“Quando os seres humanos adquiriram a linguagem, não aprendemos apenas a ouvir, nós aprendemos a falar. Quando os seres humanos adquiriram o texto, não aprendemos apenas a ler mas também a escrever. E, agora, que adquirimos o computador, nós deveríamos aprender não apenas como usá-lo mas também como programar.”
As palavras acima foram ditas por Douglas Rushkoff, autor do livro “Program or Be Programmed“, e descrevem uma questão importante para refletirmos, especialmente como relações públicas e comunicadores:
Quem programa e constrói os sistemas sobre os quais executamos as tarefas do nosso dia-a-dia acaba definindo a realidade sobre a qual vivemos.
Talvez nem todos ainda considerem a programação uma habilidade tão necessária como eu considero para desenvolver o meu próprio negócio, mas parece que algumas coisas estão mudando. Recentemente, li em um artigo que na agência americana de publicidade R/GA todos são programadores.
Segundo o chefe de tecnologia da agência, John Mayo-Smith, na R/GA, de redatores a diretores, todos contribuem para desenvolver o código, e isso já ajudou a criar produtos inovadores para a Nike e diversos outros clientes.
Olhando para o lado do empreendedorismo, imagine o que a habilidade de programar pode representar para diversas áreas. O que pode fazer um antropólogo, um sociólogo, um físico? O que pode fazer um linguista, um historiador, um geógrafo?
E você, o que faria como relações públicas ao poder programar?
Gusta, acho que a maior reflexão que tiro disso (e olha que refleti o dia inteiro sobre isso), é:
Se a gente precisa aprender bem o português (fundamental) e outras linguas para poder se comunicar e saber do que acontece no mundo, como não aprender programação para entender o que se passa e como funciona as plataformas e ferramentas que usamos para comunicar?
Tudo bem que pode ser um exagero, mas minimamente aprender o raciocínio e lógica por trás delas é importante! Amanhã vou me matricular numa Databite! 😉
Abraços
Pedro
Pedro, como relações públicas aprendemos muito sobre diversas ferramentas de comunicação na faculdade: editamos vídeos, criamos spots, fazemos jornal mural, folheto, folder…. e por mais que não coloquemos a mão na massa durante a vida profissional, aprender tudo isso é importante para entendermos os processos de construção, para podermos cobrar e trabalhar juntamente com quem realmente manipula as peças de construção.
Talvez não tenhamos que assumir o perfil hardcore e escrever efetivamente o código, mas eu acredito realmente que saber como funciona a lógica e entender como as peças se conectam pode nos ajudar a criar soluções muito melhores para a comunicação.
É como o Rushkoff propõe, que ao dominarmos essa linguagem podemos definir a realidade em que vivemos. Mas na maioria das vezes somos definidos pela realidade que os outros programaram para nós.
adorei a reflexao. Trabalhei numa empresa de TI como gerente de contas e coordenadora da área de atendimento e garanto que o conhecimento adquirido nesta época foi fundamental em minha carreira. Não há um só lugar pelo qual eu tenha passado depois que eu não utilize esse conhecimento ao propor melhorias nos processos e sistemas ou até mesmo no escopo e detalhamento desses sistemas. Hoje, ao pensar num processo ou ação de comunicação, sempre analiso como a TI pode facilitar e deixar nosso trabalho mais fácil e efetivo.
Muriel e Gusta, sabe que eu, quando trabalhei no finado Banco Real participei de um projeto bastante grande para colocar e usar com inteligência as bases de clientes.
Era um MEGA projeto de CRM que envolveu todas as áreas da comunicação e algumas da área de TI, justamente para aproximar as duas áreas e faze-las pensar em conjunto em soluções para problemas de como evitar duplicidade de comunicação para clientes ou como ser cada vez mais acertivo na comunicação para o perfil daquele cliente.
Aí o Santander chegou e….. cri cri…… Mas a ideia era maravilhosa, e justamente essa que temos aqui 😉