Robôs estão invadindo o mundo e não se parecem em nada com a Rose dos Jetson. São tecnologias espalhadas por aí recomendando músicas, filmes, livros e tudo mais para você. Mais do que isso, começam a fazer parte das conversas entre as marcas.
No workshop de Dados e Inteligência Artificial, Francisco Estivallet, cientista de dados da Cappra Data Science, falou sobre Big Data, Algoritmos e Inteligência Artificial (Artificial Intelligence, ou AI) e como toda essa informação e revolução tecnológica pode influenciar o trabalho do profissional de Relações Públicas.
De Big Data para Small Data – Transformando Dados em Valor
Segundo Francisco, todos nós geramos dados, o tempo todo e de várias formas, mesmo que a gente não queira. E o Big Data é a soma de todos esses dados, ou seja, são textos, vídeos, imagens, emojis, entre outros, gerados em alta velocidade, alto volume e alta variedade.
E o grande desafio de quem quer entender os dados é transformar números em informação relevante. É preciso qualificar, organizar e disponibilizar visualmente de forma que as pessoas possam consumir.
Ou seja, o que tem valor não é o Big Data, é a informação e o conhecimento gerados que ajudam na tomada de decisão do negócio, o que o Francisco chamou de Small Data.
“Torturamos dados até que eles confessem alguma coisa.” Lema da Cappra Data Science.
Como usar os dados para Relações Públicas?
Segundo Francisco, o primeiro passo é olhar para a tomada de decisão, olhar para quais informações são usadas para chegar a decisão final.
“Mais do que saber de números, o essencial é definirmos, enquanto profissionais de comunicação, que tipo de informação queremos saber” (participante – Rafael Mello – RP – Misasi Relações Públicas).
“Eu vejo que há uma necessidade de colocar dados na nossa rotina enquanto profissionais de comunicação”, disse Guilherme Alf.
Francisco nos contou, que em março desse ano, o MIT publicou uma matéria que dizia que a Inteligência Artificial tem um problema de Relações Públicas e isso o motivou a vir para o workshop, pois a inteligência artificial precisa ser orientada para saber de que forma usar os dados e de como orientar as máquinas.
E, antes de finalizar a atividade, deixou a seguinte reflexão:
RP tem um problema de A.I. porque vai precisar aprender a usar a tecnologia e a orientar as pessoas.
Cerca de 30 pessoas participaram da atividade e, além de descobrirem que o valor dos dados está em transformar os números em informação baseada na tomada de decisão, aprenderam ao final do dia a construir um chat bot.
Por Ellis Rezende*
*Ellis Rezende é bacharel em Relações Públicas e integrante do Time de Voluntários de Conteúdo da RP Week 2017.