As crises continuam espalhadas por todos os lados, alastradas pelas redes sociais, e muitos “especialistas” em gerenciamento de crises continuam alastrados pelos procedimentos criados no século passado.
Eles estão muito longe do minimamente ideal para a realidade do universo digital que vivemos hoje. Entenda porque insisto com a queda dos paradigmas do gerenciamento de crises.
Quando chega a notícia de um acidente ou fato gerador de uma crise, os executivos imediatamente se dirigem a uma sala de reunião e, enquanto não chegam os integrantes do comitê, ficam tentando levantar informações com alguém da linha de frente, do local da crise. Comentam sobre o caso sem saber exatamente o que está acontecendo, especulam sobre a gravidade da situação, seus impactos, efeitos e desdobramentos, mandam monitorar a imprensa e as redes sociais, mas não tomam nenhuma decisão efetiva. A reunião só começa oficialmente quando o executivo mais experiente ou o que tem informações mais detalhadas chega. Há sempre alguém carregando um guia de procedimentos, do último treinamento simulado, com um bom resumo do media training. Enquanto isso, o mundo desaba nas redes sociais.
Bem, acredite se quiser, esse é o quadro real na maioria das vezes.
Para você, que vive o universo das redes sócias, o que acha dessa situação? De minha parte, eles se reúnem para chorar sobre o leite derramado.
Para você ter uma ideia, veja alguns exemplos sobre a síndrome dos presidentes em momentos de crise.
Agora, assista o terceiro e último vídeo da série “A Queda dos Paradigmas do Gerenciamento de Crises – Caso United”. Nele você tem os três paradigmas finais da série: o presidente como porta voz, o uso de statement e o pedido de desculpas, que diante da realidade atual da tecnologia disruptiva, da comunicação de relacionamento e das redes sociais perderam completamente sua função.
Faça sua análise e deixe um comentário para avançarmos na discussão da quebra dois paradigmas dos procedimentos de gerenciamento de crises.
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