Este post foi escrito por Ellis Mara Rezende. Participe você também do #Blogrelacoes, veja como aqui!
Considerado o maior evento do Voo Livre Nacional, o 10º Fest Fly recebeu, nos dias 15, 16 e 17 de junho, mais de 200 pilotos de parapente e um público de aproximadamente 5.000 pessoas. O Pico da Raposa, na cidade do Córrego do Bom Jesus, em Minas Gerais, foi também “palco” da 1ª etapa do campeonato Sul Mineiro de Voo Livre de 2012, evento que tive o prazer de participar pela comissão organizadora, liderada pelo Clube de Voo Livre Asas de Minas.
O Córrego do Bom Jesus, popularmente conhecido como “Córgo”, é uma típica cidade do interior de Minas, com cachoeiras, picos, um santuário, cercada por montanhas e uma bela paisagem, que briga aproximadamente 4.000 habitantes .
Participei como staff, mas, Relações Públicas que sou, é claro que fiquei bem atenta a forma como tudo acontece, mas me limitei a apenas observar e fazer o que me pediam, afinal é meu primeiro ano na organização.
A primeira reunião da qual participei foi na terça-feira da semana que antecedia o evento. Quando cheguei, encontrei alguns membros da organização, entre eles, Samuel Nascimento, o Samuka, um dos melhores pilotos de parapente do Brasil, admirado por todos não só pelo talento, mas pela humildade. Ele me recebeu já agradecendo pela ajuda e me mostrou uma lista escrita à mão com as tarefas que seriam realizadas naquela semana. A lista estava dividida em três partes: rampa, pouso e QG (Quartel General) e cada etapa cumprida era marcada com um asterisco.
Logo percebi que o planejamento estava na cabeça de cada um, ou seja, não há definição de objetivos e estratégias, nem uma colocação clara das responsabilidades atribuídas ao staff. O orçamento é restrito, uma vez que depende do apoio dos comércios locais, da prefeitura e dos patrocinadores. As pessoas que coordenam a equipe, que vão desde o presidente do Clube Asas de Minas até o piloto famoso; são eles mesmos que roçam pastos, pintam moirões e penduram bandeiras.
Durante a semana todos vão se organizando, dividindo tarefas e correndo atrás dos detalhes para que a lista, que o Samuel carrega no bolso, seja cumprida em sua totalidade.
Eis que chega a sexta-feira, dia de receber os pilotos, entregar-lhes os kits para o voo e dar as boas-vindas, como todo bom mineiro sabe fazer. O QG é o local designado para os pilotos baixarem os vôos, participarem da apuração e é também neste local que recebemos todos eles com som ao vivo e comida típica. E foi neste dia que eu comecei a entender como um evento deste tamanho é organizado por “amadores” e tem tanto sucesso. O trabalho em equipe é algo que acontece de forma natural e espontânea: na hora de distribuir os kits todos se organizam rapidamente, dividem as tarefas e fazem o trabalho de forma ágil e eficiente.
No sábado, dia oficial de prova, os trabalhos começam bem cedo com a distribuição de lanches e pulseiras para os pilotos, apoio para eles na rampa e controle do resgate. São mais de 50 pessoas no staff, todos voluntários, divididos entre membros do clube, pilotos da região, namoradas e esposas, moradores do “Córgo” e amigos, que rapidamente se dividem, ocupam seus postos, seja na rampa, no pouso, no resgate, na preparação das marmitas ou no bar do clube.
Todos trabalham muito, com dedicação, agilidade, eficiência e com muita atenção e cuidado para que nada saia errado. São dois dias de trabalho intenso e cansativo, mas ninguém reclama e ainda admiram a beleza da paisagem que os pilotos formam em um céu que fica colorido.
No final do domingo todos colhem os resultados positivos: tudo sai conforme o esperado, o público e os pilotos elogiam a organização e a sensação é de dever cumprido.
Longe de mim defender a organização de um evento sem planejamento, já que isso é ir contra todos os meus anos de estudo. No próximo ano, pretendo ajudar de forma mais ativa, propondo ações que vão facilitar e melhorar o trabalho de todos. Mas a lição que eu tiro de tudo isso é de que não adianta ter um excelente planejamento se não houver PAIXÃO pelo que se faz e UNIÃO DA EQUIPE. Desde o primeiro momento, percebi que todos estão ali para dar o seu melhor, trabalham sorrindo, se divertem e se orgulham de fazer parte do evento.
É esse exemplo que devemos levar para o nosso dia-a-dia, para nossas equipes de trabalho: o prazer em trabalhar juntos, em fazer sempre o melhor e em colher bons resultados. A diferença entre um evento médio e um ótimo evento está no brilho nos olhos de cada um!
Ellis Mara Rezende, 25, é Relações Públicas pela PUCC e especialista em Gestão Estratégica de Empresas. Possui experiência em gestão de mídias sociais, pesquisa de opinião, marketing, eventos, responsabilidade social e comunicação interna. Atualmente se prepara para um trabalho voluntário na África do Sul. É freelancer, blogueira, determinada, curiosa e feliz.
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