Todos já passamos por uma situação onde precisamos recorrer ao “Mas não foi isto que eu quis dizer!“. Em comunicação as diferentes interpretações, quer sejam causadas por problemas no emissor, quer sejam no receptor, até mesmo na mensagem ou meio, são constantes. E é aí que está o maior desafio de todos os comunicadores: Se fazer entender de forma clara e objetiva com a menor dissonância possível entre receptores.
Quando estamos conversando com alguém ou até mesmo transmitindo uma mensagem falada (com ou sem imagem), a interpretação do texto, oscilações e pausas da voz e entonação nos ajudam a transmitir o conteúdo mais claramente o deixando mais fácil de entender. Pode-se, por exemplo, perceber com muito mais facilidade um sarcasmo.
Entretanto, quando precisamos transmitir uma mensagem por escrito, onde a margem para interpretações é infinita, precisamos ser ainda mais coesos e concisos. O momento em que a pessoa lê a mensagem faz toda a diferença. São inúmeras as variáveis que podem influenciar a sua interpretação, desde uma simples palavra que não caiu bem, até o humor que a pessoa estava no momento em que lia o texto.
É fato que toda a vez que lermos um texto vamos modificar algo nele. Eu faço isto toda vez que releio um post meu. Sempre encontro algo que podia ser mudado para melhorá-lo, mas se o fizesse, jamais publicaria algo aqui no relações. O grande problema, e nossa traição, está justamente quando não repassamos a mensagem de forma imparcial. É esta revisão crítica que nos faz perceber equívocos cometidos, ou mesmo de interpretação, que podem comprometer a mensagem.
As vezes escrevo muito com a emoção; outras, muito com a razão, mas sempre de acordo com algo que acredito, gosto ou não. Porém procuro, todas as vezes, revisar meus textos de forma crítica. Quando acho que não tenho condições para tal, sempre recorro para alguém disponível. Muitos de vocês inclusive já viram pedidos meus para revisão no twitter :-).
http://twitter.com/#!/prochno/statuses/27885641659
Revisar as mensagens que queremos transmitir não é vergonha como muitos pensam. Ter um texto modificado, quanto ao conteúdo, para deixá-lo mais claro, e nem sempre quanto à forma, pois cada um tem a sua, não deve ser motivo de desânimo. São estas revisões e construções conjuntas de uma mensagem que fazem o texto ficar melhor, que nos ajudam a minimizar interpretações dúbias, ou seja, são elas que nos ajudam a ter certeza de que chegamos o mais próximo possível do que queremos transmitir.
Para quem acompanhou o Twitter, ontem, sabe que este post surgiu a partir de um post onde uma colega comunicadora empregou, de maneira infeliz, uma palavra em lugar errado, o que acabou por causar perplexidade e chateação no meio das Relações Públicas. Isto dentro de um texto cuja reflexão é extremamente válida! Defender um ponto de vista que outras pessoas não concordam é legítimo, mas querer dizer algo que não foi dito, as vezes é imperdoável!
Pois é, Prochno…
pode ser defeito ou não, mas sou mega paranóica com meus textos… reviso umas 800 vezes antes de publicar no blog! hehehhe
Belo artigo!
Beijos!
Pedro,
Parabéns, mais uma vez, pelo texto.
Realmente, as pessoas devem prestar atenção no momento em que escrevem. As palavras escritas se perpetuam. Em algum momento, alguém poderá reencontrá-las e trazer à tona uma discussão já passada.
Abraços,
@alexandre_amc