Storytelling é o termo em inglês empregado para tratar da contação de histórias. Assume diferentes perspectivas, como por exemplo a animação de plateias infantis narrando contos e histórias – ou porque eles não sabem ler, ou porque não vêem interesse na leitura, servindo como recurso para chamar atenção das crianças e inseri-las no mundo literário. No universo organizacional, a lógica é a mesma: públicos de relacionamento dispersos no meio de tanta informação circulante podem ser “fisgados” para ver nossos conteúdos se utilizarmos formatos diferentes, fora do padrão da comunicação corporativa.
Em geral, a comunicação nas organizações é muito influenciada por duas linguagens – pelo “lead” do jornalismo (a objetividade total expressa em quem fez o que, onde, quando…) e pela sedução da publicidade (com a proposição de mundos fantasiosos e ideias de convívio, e é claro de compra de alguma coisa). Tenho estudado isto há quatro anos e posso dizer que nenhuma delas é mais suficiente. Quando se fala em “obesidade da informação” é isto: muita coisa ao mesmo tempo, sem pé na realidade e sem aprofundamento. Vários autores mencionam que este panorama é típico para o anestesiamento de sentidos – quer dizer, chega uma hora em que nada mais nos impacta. E isto é absolutamente perigoso para comunicadores, não?!
Uma das formas de compreender como opera a criação e disponibilização de materiais com storytelling é observar dois campos de expressão exemplares neste ramo (e depois, buscar características que possam ser aplicadas para organizações): o cinema e a televisão. Roteiristas são contadores de histórias primorosos. Vejo que, nos mundos mencionados, têm ganho espaço aqueles com narrativas da experiência – ou seja, relatos de vida de pessoas. Pra entender melhor, deixo alguns exemplos abaixo:
http://youtu.be/rTlxHXXBDfA
http://youtu.be/VazEqtclM_U
E então, você imagina como este formato pode entrar no seu trabalho? Tem algum exemplo ou pergunta pra gente conversar aqui?
Rodrigo, sensacional o conceito que vc traz de "obesidade da informação"! Realmente, se não reinventarmos a comunicação, corremos o risco de não conseguirmos exercermos mais a nossa função. Cada vez mais, temos que usar formatos que influenciem, que saibam dialogar com o usuário-mídia. Abs, @carolterra.
Valeu pelo comentário, Carol. O termo "obesidade da informação" veio de Baudrillard, e vem no mesmo sentido da "ansiedade de informação" cunhada pelo arquiteto Richard Wurmann em seu livro sobre o tema no final da década de 90. Aí depois tem as recriações, como dizer que somos obesos de informação e famintos de sentido – o que tem toda razão.
Olá Rodrigo sou sócia da Renata Aranha adoro teus textos, parabéns.
Oi Lislei, obrigado por passar por aqui. Tenho estudado o tema há quatro anos no mestrado na USP e tenho preocupação em ir passando adiante o que vi – embora claro possam ter várias visões sobre o assunto. Eu já soube do trabalho de vocês com storytelling em cerimônias de casamento e achei genial.
Olá Rodrigo, muito interessante.Mas já conhecia o su trabalho. Só veio reforçar.
Um abraço,