O final de semana mais RP do Brasil está chegando ao fim e durante o terceiro dia de evento oito palestrantes passaram pela RP Talk trazendo diversas abordagens sobre influência.
A manhã iniciou com Andrey Dutra, coordenador de conteúdo da W3haus, falando sobre mobile content. Hoje em dia um influencer produz conteúdo de forma instantânea, usando as ferramentas de edição que têm disponível no celular em menos de um dia.
Enquanto as agências na maioria das vezes perdem o timing produzindo conteúdo com edições pensando em versões para web, quando na verdade vivenciamos o mobile first. Conteúdo para web não é catálogo, é preciso ter agilidade na produção ou perde o timing.
Nesse sentido, o painel do Share com as comunicadoras Vivi, Isabela e Cris conduziram na RP Talk um bate papo sobre microinfluenciadores, na linha de mobile content, que geram forte engajamento por mostrarem conteúdos que demonstram realidade.
Cris ressaltou que as marcas esperam que seu consumidor seja uma determinada pessoa, mas às vezes ela desconhece quem de fato consome seus produtos, por estar enraizada em estereótipos.
Gustavo Mini, publicitário e recentemente RP, trouxe aos participantes da RP Talk o seu tema de monografia em Relações Públicas, Movimento down: um benchmark para plataformas digitais de saúde.
O que motivou o tema foi o seu filho, joão Gabriel, portador da síndrome de Prader Willi. Quando Gustavo descobriu o diagnóstico, realizou uma busca no Google e encontrou informações de difícil entendimento em termos médicos e nada acolhedores.
Nesta busca, encontrou o site movimento down, com informações de fácil entendimento e estática, construída na base de práticas contemporâneas de design, diferente das demais informações dispostas na internet.
Sobre esta temática, Gustavo afirma que o comunicador deve estabelecer diálogos estratégicos em que não apenas os empresários discutem e compreendem, mas que o público interessado também possa participar.
Na sequência, Guilherme Alf, co-fundador da Todo Mundo Precisa de um RP, falou sobre como as pessoas estão se relacionando mais. Aliás, estamos na era dos relacionamentos.
Ser relações públicas é um desafio e exige diversas habilidades, por isso, o Alf criou a “Metodologia do RPX: o jeito de fazer relações públicas baseado em suas experiências.”
O RPX está ancorado em 04 pilares:
- Negócios: sejamos realistas, sem dinheiro as ideias não vão a lugar nenhum. Busque formas de monetizar o seu negócio e jamais esqueça que existem vários tipos de lucro. Comprometimento vale ouro para tudo o que fizer. Entregue o seu melhor SEMPRE.
- Criatividade: Leia sobre temas que não são da sua área. Você já parou pra pensar sobre o tamanho do seu repertório? Invista em expandir seus conhecimentos. Criatividade não tem tem a ver com inventar a roda e sim, sobre florear a roda. Uma dica de leitura é o livro “Hit Maker: como nascem as tendências (Derek Thompson), em que o autor afirma que criatividade requer ação. E ação gera erros e acertos. Se você não está cometendo erros, cuidado, significa que você não está sendo criativo.
- Humanização: Pessoas são as coisas mais importantes da vida. Banque o seu trabalho e tenha paixão pelo o que você faz. Não tenha vergonha de quase nada e faça também o que é importante para os outros. Temos uma tendência natural de ser muito egoísta. Por último, seja legal. Ser legal é um estado de espírito, que ajuda muito no ambiente de trabalho e ajuda você a assumir seus erros sem estresse.
- Pensamento em rede: tudo o que fazemos deve ser sistematizado. Micro atitudes geram grandes feitos. Quando pensamos pequeno, mas pensamos em rede, vamos alcançar as coisas grandes. No mundo, tudo está conectado. Olhe para todos os lados antes de tomar um decisão ou julgar alguma coisa. E não se surpreenda sobre o que será registrado agora: a internet vai desaparecer. Por que? Porque vai fazer parte da nossa vida (se já não é), assim como a eletricidade e a água.
E você, COMO VOCÊ FAZ RP? Manda um inbox para o @guilhermealf e fique ligado porque, em breve, ele vai lançar o site e o livro do RPX.
E sobre viver a era do relacionamento, o músico Thedy Correa encantou no seu discurso conduzindo o talk contando histórias da banda e as relações dela com fãs. Thedy contou que “a gente não sabe o real impacto que a música causa na vida das pessoas” a música causa identificação e sabemos disso quando alguém nos diz “a música foi feita pra mim”
Thedy representou exatamente a temática da RPweekend. O músico contou que não tem como mensurar o impacto da música, só é possível saber quando as pessoas contam e as mídias sociais potencializam isso.
São essas coisas que alimentam e fazem superar o cansaço. Todos nós temos a capacidade de influenciar a vida dos outros. Precisamos ter um pouco mais de dedicação, colocar mais coração e assim conseguimos fazer a diferença e impactar a vida das pessoas.
Por fim, o professor Gustavo Reis encerrou a programação da RP Weekend 2018 trazendo uma abordagem sobre Imediação: a chave da atenção e do engajamento.
Em tempos de ideais revolucionários, o RP é o melhor profissional para lidar com a revolução digital. Nós estamos vivendo uma revolução na sala de aula tradicional, revolução do saco cheio, onde os alunos não aguentam mais a dinâmica de aula tradicional.
Por Raissa Grandini