Existe vida inteligente e que debate fora das grandes redes sociais “de massa”, sabia? Fora do Facebook, do Twitter, do quase-morto Orkut, do Google+, do Pinterest etc., existe uma miríade de grupos que se reúnem para debater os mais diversos temas de interesse para uma determinada comunidade de pessoas.
Assim, temos rede social para amantes de Lego, para quem curte cinema, para as mães, para quem quer aprender um outro idioma, para pacientes que querem discutir suas condições e doenças, para ricos, bonitos e famosos (oi?), para quem busca fazer diferença no mundo, para quem quer trocar ideias sobre livros e montar estantes virtuais, para os apaixonados por cães e gatos, para quem gosta de bares e cervejas, para os aficionados em quadrinhos, para cientistas, acadêmicos e pesquisadores, para os atletas que querem controlar seus tempos, treinos e afins, entre milhares de outras.
Essas redes sociais têm sido alvo de diversos debates e questionamentos. São ambientes extremamente especializados em um determinado tema e que reúnem quem está interessado naquilo, que quer discutir sobre o assunto, se firmar como um especialista, ter acesso a pessoas que têm destaque na área ou simplesmente porque gostam da proposta da rede. Uma das redes que promete ser a maior do nicho da moda, por exemplo, é a Fashion.me que é uma plataforma de moda em que seus membros podem criar looks, compartilhá-los e discutir os seus estilos favoritos, tendências e olhares do mundo da moda.
Outra vantagem das redes sociais de nicho é que é possível lidar com uma audiência qualificada ou no mínimo atenta àquele assunto. Lembram-se das aulas de formação de públicos em RP? Aqui, nesses casos de redes segmentadas, a proposição de ações para esses públicos é totalmente dirigida, direcionada e deve estar conectada às necessidades deles.
Como desvantagem, eu apontaria a falta de fôlego, em sua maioria, para constituir grandes massas ou grandes públicos, uma vez que essa função já foi preenchida pelas plataformas de mídia social grandes como o Facebook, por exemplo. Além disso, nada impede que uma fanpage no Facebook ou uma comunidade no Orkut a respeito de um determinado tema faça as vezes de uma rede social de nicho, certo?
No entanto, é possível dizer que há espaço para os dois: os grandes e os segmentados. Como saber quando investir em um ou outro? Depende única e exclusivamente da marca, agência, e empresa, entidade estudar sua audiência, seus hábitos e comportamentos e propor canais de comunicação voltados para tais necessidades e anseios. Por que começar uma conversa nova se já existe uma em andamento em outro lugar? Essa é uma resposta que apenas uma avaliação estratégica pode responder.
Tem mais dicas de redes de nicho? Poste aqui!
Excelente post Carol. Você, como sempre, sendo assertiva e influenciando linhas de raciocínio.
Mauro, é um prazer recebê-lo por aqui! Volte sempre! 🙂
Tem a Decora.me para decoradores e designers de interiores e a Dentistas.com.br, para dentistas, claro!
Muito bacana, Alaina! Obrigada pelas dicas! 🙂
Adorei o post, a parte sobre vantagens e desvantagens com certeza ajuda muito quem pensa em atuar nessas redes.
Oi, Christiane, o objetivo do blog é exatamente esse: trazer para o mercado aplicações, cases, opiniões. Obrigada pela visita e pelo comentário. Abs!
Olá Carol Terra, antes de comentar o post quero dizer que gostei muito da sua palestra no Social Media Day! É bacana ver como o conhecimento acadêmico e profissional podem caminhar paralelamente em um nível avançado e de alta qualidade. Parabéns.
Quanto ao post, penso que assim como a segmentação em canais de conteúdo específico ocorreu nos meios de comunicação offline, Também já está acontecendo nas mídias sociais. Do geral para o específico. Temos revistas para quase todos os nichos, canais de tv, emissoras de rádio etc…. Não será diferente nas redes sociais.
Um outro ponto interessante é que as Mídias sociais mais gerais também proporcionam o debate e o compartilhamento de informação específica, no caso do Facebook por exemplo, na criação dos grupos. Porém nesse caso é possível que falte algo que as "redes sociais de nicho" possam suprir!!!
Sem dúvida as redes de nicho são muito interessantes quando se trata de falar com um público altamente qualificado e delimitado.
Forte abraço. 🙂
Oi, Jonatas, primeiro agradeço o carinho e fico feliz que tenha gostado da palestra no #SMDay. Sobre as redes de nicho, você acertou! Realmente, o mesmo acontece com as mídias tradicionais: a segmentação e a especialização. E nas redes sociais não poderia ser diferente, certo? Nós, profissionais de comunicação, temos que entender os anseios de nossos públicos e traçar as melhores estratégias de comunicação e relacionamento com eles. Obrigada pela visita e pelo comentário. Abs.
Tudo a ver, Carol! Aliás o errepê, querendo ou não, sabendo ou não, sempre foi um administrador de redes sociais de nicho. Na penúltima reforma curricular do cursos de RP da UERJ – de que participei – implementamos como as duas primeiras disciplinas do curso, justamente, "Estudo dos Públicos" (1o. período) e "Instrumentos de RP" (2o. período). Temos que saber as características e idiossincrasias de cada público a quem temos que nos dirigir e estabelecer redes com esses públicos é a maneira mais eficiente de comunicação com eles (comunicação como "comunhão" – estar junto num mesmo barco virtual – virtual aqui com seu sentido original, pré-digital). Parabéns pelo post! Se quiser escrever um artigo sobre isto para o http://www.rrpp.com.br, será fantástico. Abraço, Marcondes.
