Os casos da Catraca Livre e Netshoes
No dia de ontem, 29 de novembro de 2016, assistimos e nos comovemos com uma das maiores tragédias e comoções nacionais: a queda do avião que levava a equipe de futebol do Chapecoense para a Copa Sulamericana, na Colômbia.
Tristeza à parte, vimos duas grandes marcas derraparem: Catraca Livre e Netshoes.
A primeira – Catraca Livre – é um site de notícias que se caracteriza pelos textos curtos, atrativos e por alguns classificado como “caça-cliques”.
A segunda – Netshoes – um dos sites de comércio eletrônico de artigos esportivos mais bem sucedidos do Brasil.
O site Catraca Livre foi acusado de oportunismo ao republicar matérias como “Passageiros que filmam pânico em aviao”, “10 mitos e verdades sobre andar de aviao” e “Medo de voar? Saiba como lidar com isso”, além do uso inadequado e irresponsável da hashtag #ForçaChape. Por fazerem esse tipo de vinculação, foram enxovalhados nas mídias sociais e acabaram por perderem seguidores.
O caso da Netshoes, ao que parece, também foi oportunismo (embora tenham justificado que não), só que, no caso, relacionado a preço. Foram acusados de aumentarem os valores das camisas do Chapecoense no site de R$ 159 para R$ 249. Também foram alvo de retaliação da opinião pública das redes e ainda tiveram que se justiicar.
Ambas as organizações publicarem pedidos de desculpas e reconhecimento dos erros.
Veja a declaração do Catraca Livre
Porém, a pergunta que fica é: até onde vai o “marketing de oportunidades” ou o real time marketing? Até onde vai a necessidade ou a vontade de atrair audiência para o site? Vale tudo?
Na minha opinião, não! Ainda mais em um momento delicado, de comoção, de tristeza e de pesar que vivíamos todos em razão do acidente. Erraram, ganharam visibilidade negativa tremenda e tiveram que pedir desculpas ao público. O pior: muitos desses seguidores foram embora e nunca mais vão voltar…