Nos últimos dias um novo site “wiki” tem tomado conta dos noticiários mundiais, o Wikileaks!
Esta nova plataforma surgiu em 2007 com a promessa de garantir, de qualquer maneira, a publicação de informações “sensíveis” que devam se tornar públicas. Os criadores do projeto defendem que só com uma imprensa realmente livre é que será possível combater a corrupção e as más condutas existentes.
A Wikileaks informa em sua descrição que adota as mais modernas práticas de criptografia de dados para poder garantir anonimato às fontes que submetem materiais ao portal. Ao mesmo tempo, diz que conta com um grande time de advogados que trabalham para garantir que o projeto continue caminhando.
No Brasil começou a se falar mais sobre o projeto depois que mais de 90 mil documentos do governo americano sobre a guerra do Iraq/Afeganistão vazaram ao mundo por meio da Wikileaks. Os documentos, entre eles muitos relatos de combatentes americanos, revelam que os EUA mantinham um esquadrão especial para capturar e eliminar insurgentes acusados de terrorismo, além de relatar algumas operações encobertas que acabaram vitimando civis e crianças.
O site declara já ter “vazado” mais de um milhão de documentos e afirma que publica apenas documentos de veracidade comprovada e que passem por criteriosa análise. Rumores ou opiniões não são postadas. Seu diretor, o australiano Julian Assange, publicou em janeiro deste ano um documento do serviço de inteligência americano afirmando que o site é uma ameaça às forças armadas do país, informação esta que foi confirmada pelo governo à BBC.
Para a divulgação dos documentos sobre a guerra do Afeganistão, o Wikileaks contatou os jornais The Guardian (Londres), The New York Times (NY) e Der Spiegel (Alemanha). Estes veículos ajudaram a analisar as informações e a cruzá-las com informações dos próprios governos. O resultado, o barulho que estamos vendo hoje nos principais jornais do mundo.
Em minha opinião o projeto é ótimo e parece ser muito bem amarrado para evitar a publicação de especulações e informações desconexas. Parece também que conta com uma equipe multidisciplinar bastante ampla para garantir que o site funcione e cumpra com seus objetivos para com a sociedade e as fontes de informação. Com isto entendo que ele garante o que já abordei em outro post aqui no relações, que é a relação entre a liberdade de imprensa e a ética jornalística!
E você, acha que a liberdade de imprensa deve ser protegida a qualquer custo? E quando esta liberdade conflita com a ética (ou ausência dela)? Deixe sua opinião!