Oi, prof. Marcondes Neto, é uma verdadeira honra tê-lo por aqui! Concordo com o senhor em gênero, número e grau! Nós, RPs, já realizamos essa função de segmentação de públicos e abertura de canais de comunicação com eles há tempos! As redes sociais e, aí incluem-se as redes sociais de nicho, só facilitam o nosso trabalho no ambiente digital. Vou pensar em um artigo para o seu blog, com prazer! Um grande abraço!
Legal o texto. É realmente importante perceber que mesmo dentro de ferramentas "de larga escala", como Facebook e Twitter, as pessoas acabam se relacionando dentro de seus pequenos nichos, mas ainda assim é algo generalizado. Ferramentas como as citadas no texto aproveitam os nichos para tentarem reunir as pessoas que ainda não se conhecem.
Acho legal que, de uma certa forma, podemos dizer que uma tendência é que essas redes menores sejam fora das grandes redes sociais, mas mesmo assim ainda usem o seu perfil para se conectar. Facebook é um bom exemplo disso. As pessoas ainda usam ele, mas muita gente mantém o perfil para fazer login em redes sociais menores e interagir com outras pessoas que tenham interesses em comum.
Ótimo texto 🙂
Oi, Dennis, obrigada pela visita e pelo comentário! Sim, concordo com vc, muita gente usa os perfis das grandes redes para fazer login nas menores mesmo! No entanto, não acredito no fim das redes sociais "de massa" ainda não…e vc, o que acha? Abs, Carol.
Muito bom! É muito interessante ver que, embora as redes sociais estejam crescendo, a tendência é que elas fiquem cada vez mais especializadas.
Acredito que sempre haverá espaço para as redes ditas de massa e as especializadas. Conteúdo relevante será sempre a moeda de troca mais interessante! Obrigada pela visita e pelo comentário. Abs, @carolterra.
sempre assim. uma ferramenta de publicação na web se estabelece, ganha público e logo nascem cópias para segmentação. é assim desde as mais antigas salas de chat, passando pelas geocities, pelos fóruns, pelos blogs, pelos comunicadores instantâneos etc.
o que agora é chamado rede social, no passado já foi comunidade virtual, já foi grupo, já foi fórum, e por aí vai.
trocam-se as ferramentas de publicação, ora acrescentando funcionalidades, ora suprimindo-as, mas, o que vem em seguida é sempre o mesmo: os órfãos da novidade anterior migram, como necessitassem mesmo da tal novidade, esvaziando e esquecendo os grupos formados com a ferramenta anterior. trazem consigo muito do lixo produzido e publicado com a ferramenta anterior. recebem novatos, que nunca cessam de chegar. uns torcem os narizes e aproveitam para tentar, mais uma vez, emplacar um sucesso usando a nova ferramenta para agregar os deserdados da ferramenta anterior que também torcem o nariz para a "multidão".
e isso não tem fim.
é normal.
absolutamente previsível.
e sempre foi assim.
Oi, Cláudio, obrigada pelo comentário. Na verdade, apesar de conteúdos irrelevantes, a rede também têm muita coisa boa e de extrema utilidade para seus membros. Um exemplo disso é uma rede social de nicho voltada para doadores e receptores de sangue – a Veia Social. Nesse sentido, não vejo desserviço, mas sim, muito mais do que isso: não fosse a rede em si, provavelmente, muitos doadores e receptores não tivessem a chance de se encontrar!
Quando ao abandono das redes "de massa", também não vejo essa tendência. Acredito que haja espaço para todos e a web, como já propunha o conceito da cauda longa, dá lugar aos grandes "hits" e aos produtos/serviços/ideias de nicho! Abs.
Oi Carol,
Redes de nicho são o ceu e o inferno, como vc abordou. Tem muito conteúdo rico e único, mas haja fôlego para alimentar todas elas eim…
Enquanto lia o texto lembrei que tbm escrevi um post sobre o assunto aqui no #Blogrelacoes (https://blogrp.todomundorp.com.br/2010/10/segmentacao-das-redes-sociais/) e sabe do mais engraçado? Das 4 redes que apresentei lá, 2 eu tenho certeza que já morreram….
Eu acho que elas são super relevantes e importantes, mas acho que por vezes quem as cria superestima a quantidade de pessoas que vão participar delas o que acaba por matar o projeto quando o número não pe atingido.
bjs
Pedro Prochno
@prochno blogrp.todomundorp.com.br
Uma rede de nicho, Pedro, requer um esforço imenso dos gestores para alimentação (produção de conteúdo), moderação e gerenciamento da comunidade, manutenção da atratividade e promoção/divulgação. No entanto, são redes riquíssimas em conteúdo, pois abordam temas específicos e de interesse de determinados segmentos de públicos, né? Particularmente, nós aqui somos uma espécie de rede de nicho de comunicação, RP…Obrigada pelo comentário e perdoe a imensa demora na resposta! Beijão.