Chegamos a mais um aniversário das Relações Públicas, dessa vez somos mais que centenários e isso soa imponente, sim, hoje nossa profissão completa 101 anos.
Muita coisa aconteceu desde que “oficialmente” os RPs entraram no jogo, mas meu post não é para fazer um retrospectiva histórica, pelo contrário, é para dar frescor aos movimentos de renovação que temos acompanhado.
Afinal, você já parou para pensar nas evoluções que as marcas centenárias fizeram para serem contemporâneas e relevantes até hoje? O mercado de luxo é um intensivo , por isso, separei duas marcas que compõe esse seleto time. Mas vale ressaltar, que não é só nesse segmento que vemos as marcas repensando suas ações para serem notadas. Na verdade, estamos em um momento no qual novas marcas nascem a todo dia, algumas já gigantes e principalmente antenadas as relações que serão construídas nesse universo da hiperconectividade.
Darei um overview geral sobre o que vi de bacana em 2015 no” badalado” mundo do branding para ilustrar como podemos imaginar o planejamento das nossas marcas, independente do mercado e quantos desafios os próximos anos reservam para nós comunicadores.
1- Chanel: entender com precisão microscopica seus públicos
Se naquela época, Chanel conseguiu abalar uma sociedade fechada e machista por suas criações que davam liberdade a mulher, fruto de sua capacidade de observação , imagine o desafio das marcas no contexto atual em a quantidade de dados e informações sobre indivíduo é enorme. A Chanel, hoje sob o comando do Karl Lagerfeld, segue com essa premissa, no desfile Cassino, fez uma coleção com impressão 3D, sem linhas e sem costuras, será que já é um indício de como esse mercado vai se transformar?
Uma coisa é certa, as marcas que não usarem os dados para criarem conexões mais assertivas perderão espaço no longo prazo.
A história da Chanel apresenta elementos que contribuiram para o sucesso da marca, vale a pena ver o vídeo e se gostar de produções de alta qualidade, recomendo assistir os demais da série online Inside.
2- Tag Heuer: ser referência e usar referências
Uma das mais tradicionais marcas suíças de relógios do mundo, está de olho no futuro, analisando as mudanças de consumo e em parceria com a Intel e Google a Tag Heuer é a primeira das marcas da relogiária tradicional a lançar um smartwatch, chamado de Connected Watch com previsão de preço por volta $1,500, um valor “acessível” para seus produtos. É importante analisar nesse caso, que a decisão de abrir mão do preciosismo da regulagem dos relógios tradicionais para a Tag é uma inovação gigante para o modelo de negócio e mais do que isso, é um sinal que está em linha com a demanda total de conexão de seus futuros consumidores, preparando seu mercado para o que irá acontecer.
A capacidade de união das marcas que são referências no desafio de moldar as necessidades futuras traz muita jovialidade à uma empresa e demonstra sua capacidade de absorção para entregar o que existe de melhor.
Você pode assistir a entrevista do CEO da TAG aqui e ver em detalhes o Connected Watch.
Por fim, quando comecei escrever o post estava com uma lista de cases, Hermès com o The Silk Bar, Dolce Gabbana e Kibon, mas analisando bem, em dois aprendizados, na minha opinião, é possível ter traços do que podemos esperar para os próximos anos.
As pessoas querem que as marcas façam parte da vida delas, em uma relação natural, que o contexto de colaboração seja para viver uma vida melhor, é algo como: Você me conhece, então já sabe o que tem que fazer. Esse racional muda o cenário entre querer ser uma lovebrand para sou uma marca que está presente. Aposto nesse resignificado em que cohecimento e apreço pelas experências que as marcas podem proporcionar valerão muito mais na hora de optar entre uma ou outra.
😉
Fonte: Foto Capa: Forbes e Foto Post: Newsroom Intel.
ótimo texto!