Uma dessas redes, com conteúdo em português, é a Edmodo, originária dos Estados Unidos e têm quase dez milhões de usuários de quase 100 mil instituições de ensino.
O sucesso desse tipo de rede se deve porque mídias sociais tradicionais, muitas vezes, são bloqueadas em ambiente escolar e a alternativa acaba sendo essa rede social de nicho. Além disso, a especialização de tema e o contato professor-aluno via mídia social também são atrativos.
O professor que adere a essa iniciativa pode criar comunidades em torno dos cursos que leciona e pode adicionar os alunos, permitindo-lhes que acessem o conteúdo, troquem mensagens, materiais didáticos, textos etc. O interessante, como professora que sou, é que o aluno pode até entregar trabalhos por meio da plataforma e o docente pode atribuir nota por ali mesmo.
Do ponto de vista otimista, a ferramenta é muito bacana: permite interação entre alunos e professores fora do ambiente escolar, auxilia no interesse dos ultraconectados estudantes e ainda facilita a participação e acompanhamento dos pais.
Agora, olhando para a parte problemática vejo, principalmente, a questão de geração de interesse desses alunos por mais uma ferramenta e de cunho totalmente educativo. É preciso ser um professor e tanto para levar os estudantes até lá e fazê-los, de fato, interagir, dialogar, usar ao máximo a ferramenta.
Como experiência própria, tenho usado os grupos fechados do Facebook para falar com as turmas, passar referências, falar de datas e comentar vagas, oportunidades e casos. Tem funcionado. Será que uma rede totalmente voltada para isso atrairia alunos?
A exemplo da Edmodo, há redes como Lore, Teamie e PasseiDireto.
Resta-nos saber se vão “pegar”. Vamos acompanhar.
Carol, eu acho desnecessário uma rede social dessa para mim que estudo na UFMA, por exemplo. Muitas universidades já tem sistemas que permitem essa mesma interação. Maaaas tem universidade e faculdades que não tem. Daí, eu acho que não depende tanto do aluno ver se gosta ou não, é uma questão de "sobrevivência". Se o professor se comunica por lá, dá dicas por lá, ele vai querer/ter que ir tb. Agora, eu acho que tem organizar essa comunicação, não dá pra ter comunicação por email, facebook, twitter e mais a rede social nova, pq as mais fracas perdem sua vez. Tem que organizar e estruturar a comunicação do professor/aluno. Nada que o hábito não resolva…
Larissa, eu uso uma rede que se chama Moodle em uma das faculdades que leciono. Mas, não se trata de querer, temos obrigatoriedade em usá-la. O que eu penso a respeito disso tudo é que nós, professores, devemos estar onde estão os alunos e usar essa linguagem das redes a favor da educação. Se for uma rede própria ou um Facebook da vida, pouco interessa. Interessa atingir a audiência, ou seja, os alunos. Obrigada pela visita e pelo comentário! 🙂