Que os Meios de Comunicação em Massa (MCM) influenciam a Opinião Pública (OP), ninguém tem dúvidas. Até pq são os “formadores de opinião” que escrevem em jornais e revistas, são âncoras de rádios e TVs.
Fato novo, e que raramente se vê, principalmente para com os grandes veículos de comunicação, é o caminho inverso, ou seja, as pessoas influenciando os MCM.
A partir deste ponto deixe de lado TODOS os boatos e o lado da “brincadeira e gozação” dos fatos que vou abordar. FOQUE no real significado de cada um deles.
A Globo…… SIM, A Globo!!!! Com certeza você acabou de lembrar de alguns “causos” que a emissora se envolveu nos últimos 15 dias or so!
O CALA BOCA GALVAO, já abordado aqui no relações em 2 posts (que você pode ver aqui e aqui), foi o primeiro deles. Manteve-se no topo dos Trending Topics Mundial do Twitter por quase uma semana, além de ter sido objetivo de diversas matérias na imprensa nacional E internacional (veja referências nos posts acima citados). De pouco adiantou a tentativa do William Bonner, Luciano Huck e Thiago Leifert de desviar a atenção do caso.
Tivemos em seguida, no meio das Relações Públicas, o Fred, personagem de Reinaldo Gianecchini na novela Passione, da Globo. Ele foi nomeado Relações Públicas de uma empresa da novela pelo simples fato de ser “boa pinta!“, o que causou indignação e certa “revolta” nos profissionais de Relações Públicas. Este assunto também foi bastante debatido neste post aqui!
Após o jogo entre Brasil e Costa do Marfim veio a tona o terceiro caso, que se iniciou um pouco antes. Durante a coletiva de imprensa concedida pelo Dunga, ele teve um “desentendimento” com um jornalista da Globo (entenda o caso aqui). Este atrito foi alvo de um “editorial” da emissora, apresentado pelo Tadeu Schmidt durante o Fantástico. O caso que elevou os ânimos entre Dunga e Globo, iniciou-se com a chegada de Fátima Bernardes no hotel da seleção para gravar uma exclusiva. Dunga a recebeu e disse que não daria tratamento diferenciado para a Globo, o que gerou o mal estar. Esta história você confere aqui.
Deste caso nasceu o CALA BOCA TADEU SCHMIDT e o #FREEDunga e, em seguida, o #diasemglobo (veja matéria aqui ou aqui)…..
Estes 4 “embates” que a Globo teve nos últimos 15 dias, com diferentes players da sociedade, com certeza irão mudar a forma da emissora lidar com as pessoas/OP e de FAZER jornalismo. Por mais sutil e imperceptível que seja, a mudança existirá, principalmente nos bastidores. Acredito eu que nunca a emissora foi tão contrariada e contestada em tão pouco tempo. Isto, claro, fica bem mais fácil hoje que temos internet e principalmente as redes sociais/digitais como Twitter, Blogs, Facebook, Orkut e outros.
Quem lida com “Relações com a Imprensa” e cia. sabe o quão importante é a Globo para certos tipos de divulgação e como o que é abordado por ela gera impacto na sociedade; não se pode negar. Será porém que a emissora não está “perdendo a mão”?
Acredito que, apesar de alguns exageros, estamos vivenciando uma grande mudança na forma de se comunicar e se relacionar! Estes casos reforçam o poder que as pessoas comuns tem nas mãos e que, cada vez mais, estão aprendendo a usar…. Fatalmente chegará a hora em que MCM serão menos ágeis do que redes sociais, mas até lá muito precisa-se trabalhar pela credibilidade e reputação das infos que circulam neste meio. Por isto, fica aqui a pergunta: Você acredita que as pessoas passarão a ter forte poder de influência em grandes e tradicionais veículos de comunicação em massa?
Muito bacana o post!
E, respondendo a sua pergunta, eu acredito sim que as pessoas passarão, se não a mudar, mas a influenciar cada vez mais as grandes detentoras de veículos midiáticos no país. Um exemplo que já podemos notar é com o SBT, onde já alterou programas de sua grade de horários em virtude de manifestações no twitter. A partir disso, a empresa se mantém mais atenta e conectada ao twitter, fazendo a programação de acordo com os usuários.
Eu acho isso ótimo e oportuno para o momento em que estamos vivendo e que, provalmente, continuaremos vivendo. Esses exemplos citados acima da Globo mostram isso. O descontentamento dos telespectadores logo estão vindo a tona, levando junto uma maré de gente, provocando uma bola de neve.
Não digo que a Globo, por exemplo, irá afundar e perder espaço caso não mude sua forma de tratar o público, mas acredito que, se continuar assim, acontecerão muito mais casos como esses que estamos presenciando.
Abraço,
Juliana – uniRP
Parabéns pelo post. Muito bom! O que acho mais interessante nessa situação é que por enquanto a Globo não está conseguindo reagir, assisto muito a Globo e tenho percebido o desespero em reverter a situaçõ, mas de maneira equivocada. Utilizando as mesmas estratégias de antes, só que o público mudou. As conversinhas entre o Galvão e o público elogiando a Globo, os jornalistas fazendo discursos persuasivos, rídiculo!
