Quem entra na faculdade com a certeza do que será da sua carreira que atire a primeira pedra.
Eu entrei na faculdade tendo uma noção do que é Relações Públicas, mas não tinha ideia do que ia fazer até o terceiro ano da faculdade. E, enfim, estou galgando uma carreira dentro da Comunicação Digital.
Entre altos e baixos me pergunto: “Como construir uma trajetória profissional de forma sólida?”
Para esclarecer algumas dúvidas, fui conversar com o mestre Paulo Nassar. Ele é graduado em Jornalismo (1982), mestre (2001) e doutor (2006) em Ciências da Comunicação, na área de Relações Públicas. Professor da ECA-USP, é autor de mais de quatro livros. Organizou diversas obras e publicou centenas de ensaios, artigos e capítulos de livros. É presidente da ABERJE, membro da International Association of Business Communicators, da Public Relations Society of America e do Conselho da Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas.
Sim, fiz questão de descrever detalhes do que Professor fez, pois tenho uma grande admiração pela trajetória profissional dele e acredito que seja um bom exemplo para nós.
Para construir essa trajetória, Nassar explica que: “Primeiro você tem que entender que não existe uma trajetória consolidada se você não trabalhar. Então, eu sempre olho o meu dia a dia, eu sempre acordo todo dia querendo ser uma coisa, eu persigo todos os dias a humildade e [procuro] sempre ter uma postura de aprender todo dia. A gente não sabe tudo e tem que estar atento às mudanças do mundo, para que possamos consolidar uma carreira e chegar numa determina meta“.
Sim, traçar metas é muito importante. E eu tenho muitas. Até mesmo trabalhar nessa agência onde estou tem um objetivo na minha vida. Mas não foi fácil. E quando a meta é conseguir um trabalho?
Tenho acompanhando o perfil do nosso querido @Galofero e vendo a ânsia dele por arrumar um trabalho na área me faz torcer pelo seu sucesso.
E o que podemos fazer para quebrar paradigmas de empresas/agências que sempre estão em busca de estagiários com experiência? Se acabamos de nos formar e ainda não temos experiência, quando, então, vamos ter uma oportunidade?
O professor Paulo Nassar diz que “na minha trajetória, não somente quando comecei, mas sempre me pautei em aprender todo dia, a estar aberto às mudanças, aos conselhos, a aprender com os mais velhos, com as pessoas que têm uma experiência maior, coisas que na atualidade as pessoas não levam em consideração. As pessoas têm uma visão muito voltada para inovação e não conseguem entender, às vezes, que você só inova se lhe derem uma chance para isso. A dica para um bom início é preservar a tradição da escolha e não se vender para o mercado. Essa é minha perspectiva em relação à questão da carreira”.
Bom, para começar eu não tinha essa noção de ser querido por você Cibele. Sempre soube que me respeitou, mas a palavra querido eu não fazia ideia.
Hoje em dia está tão difícil a gente acreditar em elogios sinceros no meio de tanta falsidade, de verdade e sem vergonha alguma eu posso dizer que fiquei emocionado que utilizou minha ânsia como exemplo. Ainda mais relacionando aos pensamentos do mestre Paulo Nassar.
Eu fui fazer uma entrevista semana passada e fui muito sincero falando que eu não tinha muita experiência na área, mas estava disposto a aprender e o que eu não soubesse buscar conhecer.
Falaram que eu precisaria da PJ e até lancei essa pergunta no grupo do Facebook. Ligaram para mim ontem com o discurso que gostaram de mim e do meu currículo só que acharam gente um pouco mais experiente.
Tudo bem. Mas eu fiquei na expectativa por ter sido sincero e de tentar levar minha força de vontade para uma agência de pequeno porte, para crescermos juntos, se outra pessoa foi escolhida só posso desejar sorte.
