eu tenho é que esses usuários atingidos por Ads são zumbis.
Mas, por enquanto, meu projeto precisa de números altos e pagar por eles é uma ótima saída.
Thierri, temos que combinar a fórmula de atração de likes e de engajamento. Desafio imenso para quem trabalha com isso! Obrigada pela visita e pelo comentário! 🙂
Pedro, concordo com vc. Às vezes, engajamento é mais eficiente do que volume, mas ainda tem a turma que quer volumão e aí temos que tentar equalizar essa conta de investimento x engajamento x qualidade da audiência! Beijos.
Carol, concordo com você, porque acompanho a mesma movimentação. Infelizmente (ou também felizmente, porque o mercado precisa do giro de verba), os grandes anunciantes possuem muita força, naturalmente. Mas considero que há salvação. Na verdade, como nunca, temos opções. O crescimento do investimento em marketing de conteúdo e o trabalho pesado em conteúdo, principalmente aplicando o modelo de cauda longa, pode e torna marcas menores muito relevantes. Certamente, nessa sua análise pesa o setor (muitas ali lidam no varejo e vendem bens de consumo que geram desejo imeditado) e a necessidade de retorno imediato, principalmente dos anunciantes. Tal necessidade, ainda que essencial para qualquer negócio, possui um tempo maior de maturação quando falamos de pequenos e médios, dando tempo para estruturar um planejamento e focar em um recorte do mercado. Nada que um bom planejamento estratégico não auxilie e indique um caminho bacana. Todos podemos crescer, do pequeno ao médio.
Henrique, a receita de sucesso está em equilibrar owned, paid e earned media, correto? Ficará rico quem descobrir quais são as devidas proporções entre eles! 🙂 Obrigada pelo comentário!
oi, gente!
A relação entre a publicidade e conteúdo/interações sempre esteve presente, não é mesmo? vejam o caso das ações de assessoria de imprensa… sempre as grandes marcas tiveram um espaço "privilegiado" quando eram anunciantes. Não vou dizer que sempre eles conseguiram espaços a mais, mas a pressão sobre os editores sempre existiu e sempre causou discussões homéricas sobre a imparcialidade e tals… Divagando aqui, penso que a mesma lógica passa pelas redes sociais…
abraços a todos,
Gisele Passos
Oi Carol! Eu acho que tem salvação sim. Eu trabalho com mídias sociais para 140 pequenas empresas e tenho 3 corporações e vejo uma grande diferença no modo como as pessoas se relacionam com os dois tipos de empresas.
Com as pequenas empresas, sempre funciona melhor quando trabalhamos o lado da interação e construção de relacionamento pessoal entre empresa-consumidor (e não precisamos de FB ads). Com as grandes empresas precisamos trabalhar mais o branding e como o consumidor se relacionam com a marca (não com a empresa). Nesse caso, os ads ajudam muito em termos de visibilidade e reach, porque o relacionamento empresa-consumidor aqui é menos pessoal.
Então, na minha opinião, é possível sim atingir seu público alvo mesmo sem ter verbas — você só precisa identificar que tipo de relacionamento o público alvo quer ter com a empresa e ser criativo no modo como você usa a plataforma.
Nat, agradeço sua visita aqui e seu comentário. Seu relato é extremamente pertinente! Concordo com vc! No entanto, para as pequenas empresas, o relacionamento próximo funciona e satisfaz. Já as grandes corporações querem volume e por isso acabam precisando dos ads, certo? Abs!
Gisele, obrigada pela visita e pelo comentário. Penso que vc tocou no ponto correto: desde que a comunicação e suas subáreas existem, essa discussão é pertinente! A tal separação entre conteúdo comercial e editorial se estende desde o mundo offline para o digital! Abs!
engajamento não vem com mídia. Na real se você bota mídia para promover post que não tem like você só está piorando sua situação no algoritmo do Feice.
Agora, número de fãs? Sim. Hoje em dia só ganha fã quem investe em mídia. Temos exceções? Claro. Mas se você vir uma marca ganhando muitos fãs pode apostar que é via compra de mídia.