Empresas que investem em voluntariado empresarial são aquelas engajadas em causas sociais e que desejam impactar pessoas. As organizações socialmente responsáveis perceberam que com esse tipo de trabalho elas conseguem envolver e desenvolver seus funcionários, além de projetar uma imagem positiva para o mercado.
As ações que antes eram em sua maioria filantrópicas ou de iniciativas religiosas agora partem também de programas de voluntariado empresarial, uma vez que esta é uma oportunidade dos gestores descobrirem habilidades e talentos dentro de suas equipes.
Conhecer o impacto positivo de um programa de voluntariado corporativo é uma oportunidade para o profissional de relações públicas formular iniciativas que engajem o público interno das organizações nas quais trabalham. É uma forma criativa e repleta de propósito para construir a mentalidade de colaboração das equipes em mudar realidades não só da empresa, mas também da sociedade, quando toma um aspecto de responsabilidade social.
Sob uma segunda perspectiva, procurar por programas de voluntariado em organizações pode ser uma oportunidade incrível para o jovem relações-públicas que quer começar a construir seu currículo de habilidades. É uma forma de aprender a se comprometer e adquirir conhecimento e experiências bastante diversificadas.
Os programas de voluntariado não eram tão recorrentes no Brasil se comparado a outros países, no entanto, as novas gerações estão cada vez mais ligadas a consciência de contribuição coletiva. Você já pensou como seriam nossas cidades se ajudar ao próximo fosse um hábito de todo mundo?
Você quer causar impacto na vida das pessoas, sobretudo, na sua própria vida pessoal e profissional? Então leia esse post até o final para conferir a entrevista com o Marcelo Nonohay e saber sobre as experiências dele em voluntariado empresarial.
Voluntariado empresarial na prática
Para trazer uma abordagem mais viva entrevistamos Marcelo Nonohay, Diretor Executivo da MGN Consultoria, que atua na área de gestão de projetos de voluntariado empresarial, educação e diversidade. Dentre os principais projetos dele estão trabalhos para o Itaú Social, Instituto Unibanco, Fundação Nestlé e o Programa de Educação dos Jogos Rio 2016.
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A base de todo conhecimento que Marcelo desenvolveu começou aos 16 anos, quando ele estudava empreendedorismo e era orientado por voluntários.
“Ser inspirado por um voluntário me fez ter paixão pelo voluntariado. Haviam pessoas que estavam doando seu tempo para nos ajudar, nos fazer pensar, nos fazer abrir a cabeça. Desde então eu fiquei apaixonado pelo voluntariado. Acho que tem uma outra questão relacionada ao empreendedorismo, que é o seguinte: a gente passa por esse tipo de experiência e acaba ficando antenado com todo tipo de oportunidade que o mercado oferece. E eu trabalhando nessa área comecei a entender que existia uma boa oportunidade de mercado a ser ocupado, como, por exemplo, ter uma empresa que dá apoio a outras empresas maiores para desenvolver projetos de voluntariado, essa era uma oportunidade de mercado acima de tudo”, disse.
Muito mais motivador que identificar uma oportunidade de mercado, segundo Marcelo, é poder trabalhar com um tipo de serviço que tenha propósito e impacto social significativo.
“A gente tem uma missão que é muito maior e, por outro lado, eu sendo dono de empresas entendo que o dia a dia exige, às vezes, iniciativas que vão além das tarefas do cotidiano. As pessoas têm que se realizar no trabalho, mas ao mesmo tempo a empresa pode oferecer projetos que fazem com que os funcionários pensem: poxa, eu trabalho neste processo da minha empresa, mas além disso eu posso ajudar em outras coisas, sendo útil e desenvolvendo minhas habilidades, e ainda posso fazer impacto social.”
O programa de voluntariado empresarial é uma tendência e é inevitável que – principalmente as grandes empresas – fiquem de fora desse movimento. Oferecer uma oportunidade de voluntariado para os seus colaboradores, mais do que nunca, valoriza a imagem da organização, desenvolve habilidades nos colaboradores que dificilmente você conseguiria desenvolver numa sessão de capacitação ou treinamento tradicional, por exemplo.
Desenvolvimento humano + inserção estratégica, cidadã e responsável das empresas
Todas empresas podem ter um projeto de voluntariado? Qual o perfil das empresas que mais compram essa ideia? Qual o principal objetivo das grandes empresas em terem voluntários na equipe?
Os projetos de voluntariado empresarial são para todas as empresas independente do tamanho, segmento de mercado e tipo de voluntariado que será realizado. A intenção dessas ações tem a ver com os valores e não diretamente com os objetivos de negócio.
O interesse por responsabilidade social agrega para o desenvolvimento humano dos envolvidos nesses programas. Se você ainda não tem experiência de mercado, ser voluntário é uma das formas mais ricas de desenvolver habilidades como falar em público, planejamento e criatividade, jogo de cintura para lidar com a diversidade.
Por outro lado, as empresas desenvolvem o voluntariado empresarial muito como uma forma de retribuir, pois entendem que ocupam um espaço em uma comunidade que ela tem causado impactos sociais, econômicos e ambientais. Sendo assim, o programa de voluntariado é mais uma das formas de se relacionar com as comunidades.
Marcelo disse que “outras empresas enxergam nisso uma oportunidade de melhoria da sua imagem, como uma forma de divulgar a sua responsabilidade social, como também tem empresas que enxergam numa perspectiva interna de pensar que um programa de voluntariado é uma forma de melhorar o clima empresarial porque, de alguma forma, as pessoas ficarão mais sensíveis na relação entre elas. O programa de voluntariado empresarial traz todos esses benefícios, dentre tantos outros. Então, as empresas têm que exploram bem essa questão.”
É fato que os jovens estão cada vez mais ligados a questões sociais e várias pesquisas indicam que essa nova geração, no momento de busca por um emprego, leva muito em consideração se a empresa tem um programa de voluntariado ou outras iniciativas de responsabilidade social, por uma simples razão: eles querem se identificar com o ambiente de trabalho.
Isso vale para a questão de propósito social, como empreendedorismo social ou até mesmo se você quiser ter/trabalhar em uma startup. Esses projetos se tornam um diferencial para atrair talentos para as empresas. Os comportamentos mudam constantemente e o talento jovem está antenado a isso – importante dizer que não é uma verdade absoluta, mas são questões que deixarão de ser um diferencial para ser requisito.
Marcelo também conversou com a gente sobre suas experiências mais impactantes com voluntariado empresarial. Ficou curioso para saber como a vida dele foi transformada por meio dos trabalhos sociais? Então corre lá no site da RP WEEK para garantir sua vaga!
No workshop sobre voluntariado empresarial, Marcelo Nonohay vai te contar pessoalmente como começar a construir um projeto e como participar de um programa de voluntariado vai te preparar de uma forma muito completa para qualquer futuro que você queira seguir na sua carreira.