A obsessão por um “viral” está, a cada dia, maior. Quando ouço alguém falando “vamos fazer um viral”, na minha cabeça o resto da frase já vira “blá-blá-blá, Whiskas sachê”.
“Pessoas comuns conseguem espalhar boas e más informações sobre marcas mais rapidamente que as pessoas de marketing.” – Ray Johnson
É claro que o nosso objetivo como profissionais de comunicação é sempre fazermos o melhor para que nossa campanha se dissemine pelos quatro cantos e seja um sucesso, mas raramente um viral é previsível.
Um “bom” exemplo, que aconteceu duas semanas atrás, é o #somostodosmacacos. Foi planejado, teve um megainvestimento, quase uma superprodução “viralística”. Se o objetivo era viralizar, certamente o objetivo foi atingido. Mas o que os criativos/planners da campanha não sabiam é que o termo e a execução seriam tão criticados.
Quem faz o viral são pessoas comuns, por isso as marcas precisam tomar cuido ao levantar uma bandeira ou ter um posicionamento sem ter um plano de comunicação estruturado. O objetivo não pode ser o viral; o objetivo tem que estar dentro da comunicação da empresa; o viral é um elemento de transporte da mensagem definida no planejamento.
E antes que eu me esqueça, se, por exemplo, você tem 50 mil reais de verba para divulgação e alcançar aproximadamente 400 mil visualizações ou curtidas, isso se chama mídia, e não viral – cuidado com os termos utilizados para os clientes, não banalize o mercado.
Pra finalizar, já faz um tempinho, mas, na minha opinião, esse curta que a Vivo fez em 2011 é um bom exemplo de viral. Confira aí e me diga o que você acha desse negócio de viral todo.
Perfeita observação, Belle. Me faz lembrar a briga que tive uma vez com uma agência em que trabalhava… rs.
Exemplo de viral: Postagem do "retrato falado" de uma suposta sequestradora de crianças do Guarujá. Resultou no assassinato de uma mulher inocente. Pessoas espalham sem critérios…
Excelente colocação.
Acredito que depois do advento das mídias digitais, em que todo e qualquer usuário ganha papel de protagonista gerador de conteúdo, é imprevisível a construção de um conteúdo de caráter viral.
Show de bola!