O cenário em que vivemos se trata de uma mudança de era e não uma era de mudança, implicando diretamente na maneira com a qual nos comunicamos. Assim, faz se necessária uma evolução dos processos comunicativos para que continuem sendo relevantes e cumprindo seu objetivo de transmitir uma mensagem sem quaisquer ruídos.
Os novos meios de comunicação e as novas formas de produção e distribuição de conteúdo fazem com que a comunicação não seja nem on nem off-line, mas sim all-line, isto é, a comunicação precisa ser sincronizada e se adaptar aos diversos meios – mas mesmo assim passar a mesma mensagem.
Em um tempo em que a mudança é a nova constante, nosso maior desafio é entender e assimilar a reinvenção do mundo. Para tanto, a indústria da comunicação está se reinventando acompanhando as transformações dos novos comportamentos, os quais são pautados por afinidades e gostos pessoais e não mais por segmentações abrangentes – como, por exemplo, classe social.
A evolução da comunicação
Pensando em investigar o futuro da indústria da comunicação, o Grupo RBS convidou a cineasta Flavia Moraes para fazer essa análise do espírito do nosso tempo (zeitgeist) e como devemos dominá-lo.
Foi assim que surgiram as 11 premissas da evolução da comunicação que consistem em trazer a tona percepções e comportamentos das empresas para com seus públicos.
Se a motivação dos consumidores passa a ser pautada em experiências e não em produtos em si, as marcas precisam de estratégias para desenvolver uma comunicação imersiva focada em como elas podem fazer bem para os clientes.
A era digital fragmentou o mercado e nós, profissionais da comunicação, precisamos modificar esse contexto através das conexões entre os usuários da internet, entendendo-os em sua pessoalidade, viabilizando o contato entre humanos, mesmo no meio on-line.
Saber o que seu público quer e ter reputação são dois dos pontos que merecem destaque dentre as premissas. Devemos saber contextualizar nossos interesses, pois a comunicação multiplataforma permite que cada um tenha sua própria interpretação.
A Netflix, por exemplo, tem se mostrado antenada nas tendências de informação e tecnologia e trabalha com uma lógica de dados para conceber produtos inéditos de acordo com os gostos dos consumidores, como é o caso da série House Of Cards.
Outro produto de sucesso da Netflix é Orange Is The New Black, no qual a lógica do conteúdo parte da clareza e autenticidade tanto da marca, quanto das produções. As séries têm, em linhas gerais, o papel de informar, formar e surpreender os espectadores,que podem ter acesso mobile de onde estiverem – ou até mesmo off-line.
Seguindo nessa mesma lógica e além dos atributos descritos acima, o Méliuz, a maior empresa de cashback do Brasil parte da premissa da cultura da participação, perpassando por todas as demais e criando aberturas e novas possibilidades num mundo multidimensional.
Nessa lógica, o lucro não deixa de ser importante, mas tem o conceito subvertido, onde o foco passa a ser no retorno das ações – entendendo retorno como autenticação, diferenciação, relevância e inteligência.
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