Por Lília Machado
Deparei-me recentemente com um perfil institucional de uma marca X no Facebook em que foi postado mais conteúdo – fotos e mensagens – de festas e da vida particular dos seus sócios, que do próprio produto oferecido pela marca.
Quem não entende de imagem institucional, achou um absurdo. Eu, como gestora de imagem, achei isto uma aberração, uma ofensa. Por isso decidi elaborar este artigo – visto que pouco encontrei sobre o prejuízo que a má administração de redes sociais pode causar à marca.
Ousaria dizer que pior do que não estar presente nas mídias sociais, é estar presente e denegrir sua própria imagem. O perigo ao se cometerem falhas no Facebook é maior do que em outro veículo, pois a velocidade de propagação de informações é mais rápida, o que amplifica o estrago.
Devido a velocidade com que as informações devem ser repassadas e a facilidade que se tem em acessar as redes sociais, estas viraram referência para possíveis investidores, clientes e até mesmo fornecedores.
Pois bem, imagine-se, caro leitor, como sendo um cliente desta empresa. Imagine-se, agora, entrando no Facebook de um possível fornecedor. Surpresa! O perfil institucional parece mais o perfil de uma pessoa – e que não cuida de sua própria imagem! As fotos dos produtos – na casa da meia dúzia, são anuladas quando perto de fotos de festa dos sócios. Pior, fotos que registram mesas lotadas de bebidas alcoólicas, pessoas que nada têm a ver com a instituição e que não aparentam estar sóbrias. E pior, fotos de desconhecidos consumindo ou usando produtos do concorrente!!!
Você, investidor, fornecedor, cliente, apostaria no futuro desta empresa? Compraria um produto que está associado a este tipo de comportamento?
Não é qualquer pessoa que consegue gerenciar vários perfis de uma marca nas redes sociais. Há profissionais especializados para isso, que prezam e zelam pela boa apresentação de conteúdos ali. Para as empresas com recursos limitados, interessante seria ter uma rede para alimentar com informações e, nas outras, apenas chamar os seguidores, ou usuários para a página dita principal. Isso pouparia recursos ao mesmo tempo em que a empresa estivesse presente nas redes sociais mais acessadas.
Entretanto o mais aconselhado é contratar um profissional que tenha conhecimentos de gestão de informações nas redes sociais. A economia e o gerenciamento destas redes de forma amadora pode acabar por prejudicar a imagem da empresa. E a conseqüência deste prejuízo é o bolso que sente!
Achei o artigo muito bom, aborda de maneira bem objetiva as principais falhas ao se usar a internet, principalmente as redes sociais, como ferramenta de publicidade sem um profissional treinado para tal. Ou seja, a exemplificação deste caso mostra os riscos q uma empresa pode correr ao deixar uma pessoa sem conhecimento gerir a marca da mesma! Complicado e muito amador!
Oi, Lívia. Gostei do artigo e da abordagem também. Já vi dois exemplos de atuação nas redes sociais bem parecidas com a que você citou. Um deles twittava excessivamente e conversava como se fosse um perfil pessoal. O outro twittava com gírias e cometia o mesmo erro…
Adorei o post, mostra claramente como o uso das redes sociais são encarados como modismo por algumas empresas, quando na verdade são ferramentas de comunicação que devem ser utilizadas de forma estratégica. Para essa gestão estratégica das redes sociais é necessário um profissional competente e preparado para isso, caso contrário podem ocorrer erros que manchem a imagem da organização. Parabéns pelo artigo!