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“Os lugares mais sombrios do Inferno são reservados àqueles que se mantiveram neutros em tempos de crise moral.”
Assim Dante resume o destino daqueles que se abstém. Daqueles que com o intuito de fugir da responsabilidade se atrevem a calar-se e esperar que o acaso resolva. Talvez sejamos um pouco extremistas ao abordar as assimilações de infernos que temos construído com o catolicismo, onde o inferno é um lugar estático com fogo, tridentes e almas condenadas. Contudo, sem fazer juízo de valor, sabemos bem que esta palavra traduz um estado de espírito de dor e medo, sentimentos parecidos com os que vivem várias organizações diante das suas crises corporativas.
Na obra intitulada “A Divina Comédia”, Dante descreve os estágios que uma alma percorre até chegar ao paraíso, caminho que eu associo ao trajeto que uma crise percorre até se estabelecer ou não, conduzindo a organização ao paraíso, caso tenha o problema resolvido ou ao inferno, caso tenho a crise instaurada.
Atualmente, temos vistos vários exemplos de empresas que assumiram o erro ou atestaram a sua própria inocência, porém, não ficaram caladas: hastearam suas bandeiras e bateram no peito bradando suas declarações institucionais.
Assim como fez o Instituto Royal, que depois de ser invadido por ativistas, ter sua propriedade física e intelectual prejudicadas pelas depredações, não de calou. Deixou claro que estava certo e apresentou provas de que agia dentro da lei (fonte); ou a Coca-Cola que em meio às acusações de presença de corpos estranhos em sua composição fez um vídeo para mostrar aos seus públicos que tudo não se passava de um grande boato, revertendo assim a situação e amenizando as conversas que a contrapunham.
O fato é que posicionadas ou não, as empresas são passíveis de sanções morais, éticas e judiciais que comprometem a sua atividade, e que Dante previu os lugares reservados aos que preferem ficar em cima do muro.
Posicionai-vos!
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Paulo Gabriel Jr, tem 20 anos, está no sétimo período de Relações Públicas e Publicidade & Propaganda na faculdade ESAMC Uberlândia. Atualmente atua como assistente de marketing e merchandising da BAND Triângulo. Têm experiências em social media e eventos. É apaixonado por filosofia, gosto de relacionar os estudos da profissão com os grandes pensadores da antiguidade.
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