Esse post é para quem está entrando no mercado de trabalho agora ou para quem está pensando em se reposicionar. E a dica número 1, dou logo de cara: esqueça o velho modelo de CV-SPAM. E se já sabe que o CV-SPAM não funciona, fiz esse post com todo o carinho para você. 🙂 S2
Alguma vez você já se perguntou o que acontece com o seu currículo depois que o envia para uma vaga?
Aquele CV que você passou HORAS aperfeiçoando, verificando a ortografia, a formatação para garantir que não era muito longo e destacando as suas experiências para ter a certeza que correspondia à descrição do cargo pretendido… Pois é, isso está longe de ser o suficiente e pode ser a razão número 1 porquê você não está posicionado como deveria.
Ser reativo à uma vaga, e não pró-ativo com a sua carreira é uma das principais razões que faz as pessoas se sentirem fracassadas profissionalmente.
Eu não acredito em fracasso profissional, mas acredito em pessoas que não persistiram o suficiente e mudaram de rumos quantas vezes foram necessárias até encontar o que queriam. Agora respire fundo e prossiga.
Trabalho em interação direta com profissionais de RH há cerca de 10 anos, e nos últimos 5 recruto pessoas para o meu próprio negócio ou participo em processos de empresas, como consultora. Com isso, e olhando friamente, estas são as primeiras armadilhas onde o seu CV pode cair:
1. Num primeiro instante, o seu “trabalho de amor”, aquele currículo cuidadosamente criado, torna-se apenas mais um número. O número de pessoas com o perfil desejado que aplicou para a tal vaga.
2. A seguir, ele pode se perder no processo se não atender às características básicas que a organização que você está aplicando defende no momento – e cada uma tem as suas. É impossível adivinhá-las. Mas não desanime – leia até o fim, pois eu tenho dicas para que você não caia nesta armadilha!
Digamos que você tenha passado desta “malha fina”. Ufa?! Não, não pense que acabou, tem mais…
3. A seguir o CV pode passar por um processo automatizado, por meio da busca de palavras-chave relacionadas com o cargo ou pelo julgamento do recrutador, que é onde, de fato, as suas horas de trabalho podem ter resultado e saltar aos olhos – ou não.
4. Seu CV também passará a ser comparado com os dos outros candidatos, alguns de dentro da empresa, outros de fora, que também tenham preparado cuidadosamente as suas descrições para corresponder ao “perfil desejado”. Por isso quando a gente diz que ser chamado para uma entrevista já é uma vitória, não é exagero nenhum.
Se você passou por esse processo, parabéns, deve estar a caminho uma entrevista de emprego.
Mas tem que ser sempre assim?
Até aqui foram dias de espera, noites de sofrimento, promessas, pedidos para tia, mãe, vó para rezar, acender velas etc…
Não duvidando do poder da tia, mãe e vó (as minhas, aliás, são poderosíssimas!), o que eu queria contar é que essa realidade está mudando MUITO rápido. E que existe uma maneira de abreviar o processo e se destacar antes de passar pela malha fina do recrutamento.
Como? Em uma palavra: GOOGLE.
No Google, a distância entre você e uma entrevista naquele emprego que sonha está a um “search” de distância. Da mesma maneira que você estuda as palavras-chave para escrever conteúdos ou press releases, pense nelas sobre a sua carreira.
Por qual keyword você quer ser encontrado(a), quando o seu nome for buscado no Google?
Pense em uma grande área – exemplo: Relações Públicas e/ou Redes Sociais e/ou comunicação Interna e/ou comunicação corporativa.
Então, aprofunde-as: Relações Públicas em agências de comunicação e Redes Sociais para a moda – e assim por diante.
Quanto mais específico você for, menos “concorrência” você terá usando as mesmas palavras, e maiores as chances de ser encontrado por aquele recrutador do emprego desejado. E não se preocupe: se em um mês você não quiser mais trabalhar com moda, e sim com aviação, altere as suas keywords para outra que corresponda melhor aos seus objetivos. Até porque a medida que for ganhando experiência e relatando nos seus meios online, o seu histórico mais recente naturalmente aparecerá primeiro.
