As grandes corporações modernas nasceram após a Guerra de Secessão americana, especialmente concentradas nas mãos de alguns capitalistas que levaram ao desenvolvimento de diversas áreas da comunicação, incluindo as relações públicas.
Durante um período de cerca de 50 anos, em pleno século XIX, os Estados Unidos conseguiram mudar a cara da indústria mundial e se estabeleceram como a maior potência da época. Muitos desconhecem a história, mas isso só foi possível devido a um efervescente ecossistema empreendedor, em que inovações puxaram mais e mais inovações.
Nesse período, as ferrovias cortaram a América do Norte de costa a costa, criando condições de atingir novos mercados. As ferrovias impulsionaram a indústria do aço demandando mais trilhos e carregaram os primeiros barris de petróleo de John D. Rockefeller, que por sua vez iluminaram o país com o querosene e, mais tarde, alimentaram os primeiros motores a gasolina, que equiparam os carros de Henry Ford. A iluminação elétrica de Thomas Edison substituiu a iluminação a querosene e os geradores de energia de Nikola Tesla descentralizaram a manufatura. O aço estrutural de Andrew Carnegie deu vida a prédios e arranha-céus, e J. P. Morgan definiu as bases das finanças corporativas. Então chegou a era do consumo de massa e das grandes marcas.
Com tantos mercados novos e em proporções nunca antes vistas, surge a necessidade de saber comunicar para uma grande variedade de públicos. É no meio disso tudo que vemos, também, surgir as primeiras práticas de relações públicas, incluindo relacionamento com a imprensa e comunicação de crise. Não por acaso, Ivy Lee é considerado o fundador as relações públicas ao cuidar da reputação de John D. Rockefeller Jr. e sua família, donos da maior companhia de petróleo de todos os tempos, a Standard Oil.
A segunda metade do século XIX foi realmente transformadora não apenas para os Estados Unidos, mas para o mundo todo. O espírito empreendedor da época criou diversos mercados e trouxe junto o desenvolvimento de diversas áreas do conhecimento, incluindo a comunicação.
Se você se interessou por essa história toda, eu recomendo fortemente a leitura do livro “Os Magnatas”. A base do mundo como conhecemos hoje está descrita na história dos grandes empreendedores americanos.
Muito bom, Gusta!
Inclusive agora está passando no The History Channel – e estou acompanhando – um seriado chamado Gigantes da Indústria (The Men who Built America) que conta justamente a história desses mesmos homens que criaram as grandes empresas dos Estados Unidos e que moldaram o país e revolucionaram o ocidente.
Tirando o fato que os americanos insistem que quem inventou o avião foram os irmãos Wright (e aquilo era um planador e não um avião) em vez de Santos Dumont, o seriado vale cada minuto. Talvez até tnha sido inspirado nesse livro!
(Para quem usa torrent dá para baixar! :-))
É verdade, Ana!
Eu comecei a assistir essa série e acabei lembrando do livro, que conta toda a história com detalhes incríveis. O History Channel está de parabéns, traz muita informação bacana.