No domingo passado (4 de julho de 2010) a Folha de São Paulo publicou na pag. A8 a coluna de sua nova Ombudsman, Suzana Singer. Sob o título “A FOLHA ERROU; 🙂 ALEGRIA NO TWITTER” – leia aqui – (assim mesmo, com smile e em letras garrafais como no CALA BOCA – veja post relacionado).
Nos quatro primeiros parágrafos da “coluna” tudo bem. Singer explica, para quem não conhece, como funcionam as inserções publicitárias em um jornal, e a necessidade das agências de publicidade em trabalhar sempre com dois cenários!
Para quem não acompanhou, a Folha publicou na terça-feira (29/06), erradamente, um anúncio do Supermercado Extra em que ele (patrocinador oficial da seleção) agradecia a participação do time na copa após uma suposta eliminação (que só veio a acontecer no jogo contra a Holanda, na sexta!
Suzana Singer tem um cargo onde, segundo a própria Folha define, deve “(…) produzir uma coluna de comentários críticos sobre os meios de comunicação -na qual a Folha deveria ser um dos alvos privilegiados.” (veja aqui). No quinto parágrafo, porém, ela comete (sempre conforme tá explicadinho lá no “o relações”) uma gafe. Passa a criticar o anunciante (Grupo Pão de Açúcar [GPA] – dono do Extra). Diz que o anuncio era confuso por usar palavras em “Zulu” uma língua falada na África do Sul. Pois bem, quem tem que definir se é confuso ou não é o anunciante e sua agência, certo? – continuemos!
No parágrafo seguinte ela diz que “ávidos por notícias do tipo “espírito de porco” os tuiteiros se alvoroçaram” cobrando providencias e fazendo piadas, ao meu ver, algo natural em uma rede social onde o princípio é a interação!!!!
Mais pra frente, absurdo maior, Singer reproduz a série de Twits do Abílio Diniz (“patriarca” do GPA) onde ele pede desculpas (assumindo a culpa pelo erro, além de não tirar a culpa da Folha) pelo equívoco. Ela classifica a mensagem de Diniz como “fúria do anunciante” – (gosh!!)
Quase no fim da sua coluna, Singer diz que, neste caso, o jornal agiu de maneira correta publicando uma matéria no caderno “mercado” relatando o “tremendo tropeço. Mas só!”. Só???
Acredito que esta coluna foi o segundo erro do Jornal. Sabemos que em uma crise a necessidade da Opinião Pública em encontrar um culpado (por mais que eu ache isto um absurdo, pois temos que RESOLVER O PROBLEMA e não achar culpados) é grande. A meu ver Singer deveria ter abordado o assunto de outra forma. Poderia até defender o jornal, mas poderia ter começado pedindo desculpas e apontando as falhas do veículo ao invés de reduzi-lo a “Imenso (tropeço), mas só isso.”.
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