Pense no Google como o novo CV.
Como profissional ativo no mercado (em busca de emprego, de clientes, de um investidor para a sua startup, etc) o seu histórico online é sua marca pessoal. A organização destas informações, embora não substitua, é muito mais poderosa do que um currículo estático de seus trabalhos e conquistas passadas. Quem busca e/ou recruta quer saber mais sobre a sua singularidade, o seu diferencial, e o que você pode oferecer no aqui e agora. Ou você tá achando que o processo de stalking funciona só para aquela pessoa que você está interessado em bisbilhotar? 😉
Voltarei a este assunto, mas deixo aqui 5 dicas para mudar o destino do seu CV AGORA:
- matenha o seu CV atualizado no Linkedin: posicione lá todas as suas experiências recentes, de acordo com as suas keywords. Se pretende uma vaga no exterior, faça também uma versão em inglês. Deixo aqui como exemplo o print screen de um CV no Linkedin que gosto muito, da Olívia Justo, que eu recrutei para trabalhar comigo ano passado. Reparem que ela tem a descrição no Linkedin e também tem os CVs em PDF, anexados.
- seja criativo: diversifique a presença do seu CV na internet. Há ferramentas gratuitas que podem ajudar a organizar a sua informação online e dar visibilidade no Google, como o About Me e o Flavors.
- escreva e faça-se interessante: crie um blog e poste periodicamente (seja consistente!) sobre os temas do seu interesse (seja coerente!). Se o seu objetivo é fazer com que este blog contribua para a sua carreira, escolha bem os temas que vai tratar e, mesmo que resolva escrever sobre a sua paixão sobre Starwars ou sobre a Beyoncé, encontre formas destes temas se relacionarem com os seus interesses. Por exemplo: eu estou escrevendo este post pois uma das áreas que tenho trabalhado com a Todo Mundo Precisa de um RP é o aconselhamento/ mentoria de profissionais e estudantes de RP. Quanto mais eu escrever sobre isso, maiores são as chances deste meu “público-alvo” me encontrar no Google.
- Google-se: Crie o hábito de escrever seu nome do Google periodicamente e veja o que aparece de volta. Se não está de acordo com os seus objetivos profissionais, ajuste, crie posts no seu blog, escreva um artigo relevante para os leitores aqui do Blog Relações que use estas palavras-chave que você está precisando reforçar, relacionadas com a marca mais importante da sua vida – a sua!
- Networking: aproxime-se de profissionais das áreas onde tem interesse em trabalhar. Acompanhe o que fazem, o que escrevem, as dicas que estão nas suas entrelinhas. Se achar que é o momento certo, adicione-os às suas redes profissionais – como o Linkedin. Evite, claro, pedir emprego, assim, a seco. Coloque-se no lugar da outra pessoa: faça-se interessante para manter o vínculo com ela. Apresente-se, diga o que está em busca e por essa razão gostaria de tê-los na sua rede.
Lembre-se: para que os outros levem você a sério, você precisa se levar a sério primeiro. Os empregos vão e vem, mas a sua carreira é única e exclusivamente sua!
Se quiser mais dicas práticas e infalíveis para posicionar a sua carreira de RP, não deixe de fazer o curso Como Se Dar Bem no Mercado de Trabalho.
Parabéns pelo tema.
Devemos tratar nossa carreira como nossa primeira e eterna empresa, inclusive fazendo toda sua análise estratégica e crítica.
Dica: trace sua análise swot e defina pontos de melhoria focados em objetivos específicos. Não divague muito, seja ESPECÍFICO e mantenha o FOCO! Você irá se surpreender com os resultados.
Excelente post! Percebi que não só posso como devo tratar minha carreira como a principal marca da minha vida e fazer sua comunicação de forma extraordinária.