O RP Talk fechou a maior semana de RP do Brasil, a RP Week, com pequenas doses de inspirações – aqui vão alguns insights e aprendizados para você levar no bolso para a vida.
Pedro Prochno – O Poder da Educação para a Sua Carreira
“Sempre fui um aluno nota 7, mas com o tempo aprendi a diferença entre estudar e aprender: estudar é obrigação, aprender é paixão”.
Pedro enfatizou que é necessário estar preparado e aprender coisas nas mais diversas áreas de conhecimento, e não apenas de comunicação, “mas juntar conhecimento não acontece da noite para o dia: fazer conexões é a coisa mais importante para um RP”.
Apresentando as qualificações mais diversas, Pedro comentou que “como DJ aprendi muito sobre gestão de eventos, já a mágica me ajudou a melhorar a relação com a imprensa, afinal essa é uma arte que exige dedicação”. O mergulho foi outra coisa que trouxe muita inspiração “aprendi a ter paciência, persistência e resistência, são 8 minutos para descer 100 metros, mas muitas horas para subir à superfície.”
Quanto mais você sabe, melhor você se prepara para os desafios da vida e maiores serão as chances de sucesso, mas “precisamos descobrir como gostamos de aprender”. Como a prática do mergulho ensina, é preciso paciência, porem “a pior tortura é entender que leva tempo para nos desenvolvermos”, e há uma diferença entre pessoas inteligentes e pessoas preparadas, as “preparadas vão mais longe!”
Daniela Diniz – A Evolução da Comunicação nas Melhores Empresas para Trabalhar
“Vivemos em um mundo VICA: volátil, incerto, complexo e ambíguo.”
Com dados da mais recente pesquisa do Great Place to Work (GPTW), Daniela revelou que as 10 melhores empresas para trabalhar no Brasil (lista que será divulgada em agosto) revelam nota alta nas práticas “Falar e Escutar”. O que isso significa? Que empresas que se comunicam bem geram satisfação entre os funcionários, e como consequência, aumentam a produtividade e o faturamento.
Falar, ouvir, absorver: 3 ações que as empresas precisam praticar. “Em vez de ir atrás de modismos e práticas de prateleiras”, é essencial que as empresas ouçam seus funcionários para estabelecer suas políticas. Afinal, a cultura se forma por meio da escuta, e “o que faz a diferença para uma organização bem-sucedida é a formação de uma coalizão dos profissionais que aí estão – e esta coalizão se dá por meio de uma cultura” – Marco Túlio Zanini, professor da FVG.
Se a satisfação está diretamente relacionada com felicidade, se “pessoas felizes são 13% mais produtivas”, e se empresas que trabalham com uma equipe emocionalmente comprometida “tem 147% mais ganhos por ação” o que precisamos é nos comunicar muito bem! Como enfatiza Daniela, “a comunicação é fundamental e tem ganhado um importância muito grande”, porém, “a mais poderosa ferramenta de comunicação continua sendo a rádio corredor. Fazer a mensagem chegar antes, chegar certa e para quem precisa, segue sendo um dos maiores desafios das empresas.”
Ronald Mincheff – O Mundo da Comunicação Segundo um Gringo
“Ser diplomata tem outro nome: Ser RP! O RP pode atuar em diversas áreas, desde blogueiro até diplomata. Ser RP representa ter mais criatividade e flexibilidade.”
Nascido nos Estados Unidos, filho de mãe brasileira e pai argentino, Ronald sempre foi considerado latino, e no Brasil “sou um gringo, então estou sempre fora da zona de conforto”. “Meu sonho era ser diplomata, mas como não fui aceito, cursei RP”, e como veio parar no Brasil? Por saber falar português e pelo destaque que teve na empresa, Ronald foi transferido e fincou raízes no país sul-americano. Como vendedor e presidente da Edelman ele aprendeu que “para ser O líder é preciso saber vender”, e também que devemos ter vergonha de roubar e mentir, nunca de vender e cobrar.
Trabalhando em outros países, Ronald percebeu como é o mundo da comunicação e as formas de trabalho em diferentes países. De volta ao Brasil, abriu a Talquimy propondo uma comunicação híbrida para empresas que queriam inovar com pouco dinheiro, “empreender é uma montanha russa, mas esteja aberto para empreender”, enfatizou Ronald.
Ao falar de momentos de crise citou o case da Air France, de 2009, em que tomaram a decisão de avisar os clientes de hora em hora, e usaram as redes sociais para avisar os familiares das vítimas e a imprensa – inédito até então. Crise é o momento mais intenso “e também de maior valor que a empresa vive com o cliente: Tem que saber se posicionar de forma certa nesses momentos.” Aconteceu a crise? Pare e pense “o que eu posso fazer que faria alguma diferença?”
Marcelo Gripa – Comunicação em ebulição, para onde vamos?
“Um dos principais desafios para os Jornalistas das redações hoje é encontrar o equilíbrio com os Relações Públicas.”
Mas por que ebulição? A comunicação está sendo “radicalmente transformada, principalmente pelo impacto da tecnologia”, afetando diretamente o nosso cotidiano e o “relacionamento entre jornalistas e RPs”.
Por trabalhar com tecnologia – Marcelo é jornalista e editor do Olhar Digital, site focado em novas tecnologias – ele percebe como é importante “estar totalmente aberto para as possibilidades trazidas pela internet.” E enfatiza que existe “um gap muito grande entre a academia e o mercado”. O jornalista recém formado precisa ter foco, “que geralmente é trabalhar onde se gosta, com o que se gosta”, mas se pudesse dar uma dica, Marcelo diria “se eu estivesse na faculdade hoje abriria os olhos para Inbound Marketing, a produção de conteúdo além do release.”
Como “30% a 50% da audiência dos portais de notícias vem do Facebook e do Google”, só aquele conteúdo que as pessoas querem consumir, que é relevante para elas, será visto. Os algoritmos são baseados em relevância, e esse é outro “grande desafio do comunicador: entender como funciona os algoritmos”. “Se o conteúdo da página não for relevante para as pessoas, vai aparecer cada vez menos no Facebook.”
Marcelo deixou uma reflexão: “As agências de RP pensam em como ajudar os jornalistas?”
Alexandre Seródio – Acredite, Persista e Entregue Compaixão
“Persista. Não desista nunca. Entregue resultado e, principalmente, tenha paixão pelo que faz!”
Na tentativa de solucionar o problema do consumidor, Alex criou o Beleza na Web, uma plataforma com produtos de beleza, que tem o diferencial de conectar consumidores, marcas e profissionais. O site foi feito “todo voltado para o problema do cliente” e como enfatizou Alex, “usamos uma interface intuitiva para satisfazer os seus desejos de beleza”.
“Desde o início a Beleza na Web trabalha conteúdo + venda”, e foi através da relevância deste conteúdo que a marca convenceu e conquistou as marcas sobre o seu trabalho. “Eu queria mudar a ideia de venda direta no Brasil, levá-la para a internet”. Alex apontou que o digital foi essencial para conhecer as necessidades das pessoas “consigo entender o que o cliente quer e entregar a solução/produto antes mesmo de chegar ao mercado.”
E o mobile? “É uma forma de estar conversando individualmente com cada usuário/cliente”, de estar mais próximo dele. Mas é preciso “ter legitimidade na sua intenção”, lembra Alex. Hoje, a Beleza na Web e líder na América Latina no seu segmento, e vem crescendo 50% ao ano.
“Estagiários: vocês tem a capacidade de mudar o mundo!”, Alex Seródio finaliza instigando a galera.