Agora em 2021 eu completo trinta e seis anos de vida e também treze anos de formado em Relações Públicas. Ao longo desse tempo eu aprendi muita, mas muita coisa mesmo. Aprendi que a carreira no mundo da comunicação não é linear ou estável, que trabalhar na área não é simples e nem tem os horários de trabalho regradinhos, aprendi que nem todo problema é uma crise, que a gente precisa se atualizar sempre, que as coisas mudam muito rápido, que muita gente vai achar que entende de comunicação sem ter base sólida para falar do assunto, que a gente consegue realizar coisas incríveis e poderosas com comunicação e mais um monte de coisas.
E foi também só recentemente que eu aprendi três dicas de carreira que passei a considerar como as mais importantes da minha vida. É verdade que eu já as tinha escutado outras vezes (não juntinhas assim), e é verdade também que elas só fizeram sentido depois que passamos a viver em meio à uma pandemia, de eu ter vivido altos e baixos durante todos esses anos no mundo corporativo.
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As dicas de “carreira”
No começo deste ano, quando eu ainda trabalhava no Facebook, teve um dia que todo o time de comunicação, do mundo inteiro, teve uma conversa com a Sheryl Sandberg, COO do Facebook. Era um papo descontraído para ela contar como as coisas estavam indo na empresa e para qualquer pessoa fazer perguntas pra ela. Lá pelas tantas do papo, que durou quase uma hora, durante alguma pergunta sobre o “viver em meio à pandemia” ela parou, respirou e compartilhou o que, para ela, são as dicas mais importantes para um profissional, em qualquer etapa da carreira.
Ela disse:
- Se alimente o mais saudável que você puder
- Faça o máximo de exercício que você conseguir
- Durma a maior quantidade de tempo que você puder
“Poxa, Pedro, mas isso não tem nada a ver com carreira”. Mas tem. E é isso que só me fez completo sentido recentemente: não tem como a nossa carreira ir bem se o básico do nosso corpo e mente não estão bem.
O antes e o depois
Até março de 2021 eu era a pessoa que acreditava piamente que eu tinha hábitos noturnos. Eu sempre funcionei melhor à noite, fui mais criativo e produtivo. Eu prefiro fazer exercício à noite, por exemplo. E com essa crença, eu sempre acabava indo dormir lá pela 1 ou 2 da manhã todos os dias.
Depois dessa fala da Sheryl eu tentei começar a regrar algumas coisas: com a ajuda de uma nutricionista, passei a aumentar a quantidade de frutas, verduras e legumes que consumo (me alimentar melhor) – e não, eu não larguei as coisas gostosas que eu posto no Instagram de vez em quando. Passei a fazer mais exercício, todos os dias – quer seja dar algumas voltas no quarteirão no meio da tarde, pra espairecer, quer seja tempo dedicado exclusivamente ao exercício, à noite. E por fim, mudei meus hábitos de sono – comecei a dormir antes da meia noite e tentar ter pelo menos oito horas de sono todos os dias.
Parece bobo, mas comer melhor ajuda meu corpo a ficar bem, me ajuda a pensar melhor. Dormir mais me ajuda a acordar descansado, pensar melhor e ser mais criativo. E o exercício colabora com tudo isso, além de ser uma ótima válvula de escape para o estresse.
Aí, eu passei a combinar isso com “regrar os horários do dia”: uso as manhãs para ler e absorver conteúdos que preciso ou produzir materiais que demandam mais da minha criatividade. Esse “break” de meia-hora no meio da tarde, pras voltinhas no quarteirão, me ajudam a descansar a cabeça e focar pelo restante das horas do dia. No fim, o dia termina e eu ainda tenho energia para fazer algo que gosto como cozinhar, ler ou aprender algo novo.
Não é sempre, claro, tem dias que estou exausto, mas o humor, no geral, mudou muito, e isso torna tudo mais leve, principalmente as relações de trabalho.
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