A visita à Edelman Significa trouxe uma reflexão sobre o que as relações públicas têm para oferecer para o mundo. Rodolfo Araújo, Diretor de Branding, Atitude de Marca e Inteligência da agência, deu início à conversa com os participantes da visita questionando quanto suas memórias mais recentes de experiências com marcas.
Com a constante frustração do indivíduo com o setor público, as marcas recebem espaço para promover mudanças de comportamento, melhorias e gerar impacto positivo na sociedade, apontou Rodolfo.
Em um contexto onde a atenção das pessoas não pode ser comprada, é importante trazer o indivíduo para o centro da discussão e pensar em formas de melhor atendê-lo – não apenas visando lucro, mas também a mudança de algum cenário, mesmo que pequeno. “Precisamos entender a marca como algo que simboliza uma causa”, contou Rodolfo. Dessa forma, a atenção das pessoas só será conquistada no momento em que elas se sentirem representadas, que houver transparência e diálogo.
As marcas que trabalham e constroem seu mindset, cultura e posicionamento olhando para as pessoas, para as causas, para o comportamento, ainda são exceção – enquanto isso deveria ser uma regra. Rodolfo afirma que isso significa que o mundo precisa de mais relações públicas.
Antes, esperávamos que a mídia nos dissesse o que era importante. Hoje, é o interesse e comportamento do indivíduo que pautam o conteúdo das organizações. É a inversão do processo de comunicação. Não produzimos mais apenas o press release para enviar para a imprensa – ao invés disso, criamos um conteúdo tão interessante que inclusive um jornalista se interessará por ele.
Nesse contexto, para que uma marca cresça e ganhe a confiança afetiva do indivíduo, ela precisa mudar realidades, acreditar em algo e ter essa crença como base do seu posicionamento.
Rodolfo conta que, quando a articulação de uma marca é composta pela Edelman, a agência embasa esse processo em quatro pilares específicos.
4 fatores que definem uma marca forte, expressiva e consolidada:
1. conhecimento: capacidade de nunca se satisfazer apenas com o que sabemos hoje. Ou seja, uma marca precisa ser curiosa para saber mais, para ir atrás de informação e para estabelecer, também, empatia com seus públicos e construir diálogo e relevância frente à eles.
2. identidade: para começar uma conversa, a marca precisa acreditar em algo, e isso começa de dentro para fora. São crenças bem consolidadas que fazem com que uma marca tenha uma cultura que seja só dela. Uma vez que existe uma cultura, é necessário externá-la – e isso é feito através da comunicação e das atitudes da empresa.
3. atitudes: apenas falar não significa nada perante a sociedade. Para construir uma marca forte, é necessário que ela transmita seus posicionamentos a partir de atitudes reais e com propósito.
4. engajamento: só será conquistado se os passos anteriores forem cumpridos.
Rodolfo apontou também que o indivíduo chegou no século 21, mas as organizações e instituições ainda não. As empresas ainda estão em amadurecimento para compreender que não se pode comprar a atenção das pessoas, apenas conquistá-la com atitudes reais.
A conversa seguiu com a apresentação de cases desenvolvidos pela agência para as marcas Liberty Seguros, Sonae Sierra e GE, que seguiram exatamente o processo acima para construir uma imagem forte e consolidada.
Por último, os visitantes tiveram a chance de conhecer os espaços da agência, que conta com 220 profissionais.