Os dados existem desde que o mundo é mundo. O que mudou nos últimos anos, com a tecnologia, foi a forma em que esses dados são coletados. Para Florilson Santana, RP e Professor de Marketing Digital, “o mundo dos dados conversa com comunicação” e precisamos enxergar para além dos números.
Em sua palestra no RP Weekend, sobre comunicação e dados, Floris disse que “falar de interpretação de dados é falar de inteligência, mas ter inteligência significa um exercício de busca, raciocínio e interpretação de informações”. Ou seja, falar sobre dados não é saber de tudo, ter a resposta pronta, fazer uma grande descoberta, nem absorver por osmose.
Tudo e todos geram informações no mundo digital. Diariamente somos surpreendidos por um avalanche de informações, recebemos muito conteúdos e publicidades. Os algoritmos fazem leitura dos comportamentos das pessoas e os comunicadores precisam interpretar esses dados.
Quando os dados se tornam comunicação, estamos dizendo que a leitura dos dados gera informação, e a partir disso gera conhecimento do que vamos fazer a partir da informação. Em seguida, podemos tomar ações baseadas em conhecimentos e insights. Dessa forma, adicionamos aos dados a parte estratégica de comunicação e RP e assim conseguimos uma explosão de assertividade.
“Trabalhar com a reputação de uma marca baseada em inteligência digital é direcionar o conteúdo certo com resultado certo. Entender os dados enquanto informação, é olhar além do óbvio.”
Não basta monitorar apenas o número de curtidas nas redes sociais. Precisamos descobrir o que os consumidores estão dizendo sobre as marcas e produtos. Entender as conversas nas plataformas digitais faz parte da interpretação da informação, a qual deve ser feita 90% por humanos e 10% por ferramentas. A mente humana precisa olhar para o comportamento das pessoas e não somente os dados das plataformas.
Sem a inteligência digital, as empresas não podem aproveitar o poder dos seus dados sociais. Os dados são exatos, porém não são a verdade universal. O fator humano é fundamental para ser uma “camada adicional” de inteligência. Interpretação, cruzamento de dados, social listening são a base para trabalhar a comunicação estratégica a partir do comportamento das pessoas.