Algumas semanas atrás o relações abriu a sua “fan page“ no Facebook! A partir de então vocês podem acessar todos os posts do relações por lá, comentá-los, divulgá-los para sua rede e inclusive interagir com a gente. Na fan page criamos um tópico de discussão perguntando o que você quer ler aqui no relações, e, em poucas horas a @gabriela_moura já deixava uma sugestão: “Mercado de trabalho”. Em tempos de Capitão Nascimento, “Missão dada é missão cumprida!”, e lá fomos nós.
Resolvi então perguntar aos presidentes das duas maiores agências globais de RP no país, Burson-Marsteller e Edelman, como eles enxergam e quais as perspectivas do mercado de trabalho para os profissionais de Relações Públicas no Brasil!
Ambos concordam que o mercado de RP está crescendo bastante principalmente em função do desenvolvimento/amadurecimento do país. Concordam também que as mídias sociais estão aí e tendem a desenvolver ainda mais o mercado das RPs uma vez que exigem a integração de diferentes formas de se comunicar para diferentes públicos. É muito interessante, porém, ver o que os leva a afirmar e apostar no crescimento da área. Abaixo transcrevi as respostas, vejam:
Ronald Mincheff – Presidente da Edelman do Brasil
O mercado de RP está em ascensão e deve crescer nos próximos anos, sobretudo com a popularização das mídias sociais.
Neste momento em que as marcas precisam promover engajamento com diversos públicos e investir no bom desenvolvimento de conteúdo, o profissional de RP passa a ser mais valorizado. Somos quem de fato tem expertise para alinhar a comunicação de uma companhia integrando ações offline e online. Também somos quem melhor pode prever e gerenciar crises em todos os ambientes, além de contribuir para que a empresa promova ajustes internos que melhorem inclusive o atendimento ao consumidor. Prevejo um momento de muitas conquistas, mas os profissionais devem se preparar para um mercado mais complexo e ágil.
Francisco Carvalho – Presidente da Burson-Marsteller no Brasil
Na minha opinião, o mercado de Relações Públicas está em franca expansão no Brasil e tende a conquistar uma posição cada vez mais estratégica dentro das organizações. Todos os índices macroeconômicos demonstram que o Brasil terá um crescimento acelerado nos próximos anos. O impacto desse progresso se dará sobretudo em setores de infraestrutura, energia, siderurgia, Telecom e mercado financeiro, entre outros. Em sua grande maioria, esses setores são altamente regulados e exigem um planejamento estratégico e uma comunicação eficientes, tanto para dialogar com as comunidades e os líderes de opinião quanto para se comunicar apropriadamente com autoridades governamentais e regulatórias. Diálogo, na verdade, é a palavra-chave que marca essa nova era revolucionária da comunicação. Diálogo nas mídias sociais, diálogo com funcionários e com autoridades. Enfim, diálogo com os principais stakeholders como princípio de sustentabilidade empresarial. E ninguém melhor do que o profissional de Relações Públicas para criar esse diálogo entre a empresa e a sociedade. Afinal, faz parte de nossa genética profissional saber comunicar e ouvir, saber gerenciar expectativas, demonstrar a função social e atuação responsável das organizações, buscar e antecipar as mudanças na sociedade.
Para mim o interessante das respostas é perceber que ambos salientam a importância do profissional de Relações Públicas na estratégia de comunicação de uma empresa, em função deste ter visão ampla e capacidade de integrar as diversas plataformas de comunicação. Além disto, o Francisco toca em um ponto bastante delicado, os setores de nosso país que tendem a crescer mais e a importância que estes segmentos devem dar à comunicação, principalmente com o governo (as famosas Relações Públicas Governamentais), algo ainda pouco difundido no Brasil.
@gabriela_moura espero que as respostas do Ronald e do Francisco tenham ajudado a responder a sua pergunta sobre o mercado de trabalho para Relações Públicas. Agradeço muito a disposição e dedicação dos dois executivos em participar deste post e aproveito para convidar vocês a “curtir” a nossa fan page no Facebook e deixar a sua sugestão de pauta por lá :-)!
Como sempre, assuntos oportunos por aqui. Interessante observar que seus entrevistados falam da "área de conhecimento Relações Públicas" e não da "profissão regulamentada Relações Públicas" – que são coisas absolutamente distintas enquanto conceitos e enquanto realidade de mercado.
Como tenho dito, a área de RP está em absoluta expansão. Quem vai exercer o papel nas organizações vai ser quem tiver mais competência, e não aquele que se resguarda da concorrência por ter um diploma fixado na parede.
