A tecnologia não para de avançar e a cada dia chegam novas soluções para problemas antigos. As vezes o que estas essas soluções trazem mesmo são novos problemas para nós. No bom sentido, é claro.
Vamos pensar, por exemplo, no que esses avanços tecnológicos interferem nos negócios. Já existem projetos pilotos no Japão de supermercados nos quais não é preciso passar no caixa. Os valores são automaticamente debitados na sua conta, através da leitura do código de barras e do chip do celular.
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Vamos trazer o tema para perto da nossa realidade: outro dia fui num bar paulistano chamado Wall Street Bar. Com a desculpa de aproveitar as cotações de bebidas em baixa e em alta (diferenças de centavos nos preços) que ficam passando em telões enormes que imitam a bolsa de valores, são os próprios clientes que fazem seus pedidos pelos computadores espalhados pelo bar, passando o cartão de consumo e escolhendo o produto. Em algumas mesas é necessário que o cliente levante da seua cadeira para ir até o computador mais próximo. Os garçons não tiram pedidos, apenas trazem os produtos solicitados pelos clientes por meio do computador.
Sabe o que o bar ganha com isso? Uma redução de 50% ou mais nos garçons contratados. Como os funcionários não precisam ficar circulando para tirar os pedidos, só precisam trazer os pedidos feitos, impressos e preparados no bar, o número de pessoas necessário para atender a demanda é muito menor. Isso significa menos gastos com salários, alimentação e transporte de funcionários, encargos trabalhistas, etc.
Computadores não reclamam, não pedem aumento, não colocam a empresa na justiça depois que são demitidos. Assim fica difícil competir com eles, não é? NÃO. NÃO É.
Me diz se tem algo melhor do que ser atendido por alguém simpático e eficiente, que além de te tratar bem, resolve seu problema? A verdade é que o ser humano precisa sim de atenção, somos todos carentes de sermos bem tratados e bem atendidos por onde passamos. Esse é o diferencial de ser atendido por alguém de carne e osso e é isso que as empresas precisam perceber.
Agora, mais que nunca é necessário que as empresas invistam no fator humano, para que eles não sejam substituídos por máquinas. Quem trabalha no atendimento das empresas ter que ter essa consciência para valorizar ainda mais seu trabalho, oferecendo um atendimento bom e personalizado.
Os dois lados precisam ter essa visão e consciência: de um lado as lideranças das empresas para capacitar seus colaboradores, e do outro o pessoal das forças de vendas. Esses dois juntos podem oferecer ao cliente um atendimento excelente e, principalmente, diferente do que uma máquina faria.
A diferença está no valor que a função entrega. É um DESPERDÍCIO contratarmos pessoas para funções muito simples e de baixa complexidade, como o cara que te dá o troco no supermercado ou no pedágio, sabendo que eles seriam capazes de criar conexões e resolver problemas muito além do escopo dessas funções. Um bom garçon por exemplo, pode reservar aquela sua mesa preferida, te sugerir uma novidade ou interceder na cozinha para que seu prato seja feito de acordo com o seu gosto. São coisas que um atendimento eletrônico dificilmente conseguirá substituir.