Não importa de qual lado você esteja, acredito que vá concordar comigo: essas eleições estão parecendo final de Copa do Mundo.
Mais do que eleitores conscientes e políticos com proposta claras, estamos vendo torcidas organizadas de lados opostos do campo.
Que já nem pensam muito no porquê estão gritando e xingando o adversário.
Adoraria que alguém perguntasse: candidat@, se você perder de que forma acredita que pode colaborar para que uma verdadeira mudança se concretize, em prol do povo brasileiro? #sonhomeu
Eu desisti de pensar em político bom ou ruim. Político é que nem bumerangue (olha o Collor aí!): sai hoje e volta amanhã, em toda a velocidade.
Falo com tranquilidade, e talvez você até me acuse de “despolitizada”, pois estou vendo tudo de longe e não votei nestas eleições.
Mais: vejo o momento do ponto de vista de onde toda a corrupção começou – com as colonizações, há mais de 500 anos.
Caiu o império, subiu a república, acabou a escravidão. Não se mudam 500 anos de práticas escusas em um mandato, talvez nem em 50 anos.
Mas eis que no meio da gritaria um grupo de profissionais de comunicação super engajado cria uma iniciativa singela e ancorada nos valores que faltam nas eleições e na política.
Ética, consciência, transparência, propostas claras, responsabilidade, estratégia, resolva, arrisque-se, surpreenda, seja foda – quem já viu palestra do Todo Mundo Precisa de um RP sabe do que eu estou falando.
O OCI – Observatório da Comunicação Institucional inventou o Dia da Satisfação Pública: um dia que dá a chance dos governantes se COMUNICAREM com o público resgatando todos esses valores. Todos os anos, no dia 24/10.
Esse dia será destinado para que o governante – presidente, governador, prefeito – se dedique a responder publicamente perguntas formuladas por especialistas (a serem definidos) e debater, ao vivo, sobre os assuntos mais importantes do período.
O público quer que o próprio eleito venha dar satisfação de seus atos e que fale sobre tudo, fora do contexto de eleições.
Não há mudança política que vá fazer alguma coisa de fato sem que isso inclua a nossa mudança individual de cada dia.
Acredito que assim como cabe ao político ser transparente, cabe ao empresário lembrar que a sua empresa tem um dever moral de responsabilidade social e que por isso precisa dialogar direto com os três poderes condições de fazer mais e melhor.
O povo precisa cobrar essa responsabilidade também e não apenas lutar pró-Dilma e pró-Aécio.
Ser politizado é mais do que ter discurso. É ter atitude de mudança.
Porquê falar é fácil, quero ver fazer algo diferente. Não acredito em executivos que vão para a rua protestar.
Quem lidera o que quer que seja (empresas, iniciativas, pessoas) só tem uma coisa a fazer: liderar e dar o exemplo. E ainda estamos longe disso nas empresas…
Ver duas vezes no mesmo ano o nosso país tomar “7×1” é bem desolador.
E dessa vez incomoda mais: se na primeira, contra a Alemanha, foi uma ressaca moral que atingiu principalmente a seleção, dessa vez vão ser 7 gols-contra. Vamos perder contra nós próprios e dentro de casa.
E a culpa, claro, vai ser delegada única e exclusivamente a quem coordenar a bagunça: Dilma ou Aécio, eu não acredito que nenhum deles seja capaz de realmente mudar o jogo.
Será que o povo tem fôlego para fazer mais do que reclamar?
Veremos assim que sair a recolha de assinaturas do OCI para transformar o Dia da Satisfação Pública em projeto de Lei.