Rodrigo, é bem verdade. Expansão do mercado é algo muito bom, nos resta ocupar este novo espaço com profissionais capacitados.
Concordo que a atividade ganhou espaço e importância, porém, o profissional não. Explicando, o que percebo muito é que as empresas destacam a necessidade de desenvolver programas de comunicação, mas nem sempre, sabem que o profissional mais indicado é o relações públicas. Por vezes contratam pessoas ligadas ao mkt, usam terminologias do mkt ao invés de comunicação interna, por exemplo. Enfim, o que eu quero dizer é que falta ainda conhecimento das empresas com relação ao profissional e não com relação a atividade, é dar nome aos bois, como diria meu pai.
Rodrigo,
Com certeza a competência é que fará com que as pessoas tenham vaga no mercado de trabalho. Mas, é interessante que o profissional acompanhe o desenvolvimento da atividade. Por vezes vejo vagas de emprego abertas, até concursos que exigem jornalista por exemplo, o que impede que a gente possa se candidatar. Acho que o reconhecimento da profissão é importante para garantir aqueles que estudaram chances de competir com outros profissionais.
Concordo plenamente, Su. Uma das validades de um registro profissional e de uma caracterização de "profissão estabelecida" (ou regulamentada) está nas ocasiões em que a oferta de vagas – e isto sempre acontece em concursos para órgãos do Governo – exige determinado diploma/qualificação. Quem não está enquadrado, não pode participar. E é neste exato momento em que vemos a competência ou não das entidades representativas de cada área, e que no caso dos jornalistas são absolutamente melhores que as nossas em RP.
Já conseguimos dizer que somos fundamentais nas estratégias de comunicação das organizações em franco crescimento! Parabéns pela entrevista! Abraços, Carol Terra (http://www.meadiciona.com.br/carolterra).
Pedro,
Mais uma vez, parabéns por seu texto!
Colocações pertinentes para que muitos pensem e reflitam sobre o futuro profissional.
Abraços,
@alexandre_amc
Cara Livia, gostei muito das entrevistas com Mintcheff e Farncisco Carvalho. O que eles dizem está em "sintonia" com o que nós, professores, ensinamos a vocês, queridos alunos!!!!! O mais importante da atividade de Relações públicas é a ESTRATÉGIA…ou seja, a análise de cenários que permite ao profissional ter uma visão ampla e clara do processo comunicacional em uma organização específica. Parabéns pela sua iniciativa! Beijos, Profa. Maria Aparecida Ferrari
Olá Professora,
Fico muito feliz com sua visita aqui no relações e ainda mais que tenha gostado da entrevista que fiz com os executivos.
Este foi um dos posts que mais movimentou o Blog.
Beijos
Pedro Prochno
@prochno http://relacoes.wordpress.com
Olá,
Bom dia.
Excelente post, galera do Relações. Concordo com a visão apresentada. Assim como a Profa. Maria Aparecida diz, a Estratégia faz parte de todo o pensamento para as relações públicas.
Em tempos de transparência, não é possível constituir, manter ou até mesmo defender uma reputação sem o apoio de um profissional de RP.
Um abraço, Edu http://rpemquestao.blogspot.com/
Pela primeira vez, acompanho o Relações… e gostei muito de reencontrar aqui a Cida Ferrari, a Carol e o Rodrigo. São balizas muito boas para o trabalho de vocês! Quanto ao tema em questão, pouco há a acrescentar. Em Minas também lidamos vemos a ascensão da profissão, o mercado de trabalho mais promissor e a insistência abnegada dos profissionais em fazer valer a profissão! Como professora, discuto sempre qual é o nosso lugar de fala e como devemos nos posicionar para evitar que o desconhecimento da área seja um impeditivo para a ocupação do mercado. Todavia, ressalto, o critério será sempre a competência. Abrço a todos, Wilma Vilaça.
Olá professora Maria Aparecida!
Que bom que gostou da entrevista e do post que o Pedro fez! Este é o objetivo do blog, discutir a profissão de Relações Públicas, o mercado, visões e outros assuntos ligados à área.
Eu escrevi com o Pedro um post também com o professor Wilson da Costa Bueno, Gisele Lorenzetti e Leticia Lyra e acho que essas participações e experiências, como as do Francisco e do Mincheff, são ótimas para movimentar nossa atividade!
Espero que possa escrever um post a partir de uma entrevista com a senhora! O convite está feito 😉
Obrigada por ter deixado o comentário!
Beijos!
Lívia
@Lii_Santos