Um estudo recente, divulgado pela Information Week me chamou a atenção pelo seu teor: maioria dos CEOs da Fortune 500 evita presença nas mídias sociais. Caramba! Estamos em uma situação irreversível, não podemos mais negligenciar as mídias sociais, não podemos deixar de pensar na presença ou no monitoramento de nossas marcas ali e os presidentes ainda evitam esse ambiente? Como?
O relatório impressionante ainda apontou que 70% dos CEOs têm ZERO presença em redes sociais. Como uma marca quer se destacar nesses ambientes se o próprio “cabeça” foge das mídias sociais ou se as redes são terminantemente proibidas para os funcionários? Francamente, se o caminho é dar o exemplo de cima para baixo, a lógica das organizações atuais está completamente equivocada, concordam?
Então, o que fazer?
- Uma sugestão é mostrar exemplos de sucesso como, na minha opinião, do Eike Batista, Abílio Diniz, João Paulo Diniz, Marissa Mayer (a mais recente presidente do Yahoo), Tony Hsieh, entre outros.
- Além disso, apresente os prós e contras de se estar ativamente nas mídias sociais, enfatizando, principalmente, o quão positivo para uma marca é a presença de seu líder nesses ambientes. Aí, posso citar o blog do vice-presidente da GM, o do presidente da CUT, o do presidente da escola de inglês Wizard, o do presidente da escola de informática Microcamp, o do diretor de marketing da IBM, Mauro Segura, entre outros. Isso em falar em diversas fanpages interessantes.
- Outra ação fundamental é mapear o que é dito sobre a empresa, seus produtos, serviços e por que não também sobre seus executivos? Se o CEO é uma figura pública que demanda monitoramento, vale incluí-lo também nas buscas.
- Depois disso, quem sabe não seja o momento de realizar um social media training com o corpo diretivo da organização? Fazê-los ver o quanto as mídias sociais são importantes para o negócio e para a estratégia da empresa. Ninguém aqui quer converter um executivo em um blogueiro de sucesso, mas ignorar completamente já não dá mais, certo?
- A partir daí, é consolidar todos os resultados e apresentar um plano de ações, de presença e de engajamento nas redes da empresa para o corpo diretivo. Aí, só muito planejamento resolve. Não se esqueça de métricas, números, estudos, justificativas plausíveis. Não se trata de estar apenas por estar. É preciso ter uma estratégia sólida por trás. Mídias sociais não é brincadeira.
O Mauro Segura, diretor de Marketing da IBM e um das figuras de maior respeito no mundo digital, tem diversas ideias sobre o porquê dos executivos não blogarem e não participarem das redes sociais. Recomendo a leitura: http://aquintaonda.blogspot.com.br/p/por-que-os-executivos-nao-blogam.html.
E você, já convenceu a alta administração sobre a importância das mídias sociais?
Carol, teu post é absolutamente interessante e acrescenta ao tema já divulgado na pesquisa. Claro que de imediato a gente fica impressionado, mais ainda porque somos comunicadores e estamos vivenciando dia-a-dia esta mudança de acesso, produção e difusão de conteúdo a partir de diferentes pessoas (todas podendo ser consideradas protagonistas). Mas não vejo com tanta veemência um CEO estar fora das redes sociais digitais com perfil próprio, ao menos oficial e divulgado como tal. Eu acharia bem inadequado se este CEO não desse relevância para os insights permitidos a partir do monitoramento e da interação nestas plataformas interativas – mas isto é um outro ponto. As implicações estratégicas e absolutamente presenciais do dia-a-dia de um CEO já devem ocupar um tempo imenso do cotidiano de trabalho, e talvez seja bem coerente deixar esta presença digital para assessores, diretores, consultores, fornecedores, com reports frequentes e orientações sistêmicas. Entende meu ponto?
Rodrigo e Larissa, primeiro agradeço os comentários. Compreendo perfeitamente a rotina atribulada de um CEO, mas penso que iremos chegar a um ponto em que o principal executivo da empresa vai precisar dar atenção às mídias sociais se quiser que a organização se destaque nesse ambiente. Penso que o exemplo vem de cima e que a preocupação do presidente pode fazer total diferença. Claro que nenhum CEO tem obrigação de se lançar nas mídias sociais obrigatoriamente, mas ao menos deve compreender, endossar e afirmar a presença de sua organização por lá! Abs aos dois!
Eu ia comentar algo no meeeesmo sentido do Cogo. Mas ele já colocou o ponto que eu ia levantar neste momento. De modo claro e bem explicado…
Larissa, acabei de responder seu comentário junto com o do Rodrigo. Agradeço a visita, a leitura e o comentário. abs!