Como o texto fala em metas, eu tinha estabelecido ficar até Outubro aqui no estágio que estou, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, que já me ensinou o que eu tinha que aprender faz tempo. Como tinha algumas dividas que consegui regularizar em junho estou a procura de uma vaga de emprego, pois como é órgão público não tem chances de efetivação. Minha meta era em Agosto começar estudar inglês já pensando no mestrado de Ciências Sociais, só que aí a vida apresenta o inesperado e meu pai ficou desempregado e tive que recuar, estudo por conta própria no Livemocha.
Quer saber Cibele e todos aqueles que me acham querido ou não, eu sei que é questão de tempo para eu dar certo profissionalmente na vida. Só preciso de algum lugar que não queria me "tirar o couro" a troco de banana e tenha paciência, pois sou uma pessoa leal, dedicada e comprometida.
Mais que ser citado no texto, fica a alegria de saber que posso contra com você Cibele. De verdade fiquei surpreso e emocionado e nem sei como retribuir o carinho. Vou continuar batalhando para janeiro não ficar desempregado e você continua na torcida por mim. E sempre que precisar é só gritar que eu sou eternamente grato.
Pois é… Carreira se constrói no dia-a-dia…
Vale a pena ler…
Ler esse post me fez lembrar de uma palestra que assisti em 2009 e compartilhei no blog da Tribo RP http://:http://triborp.blogspot.com/2009/11/carreira-x-mercado.html
A carreira deve ser construída durante o curso, participando de projetos e trabalhos que sejam reconhecidos.
Belle, parabéns pelo post. Torço muito para o seu sucesso e do Diego também.
Abraço!
Vamos contruindo dia a dia então. Obrigado Priscila.
Eu demorei três anos e meio para conseguir um emprego na minha área [RP] , estudei com a Cibele e ela sabe que sempre fui e até hoje nos últimos meses da faculdade sou muito esforçado, muito MESMO ! Sempre procuro dar o meu melhor, mas infelizmente sinto que o mercado de trabalho não está preparado para absorver os melhores profissionais, e sim compram um discurso demasiadamente MENTIROSO ! Já fui a zilhões de entrevistas já vi muita gente inventando mentiras absurdas , mas que foram aceitas. Eu por exemplo sou tímido e encontro dificuldades em entrevistas, mas em todos os meus trabalhos sempre saí com excelentes conceitos. Acho que o processo seletivo das empresas deveriam modificar seus processos de forma com que os concorrentes sejam escolhidos por seus méritos e força de vontade e não por um discurso que muitas vezes são infundados, acho que este seria um passo grande para carreira não só de comunicadores, mas para diversos profissionais.
Olha, eu provavelmente sou bastante suspeito pra falar, mas aqui vão os meus pensamentos.
As empresas querem experiência, mas a maioria das pessoas acredita que essa experiência só pode ser encontrada em empregos/estágios formais e remunerados. Aí entramos em um loop sem fim, porque as empresas não te contratam por falta de experiência e você, por sua vez, precisa de uma empresa pra te contratar e assim adquirir experiência.
Existem duas formas de sair disso:
1. A empresa ignorar sua falta de experiência (mais difícil em tempos de farta mão-de-obra disponível);
2. Você ignorar a falta de empresa (um mundo de oportunidades se abre de forma proporcional à sua vontade).
Que tipo de experiência você procura?
– As agências juniores precisam de gente
– ONGs precisam de gente
– Diversos eventos realizados na maior cidade da América do Sul precisam de gente
– O HUB é cheio de gente com projetos que precisam de mais gente
– A ABRP e o Conrerp devem precisar de gente
– Startups precisam de gente
Quem quer um emprego? Muitos.
Quem é que está afim de criar projetos para melhorar a vida dessas organizações que não possuem expertise em comunicação e ir lá vender para eles em troca de experiência? Bem poucos.
As pessoas mais bem sucedidas que eu conheço dedicam parte do tempo a projetos que não rendem nada de grana, mas fazem a maior diferença nos contatos e relacionamentos no longo prazo.
Então vale pensar melhor, você quer mesmo uma carreira ou um emprego?
Obrigada pelos comentários pessoal.
Pri, obrigada pelo carinho.
Diego, como eu disse, não é fácil estabelecer metas.