Abraço!
Eu acredito que as pessoas sempre tiveram grande influência na comunicação em geral, a dificuldade era como acessá-la. Hoje com todas as facilidades citadas no seu texto as mensagens, críticas e sugestões que todos querem passar chegam mais facilmente ao seu destino.
Existe também a instrução e acessibilidade a informação, antigamente as pessoas eram condicionadas a ler e aceitar, ponto final, as poucas pessoas que iam contra o que era imposto eram completamente censuradas. Não estou falando da ditadura militar não e sim da ditadura da sociedade. Hoje em dia é bacana ser revolucionário, trazer um tema para discussão e apresentar uma postura diferenciada, mas a alguns anos atrás (quando eu estava no ensino fundamental mesmo) não podíamos nem debater com professores dependendo da escola em que estudava.
Enfim, acredito que pessoas bem instruídas e que tem embasamento em seu ponto de vista conseguem alterar e influenciar os meios de comunicação SIM.
Pedro,
Parabéns pelo Blog, sua iniciativa é muito bacana. Visito sempre!
Abraços,
Luana
Bobinho…
Cara, gostei muito do texto. E lá vai minha opinião…
Eu acho que o poder já está na mão do usuário, e não é de agora com esse 'boom'. O maior problema, que vc mesmo disse, na minha opinião é a credibilidade dessa informação, embora alguns estudos digam que os internautas falem a verdade, nos sabemos que falsos boatos [como a morte de Lima Duarte, por exemplo] são corriqueiros, e vira e mexe estão lá nos TT br. Alem disso, eu penso que outro problema é que nós, os mortais… ainda não sabemos lidar com tudo isso que temos nas nossas mãos, mas acho que já estamos melhorando muito nos últimos tempos. E viva a comunicação horizontal!
Mais uma vez, parabéns pelo excelente texto!
Com certeza, vivemos um novo momento nas relações entre o público consumidor e os veículos de comunicação. A influência deste público está cada vez mais forte, uma vez que ele não é mais um mero espectador passivo. Como citou a Juliana acima, temos o exemplo do SBT que, após alterar sua grade de programação e receber uma série de reclamações do público, voltou atrás e rearrumou a grade de forma a atender essas expectaitvas.
Pensando dessa forma, a Globo ainda engatinha nesse processo. Com certeza, com a variedade disponível de programação tanto em TVs abertas e fechadas, essa postura irá mudar. Ninguém quer perde audiência.
@alexandre_amc
Parabéns pelo artigo. Assim como você também acho que os recentes fatos formam um divisor de águas, talvez em aguns anos eles sejam lembrados como um tipo de virada onde as mídias sociais reinvidicaram seu direito de serem lavadas a sério como meio de informação. Quem insistir em ignorá-las daqui para frente corre o risco de ficar pra trás. Para a sociedade nada poderia ser melhor do que ter mais fontes de informação para evitar cair em armadilhas de pessoas mal intencionadas que manipulam fatos seja por interesses comerciais, políticos ou corporativos. Obrigado por citar nosso post.
Belo texto, Pedro! E interessante a pergunta final tbm. As pessoas já influenciam os MCM, obviamente, ainda de uma maneira tímida. A questão é quem influencia e de que maneira. Para quais causas queremos essa influencia (porque penso que não são todos os motivos que mobilizam como o “Cala Boca qualquer famoso”). As relações estão mudando (fato!) e nós, enquanto profissionais da comunicação, precisamos assimilar essas mudanças e dar esse poder de “influenciar” às pessoas e, principalmente, às causas certas. Debate muito válido, acredito!
Abraço!
PessoALL,
Muito obrigado pelo feedback. É MUITO importante saber que os textos estão adequados e o assunto é de interesse! 😀
Acho que este debate que propus vai se desenrolar muito ainda. Com certeza será tema de muitas discussões e reformulações dos veículos de comunicação, assim como a web fez e as redes sociais/digitais estão fazendo também!
Se alguém quiser desdobrar o assunto ainda mais, fique a vontade!
Pedro Prochno
relações
“Perdendo a mão” ?
A Globo já não tem mais isto des-de 1990.
Os jornalistas só fazem alegorias com as noticias (da ultima vez q vi o Fantastico era uma materia sobre um brasileiro atacado por um tigre em Nova York, que eles rechearam com cenas de Madagascar).
Os autores de novelas estão simplesmente patéticos, se achando a base moral e cultural da sociedade.
… ja estou a 2 anos sem rede globo, apenas usando RSS de noticias e vendo desenhos pela internet e filmes na locadora e me sinto muito feliz
Globo causando.
João adorou o Blog e quer fazer um também!
Hummm… você usou a campanha do Desafio Attitude do ano passado…. cool!
Não não, eu usei uma foto que tirei de um painel que fiz! #fato 😛