Fui recentemente ao Rio de Janeiro e, na minha visita, conheci o BIKE RIO. O Itaú patrocinou um projeto que levou mais de 600 bicicletas à cidade, distribuídas em 60 estações espalhadas por 14 bairros da Zona Sul do Rio.
Pra quem quiser alugar a bike, são duas as opções: um contrato mensal, no valor de 10 reais por mês, cujo o cadastro deve ser feito pelo site, ou um contrato diário, de 5 reais, que pode ser feito por telefone. O pagamento deve ser feito, nos dois casos, via cartão de crédito.
Em ambos os planos, se você realizar passeios com a bicicleta de até 60 minutos, e esperar 15 minutos para pegar a bike novamente, não há valor adicional. O uso é ilimitado no dia ou mês, conforme seu plano.
O sistema é super inteligente. Você vai até o posto, liga do seu celular para a central do Bike Rio, digita o número da estação e da bicicleta e ela é destravada. O processo pode ser feito também pelo aplicativo para iOS ou Android. Para devolver a bicicleta, basta procurar qualquer estação e encaixar a trava. A ação está sendo um sucesso e a cidade está toda laranja, desfilando o logotipo do Itaú por todos os lados. Tudo isso aliado a um sistema ampliado de ciclovias pela cidade.
Ponto pro Itaú, pela ação muito bem elaborada em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro. Uma ação diferente para espalhar a marca e uma boa impressão dela por toda uma cidade. Penso que essa ação se amarra muito bem com a imagem de sustentabilidade pela qual o banco preza, fazendo ações sobre economia de papel, economia criativa, uso consciente do dinheiro e etc.
Mas, como não posso deixar de chamar para uma reflexão, me lembro que há mais ou menos um ano atrás recebi folhetos de alguns manifestantes na Paulista criticando o banco pelas demissões em massa após a união entre o Itaú e o Unibanco. O título era algo como “O banco mais sustentável do país não valoriza seus funcinários”.
Não me aprofundei na pesquisa sobre o assunto para saber o lado do Itaú dessa história, mas vale a pena lembrar que não adianta uma empresa fazer ações tão bacanas apenas para o público externo e esquecer do interno, que é a “turbina” da empresa.
Afinal, é ele que passa a impressão mais forte sobre a empresa para o público externo. Se você for a um Banco Itaú e for mal atendido, pouco vai se importar com as ações e comerciais bacanas que a empresa tem feito por aí, não é mesmo?
Quanto ao Bike Rio, ouvi dizer que estão tentando trazer este projeto para São Paulo, mas ele está esbarrando no Cidade Limpa. O que vocês acham disso?
Imagens: Cena Carioca
Bru!
Muito bacana essa ação!! Pra quem não sabe, a Bradesco Seguros é a patrocinadora da Ciclofaixa de Lazer de SP e nos parques há bikes também pra quem quer pedalar…e de graça!!! Basta deixar o RG e depois que der sua voltinha pela cidade nos domingos e feriados, vc devolve a bike e pega de volta o RG #ficadica.
Sobre o que comentou é bem isso: não adianta ações isoladas, afinal, sustentabilidade não é plantar árvore e deixar de gerar parte da poluição no planeta. Sustentabilidade vai desde os valores institucionais, a governança corporativa, as práticas internas e externas. É um conjunto! 😉
Adorei o post!
Beijos!
Bruuu!
Olha que coincidência: recebi entre meus clippings a seguinte notícia "Nova York anuncia sistema de compartilhamento de bike patrocinado pelo Citibank" rsrs! Como a Carol disse, muitas cidades estão investindo em iniciativas assim. Na matéria, cita o Itaú com essa ação 😉
Pra vc conferir: http://ciclovivo.com.br/noticia.php/4841/nova_yor…
Beijos!
Ói, vou fazer o papel de advogado do diabo no caso das demissões.
Fusão e aquisição entre duas empresas culmina em demissões, SEMPRE! É o famoso "sinergias" encontradas entre elas, ou seja, onde se tem o ganho da junção das operações. Eu trabalhei em banco, trabalhei no processo de fusão das duas instituições que trabalhei e no fim, fui eu quem pulou fora, ou seja, sofri o corte mas sem ser corte!
O sindicato tá no papel de defender os funcionários, mas sempre temos que olhar sob várias faces! Infelizmente acho que este ponto não rola ao cruzar com as bikes.
Penso sim que o atendimento na agência e tratamento dos funcionários em relação às metas, aí sim, entra como forte balizador! Tem que ter equilíbrio se não a imagem vai pro beleléu!
Bjs, Una
Pedro Prochno
@prochno blogrp.todomundorp.com.br
A ação é super legal, mas é bem cópia da Europa. Na minha temporada em Londres, vi isso na cidade toda e quem patrocinava as bikes por lá era também uma instituição financeira, o Barclays. Gosto dessa pegada que o Itaú tem, mas novidade mesmo, não vejo muito. Mas, que bom que vamos começar a ter essas coisas em terras tupiniquins! E, sim, vc tem razão, de que adianta investir mundos e fundos em ações de visibilidade se vc não valoriza o público interno? NADA! Belo post! Abs, @carolterra.
Não dá pra negligenciar a importância da reputação para as organizações, inclusive as bancárias, e neste sentido a importância de ações de transcendência – no campo das responsabilidades sociais corporativas (cultura, esporte, educação, cidadania…). Os relações públicas trabalham neste metier. Mas, ao mesmo tempo, não dá pra negligenciar o domínio das atividades-chave destas organizações. Pra mim, o Itaú deveria estar centrado primeiro em baixar juros, ser mais justo com seus correntistas, ampliar as linhas de financiamento que sejam de fato sustentáveis e inclusivas, porque, do contrário, o resto vai ser sempre maquiagem – por mais efeitos positivos que possam causar às comunidades e públicos envolvidos. O post nos faz pensar nisto tudo, de maneira inteligente e ampla. Obrigado pela oportunidade.