
Mais uma vez vou falar do mesmo assunto aqui. Já falei a respeito, com ênfase, no artigo Marca-país Alemanha: não foi marketing, foi Relações Públicas. Mas é que é difícil não voltar ao mesmo tema quando as pessoas continuam confundindo alhos com bugalhos.
Todo mundo sabe que marketing é uma atividade que tem como finalidade a venda de produtos e/ou serviços, e, portanto, direcionada especificamente para o consumidor (atual ou futuro). Tanto é assim que sabe-se que existe até uma prevenção em relação a pessoas que se apresentam como profissionais de marketing ou que trabalham em área de marketing, pelo temor de ser “levado” a comprar algo que não havia intenção, vontade ou condições financeiras.
E Relações Públicas? RP tem como principal finalidade conquistar a admiração e o respeito dos públicos – de todos os públicos e não só de consumidores – e então manter/sustentar com eles um relacionamento próximo, afetuoso, íntegro, de maneira a tê-los como amigos e propagadores naturais da marca, da empresa e de seus produtos e serviços.
Será que ficou claro?
Eis aqui um trabalho muito bem feito de Relações Públicas – não foi marketing, pois não vendeu nada – feito pela agência LBTM – Leo Burnett Tailor Made numa campanha por doação de órgãos que promoveu, ao mesmo tempo, a ABTO – Associação Brasileira de Transplante de Órgãos e o Esporte Clube Vitória. A mensagem foi: “Quando o jogo acaba para alguém, ele pode continuar para outra pessoa“.
Vejam, no vídeo, no minuto 01, o repórter falando que foi uma ação de marketing…
Sou a favor de criarmos uma campanha educacional nacional, mostrando para o país e para o mundo a diferença entre RP e marketing. Quem vem comigo? Vamos mostrar como é bonito o nosso golfinho!