Confesso que no começo, o ano passado qdo sai de um trabalho que estava há 6 anos, a minha única meta era trabalhar na nossa área. Não importava em qual segmento.
Fui em um evento de Social Media, pq queria melhorar o A Bordo e pq o pessoal do Mida Boom estaria lá, então fui para conhecer o povo. Lá o Beni, hoje da Social Tag, deu a minha primeira oportunidade no mundo da Midia Social, não fiquei 2 meses lá, o Gil Giardelli já me levou para a Gaia, fiquei 9 meses e o Pedro Cândido, meu ex-chefe, me levou para cuidar da Comunicação Digital na startup que ele era gerente.
Foi tudo muito bom, mas eu sentia que precisava trabalhar com RPs, tenho mto conhecimento em MS, mas queria saber como fazer isso com as estratégias de RP. Sabia que ia aprender as estratégias e boas táticas de relacionamento no mundo digital somente convivendo com RPs.
Foi onde eu fiz exatamente o que o Nassar citou, fui conversar com a professora Ferrari. Contei tudo o que sentia e que eu queria. Ela me deu mtos conselhos e me colocou em contato com a Gisele, uma das sócias da LVBA e é onde estou hoje.
Na LVBA me identifico mto mais com o Flávio (o outro sócio), do que com qq outra pessoa na agência e procuro observar e seguir o raciocínio e conhecimento dele para trabalhar no que sei.
Repito, não é facil. Tive que tomar grandes decisões em menos de 1 ano no mercado. Mas, o tempo ajuda. Calma, que você consegue.
=)
Gus, eu tive sorte que o Beni apostou em mim, por causa do A Bordo e logo já chegou o Giardelli na minha vida pofissional. Porém, o que você falou é pura verdade, às vezes tem gente que participa de ótimos projetos, tem excelentes ideias, mas não tem experiência em uma empresa/agência, e tudo o que se foi feito "por fora" não é considerado, em mtas vezes.
É complexo começar, é complexo decidir para onde ir, mas acredito que qdo gostamos do que fazemos, sempre teremos sucesso.
Pelo menos, entre trancos e barrancos eu acho q estou indo pelo caminho certo.
^^
Sim Roni, eu não gosto nenhum pouco desses processos seletivos, depois que entrei para o mundo da comunicação nunca tinha passado por um.
Fiz uma prova na LVBA, não fiz completa, pq já tinha sido indicação e pq eles não tinham uma prova de Midia Social, somente de Assessoria de Imprensa e eu fui sincera falando que não ia fazer, pq o que sabia de Assessoria era o que aprendi na faculdade.
De qq forma não gostei nenhum pouco do processo da LVBA (ops, vou ser chamada na diretoria amanhã.. rs)…
Brincadeiras a parte, realmente não gosto nada que colocaquem conhecimentos ali que pouco importa se sei ou não, colocam lá somente para dificultar as coisas…
E sobre essas dinâmicas, nada funcional. A empresa/agência tem que focar em como reter talentos (um dos maiores problemas da IBM e outras grandes empresas).
Eu não sei vcs, mas hoje eu não fico em uma empresa pelo salário e sim pela motivação (interna e externa), qualidade de vida e felicidade. Se eu pensasse somente em salário, estaria na Gaia ainda.
Bom, acho que fui bem sincera em todos os pontos do post e também na respostas dos comentários. Espero que fique bem claro o que penso do mercado.
Bjos,
Belle
@belle_rp
O Gustavo Falou tudo. Esse loop vicioso tem que acabar.
Existem outras oportunidades.
Concordo que grana não é o fator principal num emprego, nunca procurei fortunas sempre fui muito flexível neste aspecto, mas muitas empresas, agências abusam, como eu disse eu não busco fortuna , mas acho que as organizações deveriam oferecer um salario que dê pra você ter uma vida sem dívidas é o minimo !!! Ainda mais que temos que estar atualizados, pagar faculdade, cursos … e o custo de vida em SP por exemplo é muito alto impossível viver com um salário minimo , tem empresas q dá vontade de rir qdo falam do salário !