Sou apaixonada por iniciativas inteligentes e bem planejadas de mídias sociais. Até aí, nenhuma novidade. O que me chamou a atenção nos últimos dias foram duas ações que posso classificar como sensacionais.
A primeira vem de Portugal e é uma ideia simples, mas genial: a calçada de Chiado, em Lisboa, traz um QR Code com informações a respeito daquele ponto. O turista aciona o seu leitor de QR Code e passa a ter acesso a conteúdo sobre aquele local. A iniciativa foi levada também para Barcelona e dizem por aí que vão trazê-la também para as calçadas do Rio de Janeiro. Matam-se “dois coelhos com uma paulada só”: une-se a tradição dos trabalhos dos calceteiros e o vigor, a rapidez, a capacidade de gerar hiperlinks das mídias sociais.
A segunda ideia que mexe com o on e o off-line vem da África do Sul, da cerveja Carling Black Label Beer e a proposta é empoderar o torcedor de futebol como sendo o técnico os times que gosta (Be the Coach).
A empresa promoveu um torneio entre dois times de futebol rivais – Kaizer Chiefs e Orlando Pirates – em que os torcedores poderiam se transformar nos técnicos. Comprando a cerveja, o torcedor tinha acesso a um código que deveria ser usado para interagir com a marca via smartphones. Em posse do código, o usuário podia fazer substituições ao vivo, escolher quem saía jogando e quem ficava no banco. Como resultado da ação interativa e participativa (veja o vídeo aqui), a marca registrou 10 milhões e meio de votos em sete semanas de campeonato, aumento de 450% na fanpage da Carling, 600% de aumento no número de seguidores no Twitter e 83 milhões de Rands (moeda local) foram gerados em mídia espontânea. E o jogo em si, não poderia ter terminado melhor: uma final com disputa de pênaltis, mostrando que as escolhas do consumidor foram, no mínimo, adequadas, pois ambos os times chegaram competitivos ao fim.
http://youtu.be/etmzOOtNCIk
Quer mais do que isso? O tremendo engajamento gerado com a marca por meio de uma ação como essa.
O grande desafio daqui pra frente? Manter esse público todo engajado, envolvido e participativo nas iniciativas da marca. Gol da Carling, na minha opinião!
Ah, sobre o QR Code, quem sabe ao subir as escadarias do Cristo Redentor, no RJ, a gente não tenha acesso a informações históricas, olhando-se, simplesmente, para o chão! 🙂
OS: obrigada, @Juliana Monteiro, pelas dicas de ações.
Adorei o post, Carol!
Gabi, volte sempre! Será um prazer recebê-la aqui! 🙂
Carol, são duas ideias geniais eim!
Eu gostei mais da do mosaico português. Achei mais original, algo óbvio (são pedrinhas que formam, naturalmente, QR-Codes) e ninguem "pensou nisso antes". No Rio e nas antigas calçadas de SP poderiamos fazer tbm! É uma maneira simples de manter pontos de ajuda aos turistas, só falta pensar em pontos wi-fi junto para que ninguem sofra sem conexão né?
Bjs
Pedro Prochno
Pedro, certamente é uma ideia maravilhosa que tende a se espalhar mundo afora, né? Assim esperamos aqui no Brasil! E nós, como criativos que somos, espero que pensemos em outras ações ainda mais bacanas! Beijão.