Apenas 5% das pessoas se lembram dos gráficos e estatísticas apresentados em uma reunião, enquanto 63% se lembram facilmente de uma história bem contada. E saber contar histórias é habilidade fundamental para um bom Relações Públicas.
No workshop de Storytelling durante a RP Week #4, Rodrigo Cogo, autor do livro “Storytelling: as narrativas da memória na estratégia da comunicação” (Aberje Editorial/2016), compartilhou a sua experiência e emocionou os participantes com os cases apresentados durante a atividade.
Rodrigo iniciou o workshop fazendo duas apresentações, na primeira falou da sua formação e experiência profissional e na segunda contou sobre seu cachorro, signo e descendência italiana. Desta forma o palestrante já iniciou mostrando como uma apresentação emotiva e pessoal cria uma relação com o público.
Storytelling sempre existiu, mas dentro das organizações é recente, começou a ser usado como estratégia de comunicação na década de 90. O storytelling não é apenas uma contação de histórias, a sua essência está na narrativa.
Essa narrativa, que precisa contar uma história real de forma envolvente, não pode ser considerada uma técnica ou uma fórmula pronta, tem que ser criada a partir de um processo que leva em conta diversos detalhes. O profissional que vai captar as informações para contar a história tem que levar em consideração o contexto da cultura corporativa, tem que ter olhar atento e questionador.
As histórias podem ser contadas nos mais variados formatos, com ou sem recursos áudio-visuais. Podem, inclusive, ter início em um formato e continuar em outro: esse é o chamado transmídia storytelling, que consiste em integrar a narrativa em diferentes canais.
4 pilares do Storytelling
- Atrair atenção;
- Gerar emoção;
- Facilitar a compreensão;
- Garantir memorização junto a um público.
Garantidos esses quatro pilares, o quinto é a ter a mudança de comportamento do público como horizonte.
O papel do RP no Storytelling
Durante o processo de construção da narrativa o Relações Públicas atua na captação das histórias, na sensibilidade de identificar quem serão as pessoas que vão falar e de selecionar as histórias que serão captadas. Ou seja, está mais ligado ao início do processo. O olhar do RP é mais voltado para captar a realidade.
Insights de Rodrigo Cogo para um bom Storytelling
– “A base do storytelling real é a memória, não é a criatividade, a inovação, mas sim a compreensão da memória.”
– “Tenha desapego por mostrar a marca ou o produto no meio da história – o ideal é levar as pessoas pela narrativa e no final mostrar a marca ou o produto.”
– “A história não está no captador, o papel deste é estimular e instigar a história no outro.”
Por Ellis Rezende*
*Por Ellis Rezende é bacharel em Relações Públicas e integrante do Time de Voluntários de Conteúdo da RP Week 2017.