Este mês, a história emocionante de uma família foi notícia no mundo inteiro. Como não podia deixar de ser, o assunto também pipocou por aqui no Blog, com o post especial da nossa colega Marcia Ceschini falando da Lego.
O vídeo da Lego é sensacional. Em apenas alguns minutos conta a história da empresa, dá lições práticas de empreendedorismo e mostra como a empresa evoluiu e se tornou mundialmente conhecida, atingindo um tamanho que talvez seu fundador nunca tivesse imaginado. Isso tudo sem perder seus valores mais essenciais e o espírito familiar.
Hoje em dia é comum vermos consultores falando sobre como devemos profissionalizar as antiquadas empresas familiares, mas eu recorrentemente penso no quanto deveríamos “familiarizar” as empresas profissionais.
Não quero dizer que devemos praticar nepotismo ou colocar a parentada toda para trabalhar junto com a gente. Numa perspectiva de relações públicas e empreendedor, a minha ideia é que as empresas instituam e perpetuem os valores familiares em sua cultura.
Acredito que não é à toa que boa parte das grandes empresas que temos hoje no mundo possuam origem familiar e ainda tenham o envolvimento de membros da família fundadora. E, embora eu tenha citado apenas a Lego, vale lembrar outros nomes que fazem parte da lista, como: Wal-Mart, Samsung, Ford, Magazine Luiza e Prada.
Pesquisando um pouco mais sobre as maiores empresas familiares da atualidade, encontrei uma lista interessante, suportada pela Ernst & Young, com a relação das 50 empresas familiares de maior crescimento. A lista é do fim de 2011 e considera as empresas que ainda têm envolvimento direto de algum membro dafamília. Em segundo lugar temos uma representante brasileira, vejam:

Eu faço parte de uma empresa familiar que já tem seus 36 anos de história. Até hoje, minha avó de 82 trabalha diariamente (por opção). Acredito que as ambições do nosso pequeno negócio sejam bem menores do que as listadas acima, mas eu não tenho dúvida de que negócios e família podem dar uma ótima mistura.
VIVA AS EMPRESAS FAMILIARES!
Sua reflexão é absolutamente pertinente. Há uma tendência nos consultores vindos da Administração de demonizar as empresas familiares como se fossem foco de amadorismo. Não há dúvida de que as relações pessoais e familiares, misturadas ao ambiente de tomada de decisões de negócio, podem de fato interferir no andamento dos processos. Mas, como em tudo na vida, isto vai depender das pessoas. Não é uma condição obrigatória deste tipo de empresa. Aliás, toda esta questão de cultura organizacional enraizada, em que os funcionários sabem onde estão e para onde vão com a simplicidade ditada pelos fundadores, é uma aprendizagem que ainda as grandes multinacionais correm atrás com seus discursos pasteurizados. Valeu pelo post.
É verdade, Cogo. Está longe de ser uma regra.
A confusão entre os ambientes familiar e profissional é muito comum, assim como as relações de quem trabalha ali. O que realmente pode trazer ganhos é o impacto desses valores justamente na cultura e, consequentemente, no relacionamento de quem atua nessa organização. Quando as pessoas passam a se preocupar com seus pares como uma verdadeira família, e não como uma competição corporativa, muita coisa pode mudar.
Gustavo, parabéns pelo post! Fiquei muito feliz com as perspectivas pois também sou um empreendedor familiar, não há 36 anos como você (espero chegar lá), mas já em alguns anos. As vezes os conflitos são mais complicados, o separar o profissional do pessoal é extremamente complicado, principalmente para os da geração X.
Mas uma coisa é fato, não conseguimos fazer algo para o cliente que não seja no mínimo muito bom, digo, fazemos para os outros como se fosse para nós mesmos, é parte de nossa casa, de nossas vidas e não permitimos que o lucro sempre seja o mote principal… Quem sabe não é este o caminho do sucesso das empresas como o Magazine Luiza e outras tantas que existem pelo mundo?
Muito pertinente sua reflexão! Contratar parentes ou amigo somente por serem parentes ou amigos, nem sempre foi uma boa solução. Mas a lição que devemos tirar destas grandes empresas, são os valores familiares que deixam o ambiente de trabalho mais harmonioso e, consequentemente, mais agradável e produtivo.