Toda empresa que está em crescimento acelerado em algum momento ou vai se questionar se deve investir em Relações Públicas, ou vai ser forçada a fazer esse investimento diante de algum problema sério que enfrentará. O marketing (e todas as suas vertentes) são mais interessantes para a fase de aquisição, brand awareness e topo do funil, mas apenas aparentemente. Esse investimento, apesar de garantir resultados importantes no curto prazo, dificilmente é sustentável em médio e longo prazo.
São diversos os exemplos de empresas que, ao mudarem o foco de crescimento para rentabilidade, precisam otimizar os investimentos de marketing, reduzir suas equipes e fazer cada centavo de investimento valer mais. Quando este momento chega, a melhor opção é combinar os esforços de marketing com esforços de Relações Públicas.
Se pegarmos grandes exemplos de gigantes da tecnologia, como a Uber ou o iFood, elas passam por uma etapa inicial de investimentos pesados em marketing e, depois de um tempo, passam a combinar seus esforços de comunicação com as Relações Públicas. É parte natural do amadurecimento das empresas.
Investir em RP é para todos, e quanto antes este investimento começar, mais eficiente e melhores resultados ele trará.
97% das respondentes acreditam que um projeto de RP bem executado é capaz de acelerar o crescimento da empresa.
Pesquisa da Motim (acesse aqui) entrevistou as 100 empresas inovadoras mais relevantes do Brasil. Dos respondentes, 15% são startups, 11% são unicórnios e 45,5% são scale-ups. E é daqui que vamos partir nossa análise abaixo.
Investimento em RP amadurece com o tempo
90,9% das empresas de capital aberto ou unicórnios investem em Relações Públicas há mais de três anos – quanto mais maduro um negócio, mais ele tende a investir nessa área.
O inverso também é verdade: em Scale-ups e Startups, apenas 40%, aproximadamente, investem em RP há mais de três anos. Usualmente o grupo que investe a menos tempo em RP busca ajuda de agências especializadas, comportamento que cresce nos primeiros 3 anos de investimento na área e que depois cai, conforme as empresas adquirem maturidade e contratam pessoas mais Srs. para suas equipes.
Outro estudo, do Venture Capital “Project A Ventures“, mostra que startups na etapa de seed funding confiam em especialistas externos para suas estratégias de marketing e comunicação, tendência que muda de cenário conforme elas avança para as séries A e B, e que muda novamente conforme elas avançam a partir da série C de investimentos.
Contar com especialistas no assunto pode parecer caro e complexo. É crescente no mundo, e ainda pouco difundido no Brasil, a contratação, na área de comunicação, de EaaS (Executives as a Service) ou de Fractionals, onde startups podem contratar profissionais experientes por uma fração do preço e apenas pelo tempo que realmente precisam deles. (me envie uma mensagem e vamos conversar)
Assessoria de imprensa como primeiro contato
A clássica assessoria de imprensa é o primeiro contato das empresas com as Relações Públicas. Por ser a prática de mercado mais difundida, é por aqui que as startups começam a compreender o valor das Relações Públicas.
Segundo a pesquisa, outras frentes, como eventos, influenciadores e liderança inspiradora aparecem na sequência, e em patamares bem inferiores ao da assessoria de imprensa. Mas práticas que ainda são isoladas e focadas em resultados quantitativos e não qualitativos.
Relações Públicas como mentalidade
É interessante notar que ainda é muito tímida a adoção por empresas, independentemente do tamanho, das Relações Públicas como mentalidade para a construção de negócios. Mais do que um punhado de ferramentas, trazer os públicos e pensar suas relações para o centro da tomada de decisões de negócio é um diferencial competitivo que se torna mais relevante a cada dia.
Construir relações de confiança sólidas só trazem benefícios para as startups, como o aumento do seu valuation, recall com públicos de interesse, diminuição do custo de aquisição e aumento de receita recorrente, para citar algumas.
Da capacidade de atrair os melhores talentos, passando pela construção de awareness e credibilidade, e chegando à mitigação de riscos, crises e regulações ruins, as Relações Públicas são o caminho mais eficaz.
As empresas que mais sofrem escrutínio público no mundo, tendem a ter mentalidades de relações públicas mais desenvolvidas e aplicadas em diferentes frentes do negócio, mas ainda inclinadas às relações com reguladores. Uber, Meta, Google e Amazon são alguns exemplos desde o tempo em que ainda eram pequenas.
Meu trabalho tem sido ajudar startups e scale-ups – a partir do seeding round -, a pensar estrategicamente, desde o começo, a sua atuação com a mentalidade de RP presente. O que tenho visto, é que apesar do pouco conhecimento do C-level sobre o assunto, ele passa a fazer parte de mais conversas e reflexões sobre um importante caminho a ser explorado.
Agende uma conversa comigo, sem compromisso, clique aqui.