Depois de décadas, aparentemente, algumas empresas brasileiras começam a ter maior conhecimento a respeito de Relações Públicas e de que precisam delas.
Dois fatos corroboraram para esta minha admirada constatação. Primeiro, uma amiga, cuja empresa é da área de web e faz desde sites até jogos e eventos digitais, contou que foi levantar dados para um briefing em um cliente potencial da área de TI que a havia chamado para refazer-lhes o site. Lá, o cliente, além de explicar o que precisava, informou que já havia contratado uma assessoria de relações públicas para cuidar da comunicação da empresa e que, por isso, minha amiga deveria entrar em contato com essa assessoria de maneira a conhecer e seguir as premissas e orientações de comunicação institucional para desenvolver o site.
Note-se que não se trata de uma multinacional enorme, ou mesmo de uma empresa nacional de grande porte, mas sim de uma empresa nacional relativamente pequena, se considerado o número de funcionários. Dupla razão para aplausos, já que as empresas menores têm preocupação ainda maior de ter retornos rápidos “de marketing”.
O outro fato que me chamou a atenção foi uma empresa, esta sim, multinacional estrangeira há quase 50 anos no Brasil, que antes de fazer uma mudança no seu processo de comunicação interna chamou uma consultoria de relações públicas para fazer uma pesquisa interna qualitativa e quantitativa para identificar os “nós” comunicacionais e confirmar ou contrapor as próprias percepções a respeito.
Ambas as situações mostram que há uma mudança de comportamento acontecendo nas organizações, aparentemente movidas pela noção ou “sentimento” da necessidade de mais, ou além, do que aquilo que até então entendiam como comunicação organizacional: veículos de mão única, comunicação vertical descendente, publicidade e marketing.
Tenho medo de me empolgar e, pior, contagiar os outros e depois darmos todos com “os burros n’água”. Ainda não estou me deixando entusiasmar, ainda procuro ver isso como uma curiosidade e não como um sinal efetivo de novos rumos. Mas tenho a impressão que, pela primeira vez, ao longo dos meus quase 30 anos de profissão, está acontecendo uma mudança mais estrutural e menos superficial. Gostaria de me entusiasmar, de acreditar que ainda vou vivenciar uma verdadeira tomada de consciência das empresas. Mas para isso, preciso de mais fatos, de ais informações que confirmem essa primeira percepção.
Alguém aí tem mais histórias similares e recentes para contar que possam me fazer retomar essa fé? Que ajudem a todos nós a trabalharmos com ainda mais empolgação e fé na nossa profissão?
Ana, boa tarde! Ao contrário do seu pedido eu não tenho informações adicionais a fazer sobre o assunto, infelizmente! Mas meu comentário serve para somar a ideia. Tenho 17 anos e estou terminando o 3º ano do Ensino Médio, moro no Rio de Janeiro e quero cursar Relações Públicas na UERJ (inclusive faço a 2ª fase do Exame de Qualificação no Domingo) porém, sempre que conto a alguém a minha escolha as pessoas não entendem direito a real função da profissão. Alguns chegam a dizer que eu não conseguirei emprego, que RP perde pra jornalista e coisas do tipo. Prefiro me guiar pelo meu coração e por aquilo que acho que me saio bem, por ser o que gosto! Mas é claro que todas essas opiniões afetam o psicológico de uma vestibulanda. Você como profissional da área e experiente, o que me diria? Algum conselho? Preciso muito de uma conversa com alguém que realmente entenda do assunto! Caso você possa me ajudar, por favor mande um email pra mim! juliarocha1906@hotmail.com
Agradeço desde já por ter lido. Um grande abraço!
Julia,
acredito que posso, sim, falar sobre isso contigo. Mas vou precisar de mais tempo, porque esse papo, por si só, dá um post imenso!
Se puderes esperar mais uns dias vou tentar colocar tudo por escrito para te mandar. Ou então a gente pode tentar conversar por telefone… Mas digo desde já, mantém-te firme na tua ideia de fazer RP e não permite que o desconhecimento alheio te desestimule, porque esse é um curso que te prepara para atuar em qualquer área ou profissão, mesmo que mão relacionada a Relações Públicas.
Um abraço.
Julia, desculpa a demora, só agora consegui escrever uma resposta mais completa para ti e postar.
Está aqui: Sucesso é ser feliz com a sua profissão, RP ou não – https://blogrp.todomundorp.com.br/2013/10/sucesso-e-…
Um grande abraço e meu desejo de pleno sucesso!
Júlia, a tua ansiedade é normal em tod@ vestibulando@.
Sou RP e sou do time da Ana, ou seja, d@s otimistas! Tenho percebido claramente que de alguns anos e espaços temporais galopantes que os ventos estão vindo a nosso favor, os RPs. Tenho colega jornalista que trabalha comigo e até há uns 2 anos, apesar de ser da área de comunicação, até ele mesmo não compreendia o que nos RP fazemos. O pior, ferrenhamente discordava de que um RP possa atuar como assessor de imprensa, mesmo estando isto regulamentado pelo nosso conselho. Porém, de uns tempinhos para cá, ele está com um discurso mais moderado e até já mencionou que se fosse escolher hoje, faria RP! Não desanime pela compreensível falta de informação sobre a profissão e, se tiver que ser, a sua. No Brasil, em relação às outras profissões tradicionais, é muito recente. Além de quem, abrange diveeeersas áreas: psicologia, filosofia, sociologia, história, etc. etc.. Para uma profissão complexa assim, tenhamos paciência pela incompreensão das pessoas. Boa sorte em sua escolha. Beijos
Evely! Muito obrigada pelo estímulo, de coração. Desde o dia em que comentei aqui só tenho ganhado forças sobre esse assunto! Cada dia quero mais e atualmente meu foco está todo na UERJ. Espero que eu passe!
Ana, penso que está mudando sim. Na minha empresa, de Telecom, comecei a ver uma discussão sobre o trabalho de RP. Vou acompanhar para ver se realmente se concretiza.
Ótimo, André!
Vamos ficar atentos, então!
Um abraço.