*Por AIESEC
Você já se pegou pensando em como poderia mudar o mundo? Não “mudar o mundo” de forma grandiosa, como desenvolvendo a nova penicilina ou então construindo 100 casas em uma região no Congo, mas fazer em diferença com pequenos gestos que impactem a vida de alguém? Provavelmente sim, já que atribuir sentido às nossas ações é uma busca constante da geração Y.
O trabalho voluntário surge como uma forma de gerar revoluções em baixa escala, em busca da mudança positivas através das pessoas.
Além de mudar a realidade de alguém ou aprimorar o desenvolvimento de outras pessoas, normalmente quem mais muda é quem presta trabalho voluntário.
Ser voluntário de uma causa em outro país, onde precisamos aprender uma nova língua ou compreender um nova cultura, então, nem se fala. O crescimento que uma experiência como essa proporciona é quase imensurável mas, para ilustrar um pouco o que essa experiência pode trazer, vamos contar a história da Isabela.
Isadora Bombonatti é uma estudante de Comunicação Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro que não gosta de deixar as oportunidades da vida passarem desapercebidas.
Aos 19 anos, ela já estava a quase um ano trabalhando em um projeto de extensão da faculdade enquanto juntava o dinheiro da sua bolsa, querendo investir nela mesma, mas sem saber exatamente com o quê. Então, ela lembrou de um amigo que trabalhava na AIESEC, e decidiu procurar se informar mais sobre.
Entre entrevistas e processos para providenciar a documentação para viajar, Isadora optou por ir para o Peru e trabalhar no “Raise Your Voice”. O projeto para trabalhar com crianças de até 10 anos, desenvolvendo nelas inteligência emocional por meio de dinâmicas voltadas para relações interpessoais, trabalho em equipe e liderança.
Isadora mal imaginava o quão desafiadora a experiência seria, quando achava que não enfrentaria muitos problemas por estar acostumada a lidar com uma irmã mais nova. Mas a energia do grupo de seis crianças pelo qual era responsável não tinha comparação com qualquer situação que já havia vivido.
Todos os dias situações novas lhe proporcionavam aprendizados e recompensas, tudo isso facilitado pelo fato de estar trabalhando em um time com mais uma brasileira e duas sul-coreanas, todas empenhadas em desenvolver o seu trabalho e trabalhar melhor com os alunos, independente das diferenças culturais e linguísticas.
Além disso, ela teve a oportunidade de viver com uma família tipicamente peruana. Rick, Miryam, Ariana e Renzo lhe ensinaram, dentre muitas outras coisas, que mascar folha de coca pode curar quase todos os males do corpo, que porquinho da índia pode ser alimento sim e que o que nasce aos pés de um vulcão será próspero para toda a vida.
Os desafios eram quase que diários, mas com eles vieram um autoconhecimento sem fim, além de um empoderamento que ela nunca havia experimentado antes. “Sabe aquela história que quando você se propõe a ensinar algo, na verdade, você aprende muito mais com os que estão ao seu redor? É a mais pura verdade”, afirma a estudante que hoje tem 21 anos.
A experiência como um todo foi um turning point para Isadora. Tanto para ela, como para os mais de 5000 jovens que participaram de projetos de voluntariado internacional pela AIESEC no Brasil no ano passado, incluindo não só os jovens brasileiros que viajaram ao exterior, mas também aos que vieram para o Brasil.
Hoje, a AIESEC tenta desenvolver seu portfólio de projetos alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável em parceria com a ONU. Por exemplo, na Polônia, é possível participar do “Good Health & Well-Being” focado em educação ambiental para crianças. Já na Argentina, temos a iniciativa “Ubuntu” pensado na Igualdade de Gênero e, na Índia, o projeto “Footprints” está alinhado com o desenvolvimento de uma educação de qualidade.
O programa Global Volunteer envolve uma série de projetos sociais desenvolvidos em vários cantos do mundo: América Latina, Ásia, África e Leste Europeu são os principais destinos para jovens que desejam se dedicar a uma experiência de voluntariado internacional por um curto período de tempo, entre 6 a 12 semanas.
Os temas dos projetos são muito variados, incluindo desde a empoderamento feminino a conscientização ambiental, e cabe a cada voluntário optar por qual causa mais se identifica.
É verdade que para fazer a diferença, não é necessário mudar de país, nem ao menos de cidade, mas unir o trabalho voluntário com a experiência de um intercâmbio pode não só impactar a realidade de outras pessoas, mas a sua também. De uma forma que você nem imagina.