No dia primeiro de outubro a Todo Mundo Precisa de um RP completou 3 anos. Lá se vão mais de 1.000 dias em uma jornada de muito, mas muito aprendizado. Dizem os mais experientes que o tempo te mostra muita coisa, e não é que mostra mesmo?
Tenho pensado muito em qual é o verdadeiro legado que o nosso trabalho pode deixar. Tenho certeza de que hoje somos uma grande fonte de motivação, inspiração e até mesmo de aprendizado para muita gente. E tudo isso me faz pensar sobre o modelo de educação atual. Dia desses ouvi uma frase que tenho adotado nas minhas palestras: “É MUITO SONHO E POUCA PREPARAÇÃO”. Que verdade.
Sabemos de toda a riqueza acadêmica de Relações Públicas. Estes dias li um texto de um publicitário dizendo o quanto ele tinha inveja da sustentação cíentifica da nossa área. Orgulho! Mas e quem opta seguir pelo mercado? Essa galera está se dedicando como devia? Os cursos estão alinhados com a velocidade e a descartabilidade da comunicação de hoje? Existem opções que complementam a ótima base que temos na universidade? Eu acredito que não.
Mexer com educação não é fácil, mas é preciso. E todo mundo precisa mudar junto: universidade, professores, alunos. Sim, os alunos precisam virar a chave. A imaturidade faz com que grandes aprendizados e conhecimentos sejam negligenciados durante o curso. E isso é ruim para todos, inclusive para o mercado.
Ouço jovens dizendo que o que aprendem na faculdade não se aplica ao mercado. Ouço CEO de agência dizendo que não consegue contratar gente qualificada. Vejo professores universitários tentando se reinventar, mas precisando cumprir com grades curriculares determinadas pelo MEC. A sensação que é eu tenho é que todos sabem o que precisa ser feito, mas não conseguimos começar.
Precisamos conversar mais sobre educação, ela é a única maneira de termos um mercado mais preparado, profissionais mais competentes e pessoas mais felizes.
O que você pensa sobre a educação em RP que temos hoje? O que é bom e o que é ruim? Falta algo? Vamos conversar, aqui nos comentários ou lá no Facebook. É só me marcar!
Na minha opinião, as consultorias precisam começar, no máaaaximo, no 2º ano.
Outro ponto falho, haver mais interrelacionamento entre os cursos de comunicação.
Falam tanto de comunicação integrada e, no entanto, os cursos são apartados um do outro. Veja, não é só desconhecimento do que cada área faz, é até mesmo rixa de turmas (jornal, RP e publicidade). Em uma fortmatura que participei (nem vou falar qual faculdade, pois percebo que é generalizado os preconceitos), uns formandos de jornal chamando os colegas formando de RP em "contadores de coxinhas". E olha que naquele ano, "coxinhas" nem estava em alta! Brincadeiras à parte, por quê não integrar esses alunos! Futuramente, no mercado de trabalho, serão parceiros de ideias e um precisa entender o que o outro realmente faz!!! E aqui, não me restrinjo só ao desconhecimento em relação outros cursos-RP. Há, também, esclarecimento para RPs quanto aos cursos parceiros em comunicação.
Bom, é o que penso.
Evely, uma RP, aquela que nunca foi contadora de coxinhas, nem tão pouco "fazedora de festinhas" (era assim que éramos chamados nos idos tempos em que me formei).
Meu universo hoje são os eventos sociais. E compartilho do seu sentimento, Guilherme. Sempre que faço palestra nas faculdades há uma demanda em busca de aprendizado e de experiência. Comecei promovendo pequenos cursos, mas sinto que posso fazer mais, porque os alunos estão sedentos por conhecimento específico aliado a prática. Acredito muito na educação constante.
Parabéns pelos 3 anos do projeto Todo mundo precisa de RP! Vocês estão fazendo a diferença.