Planejamento estratégico da comunicação, gestão da comunicação interna, social media, gestão de imagem e reputação, assessoria de imprensa, planejamento de eventos, gestão de crises, comunicação pro terceiro setor, relações governamentais, comunicação corporativa, … São essas algumas das funções legalmente reconhecidas por pertencerem ao profissional relações-públicas.
Mas a gente sabe que, meio a tanta coisa, não há o que a gente não faça. E isso talvez seja uma das nossas maiores virtudes como profissionais estratégicos da comunicação: nossa capacidade de resolver, de encontrar solução e, junto com ela, enxergar todo o contexto necessário para colocá-la em prática. Visão macro é necessária para o papel que exercemos.
E, para manter nossa capacidade de resolução de problemas através da comunicação sempre fresca, é essencial nos mantermos atentos quanto o que há de mais novo por aí. Por isso separamos 4 assuntos que você, profissional relações-públicas contemporâneo que atua em um mundo completamente interconectado, precisa saber:
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Produção de conteúdo: você está fazendo isso certo?
O marketing digital vem ganhando o coração – e o orçamento – de organizações dos mais variados portes pelo mundo e, junto com ele, a modalidade Inbound Marketing se popularizou. Nós já falamos aqui que inbound não é e-book, apesar da sua prática envolver, sim, uma dedicação pra lá de especial na produção de conteúdos de qualidade.
Muitas empresas produzem conteúdos interessantes com periodicidade e distribuem esse conteúdo em seus canais de comunicação online, com o intuito de gerar novos leads – ou seja, novos contatos. Mas para isso acontecer de forma eficaz, você precisa conhecer sua audiência e o que, de fato, prende a atenção dela. E é esse conhecimento sobre o público que vem faltando em grande parte das empresas que trabalham com inbound marketing – mas obviamente não é esse o seu caso, afinal os leitores do Blog RP já estão craques em definir Personas, não é mesmo? 😉
Se você já usou o Canvas da Comunicação, obviamente já sabe quem são as personas do seu negócio e os conteúdos que elas querem e precisam consumir, como esse conteúdo chegará até elas, sua frequência de consumo e, inclusive, o contexto em que será consumido. Se ainda não conhece o Canvas da Comunicação, baixe e saiba como utilizá-lo aqui.
Passada a etapa de preenchimento do canvas e definição da estratégia, chegou a hora de produzir um conteúdo de qualidade que, de fato, alcance a sua persona. Mas como garantir que o conteúdo produzido irá alcançar as pessoas que precisam consumi-lo?
E é aí que entra o SEO.
>> SEO na produção de conteúdo
Search Engine Optimization, ou otimização para ferramentas de buscas, são técnicas utilizadas na web para tornar páginas e sites mais amigáveis às ferramentas de pesquisa – o Google, por exemplo. Essas técnicas aumentam as chances de um site aparecer com melhor ranqueamento na busca orgânica (gratuita) de sites de busca, e tem como base o uso de palavras-chave de modo inteligente.
Só que SEO deixou de ser apenas uma técnica específica para melhorar o ranqueamento em sites de busca e o tráfego de visitantes em um site para fazer parte de diferentes estratégias do Marketing Digital. Hoje ele é utilizado na produção de conteúdo, e-mail marketing, redes sociais, campanhas de Google Adwords – esses são outros fatores que influenciam no bom posicionamento de um site.
Saiba mais sobre SEO aqui e aqui, mas não limite o seu conhecimento a esses links. 🙂
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Comportamento: Big Data vs. Micro Data
O dado de um milhão de dólares é aquele que indica o quanto as pessoas estão dispostas a consumir ou engajar com aquilo que as empresas oferecem. Obviamente esse dado não está e nunca esteve pronto, ele está em constante transformação.
O Big Data faz sentido para grandes empresas que têm maior capacidade de lidar com grandes volumes de dados, ou grana para pagar analises incríveis geradas por isso. É claro que tudo é dado numa era de informação e há dados em todos os lados, públicos inclusive. Mas mais do que ter acesso a eles é preciso criar sentido.
Para empresas pequenas e médias o importante é lidar com o microdata, ou seja, aquelas informações que provêm de clientes. Analisar pedidos, reclamações, dúvidas, comentários nas redes sociais e, mais do que isso, comportamentos e percepções é o coração do Big Data – e do micro data também. Usando um termo nada tecnológico e bem offline até, é preciso OUVIR.
Isso, para nós RPs, tem um nome que você deve achar que já está até meio ultrapassado: diagnóstico. Ser RP na era do data, big, small ou micro, é estar constantemente em processo de diagnóstico. Quando acaba uma etapa, as ações vão para o mercado, depois são revisadas, novas pessoas são ouvidas e mais um diagnóstico é feito. E assim por diante.
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CX – Customer Experience
A prova de que o micro data faz todo o sentido e pode ser resumida a relacionamento está neste ponto: a experiência.
Aqui você pode olhar para si: quem de nós quer relações com empresas que não resolvem, não entregam, não atuam de forma ágil para nos ajudar? O que muitas vezes esquecemos é que cobramos agilidade de fornecedores, mas nós próprios não resolvemos e não entregamos.
Para que a experiência melhore, precisamos olhar para as pessoas como pessoas, e não como grupos de “clientes” ou consumidores. Precisamos personalizar as nossas relações.
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Inteligência Cultural
O conhecimento que construímos através dos estudos e especializações em determinado assuntos, assim como as experiências profissionais que cultivamos, são os fatores que moldam o nosso perfil profissional. Mas existe um outro fator que vem se mostrando crucial para atingir o sucesso no mundo sem fronteiras no qual vivemos: a inteligência cultural.
Expandir para o mundo é o objetivo de milhares de empresas, especialmente das startups, e para transformar esse objetivo em realidade, com sucesso, essas empresas precisam adaptar seus discursos e ações para diferentes culturas e costumes.
Inteligência cultural é uma maneira completamente nova de lidar com questões que já vem sendo abordadas a bastante tempo, como sensibilidade cultural, racismo e eficiência em outras nações. Segundo David Livermore, Inteligência Cultural é a habilidade de atuar de maneira eficiente em diversos contextos culturais – inclusive nacionais, étnicos, organizacionais e entre gerações. E é exatamente aí que a sua importância se mostra na construção de um perfil profissional que se adapte aos mais diferentes ambientes e culturas.
Mas não se engane, Inteligência Cultural vai além do conhecimento sobre outras línguas, moedas e economia. Ela envolve, principalmente, a capacidade de compreender e imergir em outras crenças e convicções.
Sugestão de leitura: “As vantagens da Inteligência Cultural para vencer os desafios de um mundo globalizado”, de David Livermore.
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