No Workshop sobre planejamento em tempos de mudança, Ana Cortat falou sobre a importância da revolução humana diante do atual cenário socioeconômico que anda em constante instabilidade. Ana tem uma sólida carreira no mercado de comunicação, com maior atuação nas área de pesquisa e agências de publicidade. Atualmente é co-fundadora da Hybrid Colab New Behavior Driven e mestranda em Creative Leadership na Berlin School.
A construção do futuro é sobre “hoje” e essas mudanças exigem que os profissionais de comunicação sejam estratégicos para entenderem a fundo os diversos comportamentos das pessoas.
Ana ressaltou que uma das suas principais habilidades é ser uma pessoa que fala sobre pessoas, e não sobre consumidores. Continue lendo para aprender alguns dos insights da palestra.
Planejamento em tempos de mudança
Tudo o que fazemos hoje tem a ver com manter, alterar ou adotar comportamentos. Ser comunicador exige que a gente tenha a habilidade de entender o que influencia os comportamentos nos deixa mais próximos de grandes ideias.
Planejar em tempos de mudança diz da nossa capacidade em lidar com conflitos. E isso muda a forma que fazemos diagnóstico e a maneira que tomamos decisões. Pensar em comportamento nos remete a construção de marcas e, consequentemente, na construção de planejamento.
A tomada de decisão depende do contexto no qual está inserido e é influenciada por preconceitos e atalhos mentais. O comportamento de consumo e tem a ver com um conjunto de pensamentos e sentimentos anteriores a compra.
A partir dessa perspectiva podemos pensar na relação entre construção de propósito e lucro. Estamos vivendo em um mundo que está nos dando mais ferramentas e, por isso, precisamos ser movidos por uma insatisfação positiva que nos faça pensar estrategicamente a partir das pessoas e não das marcas.
Nós, enquanto RPs, precisamos discutir a transformação dos comportamentos pelo viés da comunicação.
A comunicação como centro da mudança
Grande parte dos problemas relacionados a mudança de comportamento social são resolvidos em estratégias que tem no esclarecimento, no fortalecimento de informações e na formação da consciência sua única ferramenta. E esse esclarecimento é uma parte importante do processo, no entanto, é necessário entender os medos, atalhos mentais e barreiras, porque são eles que definem se ter conhecimento se traduzirá ou não na adoção de um novo comportamento.
É fundamental encontramos um vínculo entre a marca e o processo de comunicação que envolve cultura e pessoas.
As manifestações de comunicação devem ser as manifestações de marca. E nós comunicadores devemos estar atentos em tudo o que acontece em todas as mídias. Hoje cada vez mais estamos enraizando o conceito de comunicação multiplataforma.
A sociedade começou de alguma maneira a impulsionar as discussões sobre diversidade. Assim, as marcas começaram a se colocar como modernas e relevantes para as pessoas.
Tudo o que fazemos é sobre mudar comportamento e todo comportamento é aprendizado – e se todo comportamento pode ser obtido por aprendizado, ele pode ser modificado. As marcas precisam de assertividade para se conectarem a seus públicos por meio da relevância do conteúdo.
E se a relevância sempre está onde está o conhecimento, nosso lugar de observação é outro. Precisamos humanizar os processos e pensar nas relações e conexões entre marcas e pessoas. Para isso, nosso foco está em solucionar problemas dos indivíduos.